RESUMO:O trauma abdominal é freqüentemente encontrado em situações de emergência. A falta de história adequada do mecanismo de trauma e a presença de lesões que podem ter dor irradiada para o abdome ou a alteração do estado mental, devido a trauma cranioencefálico ou intoxicação por drogas depressoras do sistema nervoso central, podem dificultar o diagnóstico e o tratamento do trauma abdominal. Os pacientes que são vítimas de trauma, freqüentemente, têm lesões intra e extra-abdominais associadas.Este artigo de revisão irá discutir a abordagem geral do atendimento dos pacientes com traumas abdominais contusos e penetrantes, incluindo as opções de testes diagnósticos e as considerações acerca do tratamento inicial.Descritores: Traumatismos Abdominais. Ferimentos Penetrantes. Ferimentos não Penetrantes. Avaliação. Tratamento. 1-INTRODUÇÃOO traumatismo abdominal é responsável por um número expressivo de mortes evitáveis. A cavidade intraperitoneal, juntamente com a cavidade torácica, o espaço retroperitoneal (sobretudo na presença de fraturas de bacia) e as fraturas de ossos longos, são os locais do organismo que comportam sangramentos capazes de levar à morte por choque hemorrágico 1 . O mecanismo de trauma, a localização da lesão e o estado hemodinâmico do paciente determinam o momento da avaliação do abdome 1 . Boa parte dos quadros de hemoperitônio decorrentes de uma lesão visceral abdominal são oligossintomáticos 1 . Além disso, os sintomas abdominais relacionados ao traumatismo, muitas vezes, são obscurecidos por lesões associadas com dor referida ou, por alterações do nível de consciência, principalmente, decorrentes do trauma craniano, o que dificulta a sua avaliação. Portanto, uma avaliação rigorosa do abdome e uma correta orientação irão reduzir os erros na interpretação e os impactos desfavoráveis na evolução do paciente 1,2 . 2-HISTÓRIA E MECANISMO DE TRAUMAAs informações colhidas da vítima, quando possível, ou dos socorristas que efetuaram operação de resgate são valiosas. As noções da biomecânica do trauma, o estado inicial da vítima no local de atendimento, diagnósticos realizados, a resposta à infusão de fluidos no início e o tempo decorrido desde o trauma irão auxiliar na suspeita de lesão abdominal 2 .Nos casos de colisões automobilísticas, as se-
RESUMO:O avanço do conhecimento médico e o desenvolvimento da tecnologia para diagnós-tico e tratamento das doenças que afligem os seres humanos têm permitido um aumento da longevidade das pessoas hígidas e daquelas que possuem agravos agudos ou crônicos. Embora estes avanços estejam heterogeneamente distribuídos, há uma nítida melhora das condições de atendimento médico em nosso meio e isto tem feito com que pacientes que anteriormente evoluíssem para o óbito, tenham condições de se manterem vivos em diferentes condições de qualidade de vida. Isto tem feito com que os hospitais tenham que aumentar as áreas de atendimento e cuidados de pacientes críticos. Estes pacientes têm sido beneficiados pela tecnologia de diagnóstico, principalmente, de imagem existente e, quase sempre, para ter acesso a estes benefícios, estes pacientes precisam ser transportados para fora da área de cuidados intensivos e manter o mesmo nível de monitorização para que não haja problemas. É aí que está a grande importância do transporte do paciente crítico que, no geral, vem sendo muito negligenciada pelos profissionais de saúde. O objetivo deste artigo é fazer uma reflexão dos vários momentos, fases e cuidados envolvidos no transporte intra-hospitalar, discutindo as suas diversas modalidades. Descritores 1-INTRODUÇÃOA decisão de transportar um paciente crítico deve ser baseada na avaliação e ponderação dos benefícios e riscos potenciais. A razão básica para o transporte do paciente crítico é a necessidade de cuidados adicionais (tecnologia e/ou especialistas) não disponíveis no local onde o paciente se encontra 1 . O transporte pode ser intra ou inter-hospitalar. O transporte intra-hospitalar é necessário para a realização de testes diagnósticos (tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética, angiografias, dentre outros para intervenções terapêuticas (como para o centro cirúrgico) ou para a internação em centro de terapia intensiva (CTI). O transporte inter-hospitalar é realizado sempre que se necessita de maiores recursos humanos, diagnósticos, terapêuticos e de suporte avançado de vida, que não estão presentes no hospital de origem.O transporte do paciente crítico sempre envolve uma série de riscos, sendo que o problema mais freqüente é a falha no controle das funções cardior-
RESUMO:O tratamento não operatório das lesões de órgãos parenquimatosos abdominais (fígado, baço e rins) em pacientes com estabilidade hemodinâmica tem se tornado o método de escolha na última década. A TC é indispensável para a adequada seleção do paciente e para excluir outras lesões que podem necessitar de laparotomia. As estratégias de tratamento não operatório consistem da observação clínica e monitorização cuidadosa com ou sem o uso adjunto da angiografia. A utilização disseminada de embolização angiográfica tem aumentado o número e o tipo de pacientes que podem ser tratados sem cirurgia. O aumento desta modalidade de tratamento não operatório é baseado nas baixas taxas de falha terapêutica relatado na maioria dos estudos. As taxas de sucesso do tratamento não operatório é maior de 90% para estas lesões. Este artigo de revisão discutirá os conceitos atuais no manuseio não operatório, incluindo o diagnóstico, a seleção dos pacientes, as estratégias utilizadas no tratamento não operatório, os benefícios, os riscos e as complicações.Descritores: Traumatismos Abdominais. Tratamento não Operatório. Fígado; lesões. Baço; lesões. Rim; lesões. 538 1-INTRODUÇÃOA mudança da rotina de tratamento operatório de escolha, para o tratamento não operatório no trauma abdominal fechado de órgãos sólidos é uma das mais notáveis alterações na abordagem do trauma das últimas duas décadas.
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