Resumo Objetivou-se relatar a experiência de uma produção estética, poética e teatral de ocupação da cidade a partir de um dispositivo da Rede de Atenção Psicossocial, com vistas a oferecer espaço de sociabilidade, produção e intervenção cultural. Trata-se de um relato de experiência a partir do Centro de Convivência e Cultura (CECCO) de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil, dentro do campo da desinstitucionalização da loucura e da saúde mental. A intervenção urbana “O Pequeno Príncipe ocupa a Ribeira” foi inspirada na obra do escritor Saint-Exupéry. Os atos artísticos e criativos relatados aconteceram em dezembro de 2019. Experimentamos nessa intervenção os alcances de uma clínica-estética que, ao se abrir para a rua e para a arte, se amplia e se tece no território, instrumentalizado pelo teatro, dança, poesia, percussão, artesanato e ocupação da cidade. O movimento gerou no coletivo um “descer do palco” em direção à rua e se conecta com a desconstrução do modelo manicomial e produção da clínica dos afetos que buscamos sustentar no cotidiano do serviço.
Resumo A partir da problematização de uma suposta dicotomia existente entre gestão e atenção na saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde, exploramos a tecnologia do apoio institucional em sua potência intercessora nessa relação. Para tanto, realizou-se uma investigação cartográfica a partir de narrativas e reflexões registradas em diários de campo que emergiram de experiências de apoio e pesquisa no âmbito da Atenção Básica. Inspiradas na proposição de Guattari de uma “literatura menor”, defendemos a desmistificação da gestão em saúde, apontando o apoio institucional como tecnologia que pode contribuir para a produção de uma gestão menor.
A implantação de redes de saúde proposta pelo Sistema Único de Saúde (SUS) tem-se dado com diferentes desafios, entre estes, destacamos a construção de um cuidado integral. Como contribuição a este debate nos propomos a discutir a circulação dos usuários do SUS na Rede de Atenção Psicossocial. Apresentamos resultados de uma pesquisa-intervenção participativa realizada de 2013 a 2015 na região metropolitana de Porto Alegre com usuários, trabalhadores e gestores ligados à Rede de Atenção Psicossocial, que pôde acompanhar as práticas de saúde mental na atenção básica. Questionamentos dos usuários acerca dos modos instituídos de encaminhamentos e quanto às possibilidades de vinculação aos serviços foram os eixos de reflexão deste artigo. Conclui que a constituição de uma Rede de Atenção Psicossocial articulada e integrada, tendo a Atenção Básica como ponto de referência requer a renovação de contratos e de vínculos para a produção afetiva e efetiva de cuidado integral. Palavras-chave: Cuidado Integral; Redes de Saúde; Atenção Básica; Saúde Mental.
A partir de um relato de experiência de estágio curricular da Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, abordamos o desafio de formar sanitaristas atentos às singularidades dos processos de trabalho em saúde. A partir da aproximação dos estudantes com a Atenção Básica do município de Esteio no ano de 2016, desenvolvemos práticas de apoio institucional e educação permanente, refletindo sobre os diferentes tempos envolvidos na gestão do Sistema Único de Saúde. Tais dispositivos foram apontados como estratégicos na formação de sanitaristas implicados com a co-gestão no Sistema Único de Saúde.
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