OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo avaliar os principais aspectos radiográficos e epidemiológicos das lesões de células gigantes (granulomas centrais de células gigantes e tumores marrons do hiperparatireoidismo). MATERIAIS E MÉTODOS: A amostra consistiu de 26 lesões de células gigantes diagnosticadas em 22 pacientes divididos em dois grupos, um deles composto por 17 pacientes que não tinham hiperparatireoidismo (grupo A) e o outro formado por cinco pacientes portadores de tal distúrbio (grupo B). RESULTADOS: O sexo feminino (72,7%) foi o mais acometido. As lesões ocorreram mais freqüentemente na segunda década de vida, com média de idade de 27 anos. A mandíbula (61,5%) foi o arco mais envolvido. Radiograficamente, 57,7% das lesões eram multiloculares e 42,3% eram uniloculares com limites definidos. Todas as 26 lesões provocaram expansão óssea, 15,4% produziram reabsorção radicular, 50% causaram deslocamento dentário e 11,5% produziram dor. Na mandíbula, 18,7% das lesões cruzavam a linha média. O grupo A apresentou 66,7% das lesões na mandíbula e o grupo B mostrou igualdade na distribuição das lesões entre os arcos. O grupo A apresentou 66,7% das lesões multiloculares e 33,3%, uniloculares. O grupo B apresentou 62,5% das lesões uniloculares e 37,5%, multiloculares. CONCLUSÃO: As lesões de células gigantes podem manifestar-se, radiograficamente, com um amplo espectro, desde pequenas lesões uniloculares de crescimento lento até extensas lesões multiloculares. Elas apresentam características de benignidade, embora algumas lesões possam demonstrar um comportamento localmente agressivo.
Tertiary hyperparathyroidism (HPT) is a rare condition that affects patients with secondary HPT, which develop hyperplasia of the parathyroid glands, thus causing an increase in parathyroid hormone levels. Bone alterations are the main consequences of this condition including the development of osteolytic lesions called brown tumor. This article reports an unusual case of brown tumors located in the maxilla and mandible in a 19-year-old man with chronic renal failure with hyperplasia of the parathyroid glands. The lesions regressed approximately 5 months after the parathyroidectomy. At this same time, the patient underwent renal transplant. The patient was followed for 5 years, showing improvement in overall clinical status. There was also improvement of the results of laboratory tests and the pattern of trabecular bone. The correct diagnosis of oral lesions was of great relevance for the conservative treatment could have been chosen.
The aim of this study was to report a case of two supernumerary teeth in the nasal cavity in a 22-year-old woman who presented pain, rhinorrhea, and inflammation of the nasal mucosa (rhinosinusitis). The computed tomograph scan showed two radiopaque images that were diagnosed as supernumerary nasal teeth. One was unerupted in the floor and the other inverted, and erupted on the floor on the left side of the nasal cavity. They were removed under general anesthesia, one through the palatine approach, and the other directly through the nasal cavity. The patient was followed for a year and there was no sign of recurrence of rhinosinusitis.
INTRODUÇÃO: o cisto ósseo simples (cisto ósseo traumático, cisto ósseo hemorrágico, cisto ósseo solitário) é uma lesão não-neoplásica que representa aproximadamente 1% de todos os cistos maxilares, acometendo as regiões de corpo e sínfise de mandíbula com maior freqüência. Trata-se de uma cavidade intra-óssea delimitada por fina camada de tecido conjuntivo frouxo, sem revestimento epitelial. É uma lesão assintomática comumente identificada em exames radiográficos de rotina, apresentando imagem radiolúcida unilocular bem definida. Sua etiopatogênese não está bem esclarecida, mas acredita-se que o trauma local seja um fator relacionado ao seu desenvolvimento. OBJETIVO: este trabalho relata dois casos de cisto ósseo simples descobertos em exames radiográficos de rotina de pacientes que estavam sob tratamento ortodôntico. RELATO DOS CASOS E DISCUSSÃO: em ambos os casos a hipótese diagnóstica foi confirmada através de biópsia incisional e exame histopatológico. O tratamento escolhido foi a curetagem óssea, radiografias panorâmicas de controle pós-operatório mostraram reparo ósseo no local. Nestes casos, discute-se se há relação do trauma associado ao tratamento ortodôntico com o surgimento do cisto ósseo simples, ou se representa apenas um achado radiográfico, que é mais freqüente nestes pacientes devido ao maior controle radiográfico a que são submetidos.
O objetivo deste artigo é discutir os aspectos clínicos, diagnósticos e de tratamento de intercorrências cirúrgicas odontológicas em pacientes portadores de Picnodisostose, através de dois casos clínicos. Paciente do gênero feminino, com características físicas de Picnodisostose, 27 anos de idade, com queixa de dor, que surgiu após ter sido submetida a uma extração dentária na região do elemento 38. Após exames clínicos e radiográficos, foi constatada uma fratura de mandíbula no local do procedimento. A fratura foi tratada através de abordagem submandibular e fixação com placa de reconstrução, porém sem exibir sinais radiográficos de consolidação óssea confiável. O segundo caso é de uma paciente também do gênero feminino, portadora da Picnodisostose, 23 anos de idade, que referia dor recorrente em corpo mandibular esquerdo e odores frequentes provenientes da cavidade oral, após ter sido submetida a uma extração dentária que não cicatrizara. O tratamento da sintomatologia apresentada, foi realizado a partir de uma curetagem delicada no local, onde observou-se presença de plano de clivagem. O espécime foi enviado para análise histopatológica que posteriormente apontou um quadro compatível com osteomielite com focos de necrose óssea. Até o momento a literatura atual não apresenta descrição de um protocolo clínico detalhado para portadores dessa condição. Porém, alguns cuidados devem ser adotados para prevenir fraturas ósseas, como evitar traumas mecânicos e abordagens cirúrgicas invasivas, além de manter um acompanhamento odontológico regular.
Intrusive luxation is considered one of the most severe traumatic injuries, and it is classified as severe tooth displacement which can be full or partial, where the tooth is displaced in the apical direction into its socket. Etiological factors include falls from their height, bicycle accidents, sports accidents, and fights. [3][4][5] This type of injury is more common in the deciduous dentition, and intrusive luxation of permanent teeth is rare compared to other types of luxation. 6 Intrusion comprises approximately 2.45% of all traumatic injuries of the permanent teeth. Most commonly teeth that are completely intruded also have lateral displacement of the crown. 7 Pulp necrosis 8 and root resorption 7,9 are the most prevalent complications in the repair process after repositioning.The diagnosis of these cases requires attention because total intrusive luxation can be confused with tooth avulsion. 8 Thus, clinical observation, perception of phlogistic signs, and complementary imaging such as periapical, lateral extraoral, occlusal, panoramic radiographs, and computed tomography are important to investigate the direction of tooth displacement. 10,11 The intrusion of permanent teeth into the nasal cavity is rare and can cause complications such as hemorrhage, infection, nasal and/ or airway obstruction, and sinusitis. Early diagnosis is extremely important to minimize morbidity. 10 There is still no consensus on the best form of treatment for permanent tooth intrusion. 12 However, the International Association
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.