Introdução: O câncer de pulmão é a neoplasia maligna mais comum no Brasil, sendo o adenocarcinoma o tipo mais prevalente, fortemente associado ao tabagismo. Alguns sintomas comuns são: tosse persistente, hemoptise, angina, falta de ar, rouquidão e perda de peso. O rastreamento e o diagnóstico precoce são medidas importantes para melhores prognósticos, mas apresenta-se como um desafio devido ao acesso limitado a exames de imagem. Objetivo: Descrever a compreensão epidemiológica do diagnóstico de câncer de pulmão no Brasil em associação ao seu principal fator de risco modificável, o tabagismo. Metodologia: Estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo com abordagem quantitativa. Coleta de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), nas seguintes bases de dados: TABNET e INCA. Resultados e discussão: Entre os anos 2013 e 2020, foram totalizados 2440428 casos de câncer de pulmão no Brasil, sendo que cerca de 55% dos casos acometeram mulheres nesse período. Referente à faixa etária, a mais afetada é acima dos 40 anos, predominando o sexo feminino na faixa etária de 40 a 59 anos e masculino na faixa etária 60 anos ou mais. De acordo com as unidades da federação, a incidência do câncer de pulmão no Brasil é liderada pelo estado de São Paulo, sendo seguido por Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Conclusão: O câncer de pulmão é a neoplasia mais frequente no Brasil, afetando majoritariamente mulheres com idade superior a 40 anos, associado aos hábitos de vida e exposição aos fatores de risco, como o tabagismo.
Introdução: Em crianças acometidas pela Covid-19, o quadro de hiperinflamação apresentado demonstrou alterações nas artérias coronárias, característica da doença de Kawasaki (DK). As crianças apresentam febre alta e persistente, erupções cutâneas, edema nas extremidades, conjuntivite não purulenta, dor abdominal, vômitos e diarreia. Objetivo: apresentar as evidências científicas disponíveis até o momento, que trazem uma associação existente entre a Doença de Kawasaki Covid-19 em crianças. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura realizada entre os meses de junho e julho de 2021, nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Google Scholar, Scientific Electronic Library Online (SciELO) e National Library of Medicine (PubMed MEDLINE). Resultados e discussão: Sugere-se que o mecanismo da DK seja baseado em uma reação pós-inflamatória mediada por anticorpos, assim, a identificação da replicação viral não se mostrou verdadeiramente relevante nesses casos. Além da ligação da pandemia de Covid-19 e aumento dos casos de DK, outro período em que houve pico de incidência da DK foi durante o contexto da pandemia de H1N1, sugerindo que o SARS-CoV-2 não é o único vírus capaz de desencadear tal surgimento da doença de Kawasaki. Conclusão: Apesar das manifestações mais graves nos pacientes acometidos pelo Covid-19, a ocorrência da DK associada à Covid-19 não é muito frequente, no entanto, é importante estar atento aos sinais e sintomas da doença para se obter o diagnóstico mais precoce possível e proceder com o tratamento adequado, de forma a se evitar a ocorrência de quadros clínicos complicados ou agravados.
A toxina botulínica (TB) se apresenta como uma alternativa menos invasiva para correção do estrabismo, agindo pela alta afinidade por sinapses colinérgicas, o que ocasiona um bloqueio de liberação de acetilcolina. Tal aplicação, consequentemente, provoca uma menor receptividade químico-neural, reduzindo a responsividade muscular à contratura, não ocasionando, entretanto, paralisia completa. Mediante esse mecanismo, a injeção de toxina botulínica do tipo A (TBA) nos músculos extraoculares permite a alteração do alinhamento ocular criando uma paralisia temporária, produzindo uma sobrecorreção do estrabismo na qual um encurtamento do músculo antagonista é induzido. Histologicamente, pode ocorrer uma mudança na densidade dos sarcômeros, o que favorece o alinhamento ocular permanente. Em análise parcial, vários autores relatam bons resultados com o uso da TBA no tratamento de diversas apresentações do estrabismo. Existem diversas classificações de indicação, efeitos esperados e efeitos adversos mediante o procedimento, que devem ser considerados na admissão do paciente. Assim, a toxina botulínica, injetada por via intramuscular, liga-se aos receptores terminais encontrados nos nervos motores, agindo pelo bloqueio da liberação de acetilcolina no terminal pré-sináptico, desativando proteínas de fusão, o que impede o lançamento de acetilcolina na fenda sináptica, o que não permite a despolarização do terminal pós-sináptico, bloqueando a contração da musculatura por denervação química temporária.
Introdução: A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma das endocrinopatias mais comuns nas mulheres férteis. Ela é designada por hiperandrogenismo, que pode gerar sintomas como acne, irregularidade menstrual, obesidade, cistos ovarianos, hirsutismo. Essa pode desencadear muitas complicações como infertilidade e neoplasias, dessa maneira é necessário fazer um diagnóstico precoce. A exposição à grandes quantidades de androgênios intra-útero podem acarretar ao acumulo de massa gorda. Objetivo: Evidenciar o vínculo fisiopatológico entre a obesidade e SOP. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura. A pesquisa foi realizada através do acesso online nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Google Scholar, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e EBSCO Information Services, no mês de julho de 2021. Resultados e discussão: O tecido adiposo possui uma vasta diversidade de interação e tipos celulares além de ser metabolicamente ativo. Na SOP, a obesidade é qualificada preponderantemente por uma extensão no tamanho da célula gordurosa (obesidade hipertrófica) mais do que a extensão no número de adipócitos (obesidade hiperplásica). Provavelmente a perda da função lipolítica do tecido adiposo seja secundário ao hiperandrogenismo nas portadoras de SOP, o que provocaria a maior resistência insulínica. Conclusão: A SOP tem grande incidência e se a obesidade já assumiu proporções epidêmicas, é fundamental uma sensibilização dos indivíduos para esta realidade. Sobrepeso, obesidade e, particularmente, obesidade central podem exacerbá-la, com possíveis consequências no fenótipo da desordem, bem como podem corroborar, ainda, problemáticas relacionadas a essa patologia, como resistência insulínica e problemas cardiovasculares.
Introdução: existem relatos de uma manifestação secundária à infecção e atuação viral no organismo: distúrbios do olfato e, consequentemente, do paladar, e que estão presentes antes mesmo da confirmação molecular da infecção causada por SARS-CoV-2. Objetivo: responder quais são os mecanismos de disfunções olfatórias decorrentes da Covid-19, bem como fatores de risco e possíveis intervenções. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo revisão integrativa da literatura. A pesquisa foi realizada através do acesso online nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), Google Scholar, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e EBSCO Information Services, no mês de agosto de 2021. Resultados: Os mecanismos dos distúrbios olfatórios relacionados à infecção por SARS-CoV-2 ainda são desconhecidos, mas é provavelmente o resultado de vários padrões, como edema da mucosa nasal, dano epitelial olfatório e até mesmo envolvimento da região central vias olfativas. Foi demonstrado que a expressão de enzima conversora de angiotensina (ACE2) foi encontrada na camada basal do epitélio escamoso não queratinizante na mucosa nasal e oral e na nasofaringe. Conclusão: Podem ocorrer distúrbios olfativo-gustativos em intensidades variáveis e prévios aos sintomas gerais da Covid-19, devem ser considerados como parte dos sintomas da doença, mesmo em quadros leves. Não há ainda evidências científicas de tratamentos específicos para tais distúrbios na Covid-19, sendo de importância que estudos posteriores consigam, por meio de empirismo clínico, melhor propedêutica para esses casos, principalmente aqueles que manifestam-se como sequela duradoura da infecção por SARS-CoV-2.
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