RESUMODiversos textos sobre gestão da mudança organizacional abordam o tema quase exclusivamente sob a ótica do planejamento, procurando fornecer respostas sobre como fazer com que a organização tenha sucesso na estratégia de mudança intencional ao promover a coesão de esforços e vencer as supostas resistências humanas. Pouca atenção tem sido dedicada aos sentimentos dos indivíduos, aos significados que eles atribuem às mudanças e às chances de que eles se constituam como sujeitos nesse contexto. A pesquisa aqui apresentada, realizada em cinco organizações no Rio de Janeiro, objetiva preencher essa lacuna. Foram entrevistados 75 empregados que participaram de grandes mudanças nessas organizações. Os resultados apontam para a fragilidade de alguns mitos acerca do conceito de resistência e sugerem a possibilidade de tornar a mudança menos traumática para os indivíduos por meio das oportunidades criadas para que eles se constituam como sujeitos e construam um significado para sua atuação no novo contexto. José Roberto Gomes da Silva IAG/PUC-RJ Sylvia Constant Vergara FGV-EBAPE
Ano=2009©Copyright 2009 FGV-EAESP/RAE-eletrônica. Todos os direitos reservados. Permitida a citação parcial, desde que identificada a fonte. Proibida a reprodução total. Em caso de dúvidas, consulte a Redação: raeredacao@fgv.br; 55 (11) 3799-7898.
Este artigo apresenta o arcabouço conceitual desenvolvido como parte de uma pesquisa com vistas à investigação dos modelos de gestão adotados por empresas no Brasil, na condução de seus projetos sociais, sua adequação às características dos projetos e as implicações para sua efetividade e sustentabilidade. Foi feita uma extensa revisão da literatura, a fim de identificar conceitos e construtos que pudessem apoiar a construção do arcabouço. Foi identificada também a interação de diversos fatores que podem trazer implicações para a efetividade dos projetos e para a sustentabilidade. A partir das recomendações de Kerlinger (1973) para operacionalização de conceitos, foram definidos os principais construtos adotados na pesquisa, posteriormente desmembrados em dimensões, às quais, por sua vez, foram atribuídos indicadores. E, por fim, foi visto como o arcabouço resultante pode ser utilizado na condução de pesquisas empíricas sobre projetos sociais desenvolvidos por empresas no Brasil e também sua importância para os gestores de projetos, na análise da adequação entre os diversos fatores intervenientes, com vistas a uma maior efetividade e sustentabilidade dos resultados.
O quadro atual de mudanças nas empresas públicas tende a influenciar o processo de identificação de seus empregados com elas. Nesse cenário, incluem-se algumas instituições do segmento de ciência e tecnologia. Este artigo verifica os aspectos que influenciam o processo de identificação dos indivíduos com uma organização pública desse segmento em face das freqüentes mudanças de rumo e estrutura nela ocorridas. O objeto de análise é a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa que atua no fomento de estudos, pesquisas, programas e projetos econômicos, sociais, científicos e tecnológicos no país. Usando pesquisa documental e entrevistas com 24 funcionários, o artigo permitiu a composição de dois quadros conceituais sobre os aspectos que contribuem positiva (mapa da identificação) ou negativamente (mapa da frustração) para a relação dos indivíduos com a organização.
RESUMOUma das principais críticas que são dirigidas a muitas das pesquisas que procuram obter uma melhor compreensão sobre o fenômeno da mudança organizacional, tão presente em nossos dias, é o emprego de metodologias de investigação que colocam um foco predominante sobre as iniciativas de natureza institucional para a gestão da mudança, minimizando a importância do sentido atribuído pelas pessoas da organização. Assim também, as metodologias dominantes pouco têm contribuído para que se possa obter uma maior compreensão sobre o modo como as pessoas e equipes na organização lidam com os aspectos de natureza afetiva, psicológica e social envolvidos nas situações de mudança. O presente trabalho tem como objetivo lançar um olhar mais atento sobre o emprego de uma metodologia de investigação que procura resolver em parte algumas dessas questões: a aplicação da dinâmica de construção de desenhos, que busca compreender o processo de criação de sentido da mudança. Para tanto, dois estudos que empregaram esse tipo de método de investigação são analisados de forma comparativa: um estudo realizado no Reino Unido por Vince e Broussine (1996) e outro realizado no Brasil, por Silva e Vergara (1999). A Problemática da Investigação Sobre a Mudança OrganizacionalA mudança organizacional é, seguramente, um dos temas que mais têm despertado o interesse dos teóricos da administração nas últimas décadas, o que tem produzido uma quantidade considerável de reflexões, análises e proposições de soluções com relação à problemática de como ajudar as organizações a efetuarem mudanças de modo eficaz e menos traumático para elas e para seus empregados.Entretanto, a dificuldade de se compor um corpo teórico integrado e as experiências nem sempre bem sucedidas, em termos da aplicação dessas teorias, têm provocado o crescimento do volume de críticas a elas dirigidas. Entre tais críticas, destacam-se as de que:• existe uma diversidade de abordagens com foco limitado sobre a mudança organizacional e a dificuldade de conciliação entre essas diferentes abordagens, de modo a produzir um corpo de conhecimento mais integrado que auxilie na definição de ações melhor adaptáveis a cada t ipo de mudança (Armenakis e
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