Os espaços naturais florísticos a céu aberto, tais como as trilhas ecológicas, corporificam espaços com grandes potencialidades para o Ensino de Ciências. Este trabalho tem por objetivo levantar e analisar teses e dissertações produzidas no Brasil no período de 2000 a 2015 que tratem o uso de trilhas ecológicas no Ensino de Ciências. O levantamento foi feito no Catálogo de teses e dissertações da CAPES e as produções encontradas, a posterioriconstituíram um corpus documental de 41 obras o qual foi analisado quanti-qualitativamente. Essas obras mostraram um espectro metodológico multifacetado com pesquisas envolvendo formação de professores, sequencias didáticas com estudantes e entrevistas com professores e moradores locais. Concluiu-se que as regiões sul e sudeste brasileiro destacam-se como aquelas que mais produziram pesquisas dentro do recorte temporal e temático aqui levantado. Como um todo, identifica-se a predominância do uso de trilhas ecológicas como espaços educativos não formais com expressiva potencialidade.
RESUMO As trilhas ecológicas materializam espaços educativos potenciais ao processo de ensino-aprendizagem. Assim, este estudo teve por objetivo investigar as contribuições didático-pedagógicas das trilhas ecológicas por meio da compreensão de 22 professores de Ciências, Biologia, Física e Química da educação básica de 16 municípios do estado do Espírito Santo. À luz da metodologia pesquisa-ação, foi evidenciado que as trilhas constituem espaços não formais singulares, uma vez que proporcionam a mediação do conhecimento in situ, ao ar livre (sem paredes, sujeito a intempéries e surpresas), o que impele os educadores a um olhar acurado sobre o planejamento de sua prática e sobre as atividades propostas antes e depois da realização do campo (vivência na trilha). A pesquisa permitiu concluir que as trilhas corroboram com a autonomia docente, configuram uma possibilidade didático-pedagógica motivadora e contribuem para a construção e/ou a consolidação de valores socioambientais salutares.
As aulas de campo configuram uma possibilidade didático-pedagógica potencialmente rica a práticas ligadas à contextualização e a interações com o real-material concreto. Este trabalho tem por objetivo apresentar potencialidades didático-pedagógicas de aulas de campo em um ambiente florístico extraescolar para o ensino de conteúdo matemático relativo à Geometria, mais especificamente aos conteúdos “triângulo retângulo” e “circunferência”. Para isso, a metodologia delineada se pautou pelo desenvolvimento, no período de 06 a 29 de novembro de 2018, de uma sequência de atividades intitulada “Reserva Natural Vale e as belezas geométricas”, envolvendo 45 alunos de 9° anos do turno vespertino de uma escola pública da rede municipal de ensino de Linhares (ES). A sequência de atividades promoveu quatro momentos didático-pedagógicos, sendo um deles no ambiente extraescolar denominado Reserva Natural Vale, também localizado no município de Linhares (ES). Como instrumento de coleta de dados foi aplicado questionários mistos aos discentes contendo questões abertas e fechadas antes (pré-teste) e após (pós-teste) à aula de campo na Reserva Natural Vale. A pesquisa mostrou que o campo promoveu maior aproximação entre ensino, aprendizagem e a vida social extraescolar dos pesquisados. Os alunos se mostraram bastante interessados em aprender assuntos tematizados durante o campo, bem como em manusear instrumentos relativos às atividades propostas. Além disso, o campo em meio ao ambiente florístico suscitou uma consciência voltada à preservação e à conservação do meio ambiente.
Os estudos de como os indivíduos sentem, agem e pensam, no âmbito da paisagem vivida, pode colaborar com a proposição de medidas que visem à qualidade ambiental e à integração das pessoas com o meio. Sendo assim, este estudo tem como objetivo investigar as percepções sobre meio ambiente de estudantes do ensino superior durante a realização de uma trilha ecológica no Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro. Para tal, foram realizadas entrevistas com os alunos antes e após a trilha. Como resultado constatou-se que ocorreram alterações significativas nas compreensões dos estudantes após a realização da trilha, com destaque no que diz respeito aos impactos causados ao meio ambiente e suas consequências para o planeta.
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