Este trabalho objetiva investigar os processos de formação de nomes sociais de pessoas trans, observando sua relação com os prenomes desses sujeitos. Como objetivos secundários, pretende-se investigar se ocorre estilização ortográfica das renomeações e se os nomes adotados são usuais do Português Brasileiro. O estudo tem uma abordagem quali-quantitativa e foi realizado a partir de um corpus constituído de 50 nomes sociais de transgêneros que responderam questionário na plataforma Google.doc. Constatamos que, majoritariamente, as pessoas transgêneros preferem nome social sem identidade morfológica com o nome que lhe fora atribuído ao nascimento. Dentre os nomes com identidade morfológica, observou-se que os processos de formação mais utilizados são: derivação, flexão e braquissemia. Constatou-se que 82% dos nomes sociais são usuais do Português Brasileiro e, desses, 58% são dicionarizados, 14% são variantes dicionarizadas e 43% apresentam ortografia estilizada por duplicação consonantal, inserção ou troca de grafemas. Em relação aos aspectos identitários e às renomeações, as pessoas transgêneros que colaboraram com esta pesquisa marcam, no seu nome social, um distanciamento entre a primeira e a sua nova identidade de gênero.
O principal objetivo deste trabalho é investigar os processos de formação de nomes artísticos de drag queens do estado de Rondônia, observando sua relação com os prenomes desses sujeitos. Como objetivos secundários pretende-se investigar se ocorre estilização ortográfica no processo de adoção dos nomes artísticos. O estudo empreendido é tanto quantitativo quanto qualitativo e se constitui de um corpus de cinco nomes artísticos de artistas drag queens do Estado de Rondônia que se dispuseram a responder a um questionário online disponibilizado na plataforma Google.docs. Procedida à análise, constatamos que a quase totalidade de drag queens que colaboraram com nossa pesquisa tende a adotar nomes artísticos sem identidade morfológica com o prenome e que o processo de formação de nomes utilizado foi a derivação. Constatamos, também, que 80% dos nomes artísticos analisados se enquadram nos padrões usuais do Português Brasileiro e que, destes, 20% são variantes dicionarizadas e 80% apresentam ortografia estilizada pela duplicação de grafema em especial da consoante <l>. Além disso, constatamos a inserção de grafemas como <c> e <h> e o uso dos grafemas <y> e <h> em substituição aos grafemas <i> e <e>, respectivamente. Em relação à funcionalidade de gênero, constatamos que as artistas drag queens participantes da pesquisa marcam, na representação linguística do seu nome artístico, uma unicidade e uma individualidade que distanciam sua performance da sua identidade de gênero e intentam, com essa unicidade e individualidade, atrair a atenção dos seus seguidores.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.