RESUMO: Este artigo tem como objetivo apresentar os impasses em relação à função do recurso à substância na psicose. As contribuições da clínica nodal e da clínica das psicoses ordinárias permitem ressituar a investigação da função do recurso à substância na psicose na economia de gozo de cada sujeito em função dos enlaces, desenlaces e reenlaces em relação ao Outro. Para além da função estabilizadora do recurso à substância, via identificação imaginária ao significante “sou toxicômano”, fragmentos de casos clínicos evidenciam que o recurso à substância na psicose pode promover um desenlace em relação ao Outro, reforçar a foraclusão, promover efeitos devastadores no corpo ou, ainda, funcionar como um dos nomes do pior.
Esse artigo tem como objetivo propor algumas reflexões sobre o fenômeno da medicalização na infância e sobre a influência do discurso médico e científico no campo da educação à luz da psicanálise. Da mesma maneira, pretende-se pensar em um dispositivo psicanalítico – o IRDI – como forma de atuação de uma psicanálise em extensão junto ao campo educacional que se ofereça como alternativa ao processo de medicalização e como instrumento oportuno para pensar uma outra pedagogia que não mais foraclua o sujeito. A contribuição da psicanálise à educação também tem como objetivo sensibilizar os educadores para a importância da intervenção precoce e de se considerar a subjetividade e potencialidades infantis no processo de aprendizagem.
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