Este estudo apresenta uma pesquisa sobre a matinta perera, personagem da mítica amazônica. A urdidura do artigo compreende o processo de trabalho e a síntese das conclusões. A primeira parte apresenta os aspectos metodológicos da pesquisa, como as escolhas da personagem, do local da pesquisa, do corpus de narrativas, da composição das cenas, e, posteriormente, estuda o narrador, performance e repertórios. A parte seguinte apresenta o estudo que envolve as configurações do mito, [matintas aéreas e terrestres]; a leitura do tempo e do espaço da epifania, os elementos mágicos que protegem os locais e as pessoas da aparição, o fado e o perdão e, por fim, o assobio, como elementos variantes e invariantes. As narrativas estudadas fazem parte do corpus do Projeto “O imaginário nas formas narrativas orais da Amazônia paraense” (IFNOPAP/UFPA), e centrou-se em Bragança, município do nordeste paraense.
Introdução: As lesões nervosas periféricas ocorrem após traumas como laceração direta, compressão estiramento ou esmagamento, levando ao estresse. O exercício físico surge como potencial para reduzir o estresse após lesão; Objetivo: Verificar a influência do exercício de natação sobre as características comportamentais de ratos após axoniotmese e desnutrição.; Método: Nessa pesquisa, foram utilizados 60Rattus novergicus da linhagem Wistar, machos, adultos (aproximadamente 6-7semanas de vida), com peso aproximado de 250g. Os ratos foram randomizados em 3 grupos experimentais. Grupo Controle (C) -animais foram mantidos em gaiola sem nenhuma intervenção, sendo mantidos em gaiola com dieta normoproteica por 75 dias, Grupo Desnutrição + Lesão(D+L) -animais submetidos à desnutrição por 45 dias, seguido de lesão nervosa por esmagamento, sendo submetidos à eutanásia após 30 dias (D+L 30d,) da lesão nervosa, Grupo Desnutrição + Lesão + Natação(D+L+N) -animais submetidos à desnutrição por 45 dias, seguido de lesão nervosa por esmagamento, e exercício de natação após 24 horas da lesão nervosa por esmagamento, sendo submetidos à eutanásia após 30 dias (D+L+N 30d) da lesão nervosa. Após 24 horas da lesão nervosa, os animais dos grupos D+L+N 30d foram submetidos à natação diária, em grupos de no máximo 5 animais, utilizando-se apenas do próprio peso corporal, por 30 minutos/dia, 5 vezes por semana, totalizando 30 dias, respeitando-se intervalo de 24 horas a cada sessão de exercício. O comportamento dos animais foi verificado em teste de campo aberto, sendo realizada filmagem por 10 minutos e contados os números de quadrantes que os animais percorreram neste intervalo de tempo; Resultados: a lesão aumenta a ansiedade e o estresse dos animais, mas o exercício é capaz de reduzir os valores, mas mesmo assim não chegaram aos níveis basais (p<0,05); Conclusão: O exercício físico é capaz de reduzir o estresse de ratos submetidos à desnutrição e desenervação.
O presente artigo estuda a construção do romance “Somanlu, o Viajante da Estrela”, do escritor Abguar Bastos, publicada em 1953, ancorada na voz poética, na educação sensível. A obra explica a gênese dos seres tecidas a partir de mitopoéticas, de matriz oral, fio condutor da narrativa que, aliado à memória, é matéria propulsora das relações estabelecidas entre Somanlu e os demais habitantes da floresta, capaz de abarcar uma rede de sociabilidade com vivências e ensinamentos essencialmente educativos, marcados por um existir tocado pelo bem viver e conviver com o outro. A partir dessas premissas, nosso principal intento nesse espaço é problematizar o modo como a educação é vivenciada na narrativa, a partir do estudo das mitopoéticas e os saberes que as compõem, ao revelar outra perspectiva de aprendizagem, expressa consideravelmente no plano do sensível e na totalidade do ser. O texto em estudo faz parte da vasta produção da chamada Literatura Brasileira de Expressão Amazônica, que ultrapassa os limites do local, apresentando temáticas universais, suscitando questionamentos acerca de dramas e problemáticas sempre presentes no existir humano.
Este relato é baseado em viagens ocorridas no início do século XXI e faz parte do projeto Cartografias marajoaras (1999-2003), que busca constituir desenhos da cultura marajoara, especialmente, a partir de vozes orais com vista a configurar mapas tecidos em periferias ribeirinhas. As narrativas de viagem trazem traços etnográficos e representam passagens, convívios, quedas, asseguradas em construções imaginárias de uma viajante em busca das oralidades poéticas, tão importantes na região. Não há citações teóricas, para fundamentar os trajetos, a construção dá-se na tentativa de apreensão de um mundo sensível, que constitui os narradores e a ouvinte. O texto está divido em três partes: do desejo de dizer, apresenta o trabalho em panorâmica e diz do porquê da escritura; no guichê das passagens, assegura-se alguns caminhos seguidos e esclarece-se as tramas; com redes atadas, o barco balança e traz o movimento, os percursos, o âmago da viagem.
Este artigo nasce do trabalho de pesquisa com as poéticas orais na ilha de Colares, desenvolvida no ano de 2011 junto ao Programa de Pós-Graduação Mestrado em Educação da Universidade do Estado do Pará (UEPA), na linha de pesquisa: Poéticas orais e experiências em educação. Desse modo, a partir da coleta de dados, surgiu a tentativa de compor o mapa cartográfico das narrativas orais do imaginário local. Neste cenário, surgem os personagens míticos da região: Cobra Maria Vivó, Boto Malhado/Pintado e a Arraia Pintada, esses personagens formam um mosaico de teias narrativas que respondem pelo caráter mitopóetico da região. Todavia, outros seres míticos também protagonizam a história cultural do município, trata-se dos mitos em seres do espaço, mais conhecidos, em Colares, como o chupa-chupa. Esse evento, ligado aos fenômenos ufológicos se misturaram às cores locais imprimindo, mais tarde, a fusão entre os mitos fundadores e a crença em seres extraterrenos, surgiu assim, a cultura do ET até hoje celebrada, na ilha, como um acontecimento histórico e cultural integrante da vida dos moradores de Colares.
This article argument is centered in the construction of the Amazonian representations, basedon the water metaphors. I present a repertoire of texts of the oral and written literature, to expound theaquonarratives – a term used by the professor Paulo Nunes (2001), concerning the works of the writerDalcídio Jurandir. Thus, I begin by the water images in Caminha’s letter – “ Waters are so much:infinite” – and I go on the exposition with the metaphors of the river as Amazonic ruin, by Euclides daCunha (1999), the river slaves, by Edison Carneiro (1946), the water dictatorship, by Giovanni Gallo(1980), the water as Amazonic clock, by Raymundo Morais (1936), the water nation, by Tiago Mello(2002), the river as a street, by Ruy Barata (ano?). And still, the cosmogonies which translate theinescapable condition of the waters, as the narratives of toco, listened in Marajó island, and the pororocaorigin.
Neste artigo, tomo como ponto de partida a obra La mesure du monde, escrita por Paul Zumthor em 1993, principalmente em seu estudo sobre cartografia e representação. Como os mitos têm sido representados pelos viajantes desde o século X? Como as representações dos viajantes influenciaram o imaginário amazônida? Qual é a relação entre as narrativas orais amazônidas e os mitos construídos pelos viajantes em seus relatos? Estas são algumas questões que eu busco tratar.
Pensado como espaço de socialização dos resultados da pesquisa científica produzida pelos professores e alunos vinculados aos programas de iniciação científica e de pós-graduação stricto sensu da UEPA, o Seminário de Integração Científica (SIC/UEPA) apresenta-se em sua oitava edição.A realização deste evento, face à participação maciça do nosso alunado envolvido em atividades de pesquisa, evidencia, antes de tudo, a responsabilidade que a UEPA tem com a formação de futuros pesquisadores. Tal formação -vale lembraré fortalecida e fomentada tanto pelo investimento que a própria UEPA faz em suas atividades de pesquisa, quanto pelas inúmeras formas de apoio que a UEPA recebe de instituições como CNPq, CAPES, FINEP e FAPESPA.Portanto, o VIII Seminário de Integração Científica reafirma o compromisso que a Universidade do Estado do Pará tem para com a missão de produzir e socializar conhecimento útil. Neste sentido, este evento procura ser uma demonstração de que produção científica qualificada dentro da UEPA é uma realidade.
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