Objectives: To evaluate the performance of telemonitoring in detecting clinical and psychological needs and adherence to the protective measures imposed by the COVID-19 pandemic in addition to providing remote assistance for patients with type 1 diabetes (T1D) in a public university center in Brazil. Subjects and methods: Telemonitoring protocol included phone calls and e-mails. Patients were asked to rate COVID-19-like symptoms, psychological symptoms, epidemiological issues, and adherence to diabetes management (insulin, exercise, and diet) using a 0-to-10 scale. An e-mail address and phone number were offered for further contact if needed. Clinical, demographic, and laboratorial data from the consultations before the pandemic were collected from medical records. Results: Among 321 patients with a previously scheduled consultation over the first 15 weeks of social distancing, 237 (73.8%) could be successfully contacted. Of these, 207 (87.3%) were exclusively evaluated by telemonitoring (190 only by phone or text message and 17 who were also reached by email), and 30 (12.7%) patients attended the consultation for medical reasons detected during the telephone screening. Overall, 44 (18.5%) patients reported COVID-19-like symptoms. One (2.3%) patient was hospitalized and subsequently died. Psychological symptoms were reported by 137 (60.4%) patients and 30 (12.7%) required remote psychological assistance. Appropriate social distancing was performed by 203 (87.9%) patients, and 221 (97.8%) referred use of masks. Conclusions: Telemonitoring T1D patients during the pandemic helped reduce the need for in-person consultations, detect clinical and psychological needs, and offer support to patients in addition to monitoring suspected COVID-19 cases and the adherence to protective measures.
Introdução: O carcinoma primário da glândula de Bartholin (GB) representa menos de 1% das neoplasias ginecológicas e é classificado como um subtipo do câncer de vulva, sendo estadiado e manejado como tal. Mais frequente na sétima década de vida, apresenta-se histologicamente em 40% das vezes como adenocarcinoma ou carcinoma de células escamosas e em 15% como carcinoma adenoide cístico, variante rara e foco do trabalho. Com menos de cem casos relatados na literatura, a fisiopatologia e resposta terapêutica não são bem definidas, dificultando seu manejo. Relato de caso: Paciente de 45 anos de idade, portadora de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2, chegou ao serviço em 2019 para consulta hospitalar em ginecologia, queixando-se de nódulo doloroso em vulva havia um ano. Ao exame, constatou-se nódulo às 3h de introito vaginal, em topografia de GB, medindo cerca de 2 cm, fibroelástico, doloroso ao toque e à manobra de Valsalva, sem sinais flogísticos. A paciente foi submetida a exérese do nódulo em novembro de 2019, com laudo histopatológico de carcinoma adenoide cístico de GB, sem margem de segurança. Não aderiu a seguimento pós-cirúrgico e, em novembro de 2020, retornou com queixa de lesão dolorosa no local previamente ressecado. Ao exame, constatou-se a presença de nódulo endurecido no local, doloroso, não associado a linfonodomegalia regional. Foram solicitadas tomografia computadorizada de pelve e radiografia de tórax para avaliar a invasão de estruturas adjacentes ou a distância, ambas negativas. A paciente foi submetida a vulvectomia parcial em maio de 2021, com ampliação de margem de ressecção e laudo histopatológico confirmando carcinoma adenoide cístico na peça, com margens lateral e inferior comprometidas. Realizou acompanhamento ambulatorial, sem achados clínicos de doença residual nas consultas iniciais. Em outubro do mesmo ano, referiu retorno da dor na mesma topografia antes referida, com lesão endurecida e dolorosa ao exame físico, com projeção à vagina. Foi solicitada ressonância magnética de pelve, sem achados maiores em laudo inicial, sendo solicitada a revisão de cortes inferiores para estadiamento e conduta subsequente. Conclusão: O carcinoma adenoide cístico da GB é um diagnóstico raro, com poucos relatos na literatura, tornando-se uma condição que carece de conduta e manejo terapêutico robustos. A ausência de sinais ou sintomas específicos dificulta sua suspeição clínica, sendo seu diagnóstico confirmado majoritariamente após a exérese da lesão vulvar com análise histopatológica. A abordagem cirúrgica, com ou sem linfadenectomia, é preferencial para o carcinoma adenoide cístico da GB e observa-se alta taxa de recidiva local, com tendência a metástase hematogênica e invasão perineural, destacando-se a importância da investigação com solicitação dos exames de imagem pertinentes. A recorrência da lesão é um aspecto importantíssimo associado e foi observada na paciente em questão, o que amplia a discussão a respeito da conduta cirúrgica preconizada nesses casos.
Introdução: A agenesia de clitóris e pequenos lábios é uma anomalia congênita pouco frequente, que pode ser encontrada isoladamente ou associada a outras condições em diagnósticos sindrômicos. As alterações na genitália externa feminina podem levar a distúrbios da continência urinária, fertilidade, sexualidade e implicações psicológicas em razão da cada vez mais constante padronização estética da vulva. Além disso, as malformações de clitóris são relatadas por alguns autores como tabu na literatura médica, o que prejudica a identificação básica das alterações no exame físico da genitália externa. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 11 anos, sem comorbidades, foi ao ambulatório de ginecologia infanto-puberal acompanhada pela mãe, para avaliação de anomalia de genitália externa vista em consulta de pediatria. A história fisiológica evidencia telarca aos nove anos e pubarca aos 10 anos, porém ausência de menarca até a data da avaliação. A história patológica pregressa não foi digna de nota. A avaliação de idade óssea é compatível com a idade cronológica de acordo com a radiografia de mãos e punhos, e a ultrassonografia de abdome total apresenta-se sem alterações ao exame, com útero presente com mensuração normal. O exame físico evidenciou genitália externa feminina com agenesia de pequenos lábios e de clitóris, hímen pérvio não roto, vagina mensurada em torno de 7 cm, mamas em estágio M3 pela classificação de Tanner, e não foi possível realizar avaliação adequada do estágio de pilificação por causa da tricotomia. O restante do exame físico foi normal. Mãe e filha foram orientadas oportunamente e informadas de que a atitude seria expectante. Conclusão: A ausência do clitóris pode ser congênita ou adquirida. Entre as causas adquiridas, encontram-se o líquen escleroso levando à atrofia genital, o apagamento de pequenos lábios e de clitóris, mesmo em meninas jovens. Sobre as causas adquiridas, as mutilações genitais encontradas em tribos da África Subsaariana e o torniquete de cabelo são causas de amputação de clitóris. A agenesia ou hipoplasia isolada de clitóris é menos comum do que a associação com outras síndromes ou outras alterações de estruturas da genitália externa. Neste relato de caso, a genitália interna mantém-se inalterada, reforçando a hipótese de a origem desse tipo de alteração ocorrer no tubérculo genital. Excepcionalmente rara, a hipoplasia da genitália externa congênita já foi descrita anteriormente, principalmente como parte de síndromes complexas. Por serem raras, é possível que as agenesias de clitóris sejam subdiagnosticadas e acarretem implicações à saúde infanto-puberal, bem como futuramente na mulher adulta. Esse caso ratifica a importância de realizar exame genital de rotina emcrianças e adolescentes e da correta orientação aos responsáveis e à paciente, de acordo com seu nível de compreensão, evitando a busca por procedimentos cirúrgicos ou condutas desnecessárias e mantendo o acompanhamento em conduta expectante de rotina.
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