As florestas da costa atlântica brasileira são pouco estudadas quanto às quantidades e à dinâmica de nutrientes. Os objetivos deste trabalho foram estimar os teores e conteúdos de carbono orgânico, Ca, Mg, K, Na, P e N no solo e na serapilheira dos ambientes de encosta e fundos de vale do Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ. Os processos de ciclagem de nutrientes nas encostas (ambientes mais oligotróficos) e dos fundos de vale (ambientes menos oligotróficos) também foram comparados. Foram estabelecidas 15 parcelas de amostragem, cada uma com 100 m², 10 em encostas (vertentes do Conde, das Cobras e da Tijuca), e cinco em fundos de vale (fundos de vale 1 e 2). O compartimento solo (nutrientes trocáveis/disponíveis e totais até a profundidade de 0,30 m) e o compartimento serapilheira (separada em horizontes O1 e O2) foram avaliados. O teor de carbono orgânico total no solo das encostas foi maior que o nos fundos de vale. Nas encostas, a serapilheira também apresentou maior biomassa, com separação nítida dos horizontes O1 e O2, o que não ocorreu nos fundos de vale. Aparentemente, a disponibilidade de nutrientes nos dois ambientes foi o que gerou tais diferenças, com a tendência de aumento nos teores no solo nos fundos de vale. Diferenças entre fundos de vale e encostas foram mais evidentes para o K. Os resultados deste estudo caracterizaram a área estudada como oligotrófica, embora com considerável potencial de reposição dos elementos perdidos por lixiviação.
A crescente preocupação com as questões ambientais no Brasil e no mundo, não só por parte dos pesquisadores e especialistas no assunto, mas também dos governantes e da população em geral, tem levado a uma reavaliação constante das formas de análise e, principalmente, de intervenção do homem no ambiente.A constatação cada vez maior da ocorrência de danos ambientais e do comprometimento da quantidade e qualidade dos recursos naturais, essenciais à vida no planeta e ao desenvolvimento das sociedades, tem propiciado maior conscientização dos efeitos da ação humana sobre o meio e uma mudança gradativa na postura dos planejadores e agentes tomadores de decisão. Medidas protetoras e preventivas têm ganhado maior importância na avaliação e instalação de novos empreendimentos e atividades exploradoras. Contudo, há ainda muito a ser feito.Neste capítulo, dedicado aos recursos naturais e às questões ambientais no Brasil, busca-se uma análise ambiental integrada dos mesmos de forma a permitir não só o conhecimento da dinâmica do meio físico e das inter-relações entre seus elementos, mas também da compreensão da relação entre sociedade e natureza.1 A lista completa dos autores do capítulo se encontra na Equipe técnica ao fi nal da publicação.
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