Tornamos público o primeiro número da Sertanias: Revista de Ciências Humanas e Sociais, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Este feito muito nos alegra, mesmo em tempos tão difíceis, causados pela pandemia de COVID-19 que, em nosso país, tem ceifado a vida de milhares de brasileiras e brasileiros, especialmente daqueles que, historicamente, têm experimento as consequências perversas do racismo, em suas diferentes formas. A essa tragédia somam-se outras, como os discursos negacionistas sobre a Ciência e o conhecimento por ela produzido. No caso dasCiências Humanas e Sociais, os ataques a elas deferidos, especialmente por grupos conservadores, que se pretendem "revisionistas", no nosso entender, só reafirmam a importância dessas ciências e do quanto é preciso tonar público e democratizar o conhecimento.Foi com esse compromisso, de democratizar o acesso ao conhecimento, numa perspectiva interdisciplinar, que idealizamos a construção desta Revista, posto que defendemos, (e acreditamos que os pesquisadores e pesquisadoras que submetem/submeterão seus textos a esse periódico), de forma irrestrita, a Universidade Pública em nosso país, tão atacada pelas políticas neoliberais, que precarizam o trabalho docente e discente, as condições de produção intelectual, as políticas de financiamento da educação e que, portanto, colocam em risco a sua existência.Neste primeiro número, composto por oito artigos, contamos com contribuições de pesquisadores e pesquisadoras de diferentes instituições, a exemplo da
O presente artigo pretende discutir como a perspectiva pós-colonial e pós-estruturalista permite repensar os conceitos de território, região e cidade. Principalmente por permitir pensar o descentramento de sujeitos invisibilizados pela sociologia e antropologia brasileira clássica. Rompendo com a influência que a sociologia da escola de Chicago exerceu sob as formas de conceber os objetos e experiências etnográficas no Brasil, principalmente através de Florestan Fernandes.
O presente artigo tem como objetivo analisar o conceito de diáspora e as novas linhas de investigação intelectuais abertas a partir do uso crescente do conceito, em especial, na música da diáspora Africana. Faz uma reflexão sobre o legado da filosofia moderna no processo de esvaziamento da possibilidade reflexiva da música negra, bem como, identifica no marcador da diáspora a condição desestabilizadora de absolutismos nacionais da música no Brasil que foram, diferentemente de outros assentamentos africanos da diáspora, ligados a creolização e hibridação, influenciada pela fundamentação de mestiçagem que promoveu uma centralização na figura do “popular” e do “folclórico” das manifestações da música da diáspora africana no Brasil. Nesse contexto informa o “momento” de recepção da ideia de Diáspora Africana e como ela legitima o discurso da música negra no Brasil reagindo aos valores e padrões de um sistema de representações que restringem o acesso às culturas diaspóricas a sua reflexividade. Palavras-chave: África, Diáspora, Música Negra, Relações Raciais, pós-colonialismo.
Entrevista com Dr. Mário Augusto Medeiros da Silva, Professor do Departamento de Sociologia da UNICAMP e autor do livro “A descoberta do Insólito: literatura negra e literatura periférica no Brasil (1960-2000)”.
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