A cadeia produtiva do frango de corte é um importante setor no Brasil e no Paraná. Contudo, vários resíduos são gerados nessa cadeia, dentre eles, as aves mortas oriundas da mortalidade e descarte que ocorre durante a criação. Esse resíduo apresenta um alto poder poluente e por isso, deve ser manejado de forma correta, considerando o meio ambiente, mão de obra e os custos de sua gestão. Assim, o objetivo desse estudo foi caracterizar granjas da região noroeste do Paraná, identificar as principais causas de descarte das aves durante a criação e as formas empregadas para a gestão das aves mortas. Os resultados desse levantamento permitiram observar que a maioria das granjas avaliadas possui 1 a 2 aviários, com predominância do tipo Dark House de cortina, com cama de maravalha, usada, em média, por 5 criadas. Os barracões alojam entre 30.000 a 35.000 aves, com destaque para a criação de lotes mistos, em sistema de integração. O número de funcionários variou de 3 a 4 por granja, sendo a maioria qualificada para o trabalho. A taxa de mortalidade nas granjas oscilou entre 3 a 4%, sendo apontado como principais fatores as causas diversas ou naturais, má qualidade do pintinho de 1 dia e o descarte de refugo. Como principal destinação das aves mortas foi observada a confecção de compostagem, em que o composto é empregado como biofertilizante. Esses dados evidenciam a preocupação dos granjeiros quanto à correta gestão desse resíduo tão significativo na produção de frangos de corte.
A utilização da cama nos aviários é fundamental, pois garante o bem-estar e o bom desempenho das aves. Existem vários tipos de cama, cuja disponibilidade varia conforme a região. Contudo, existe uma preocupação ambiental quanto à destinação desta cama após seu uso nas criadas. A fim de encontrar soluções, vários pesquisadores buscam alternativas, dentre elas a comercialização deste resíduo como fertilizante em diferentes culturas agrícolas ou pastagens. Assim, o objetivo deste estudo foi caracterizar os principais tipos de camas empregadas nos aviários da região noroeste do Paraná, determinar suas destinações e levantar os gastos com a aquisição e com a venda destas camas. Foram coletados os dados, após seis criadas, em 38 barracões de frango de corte existentes na região noroeste do Paraná. Os resultados mostraram que a principal cama utilizada é composta por uma mistura de palha de arroz e maravalha e que, após o uso, são comercializadas como biofertilizante, sobretudo para a cana-de-açúcar, uma cultura de destaque na região. Essa prática favorece o meio ambiente, os produtores de frango de corte e os agricultores, contribuindo efetivamente com a sustentabilidade econômica, social e ambiental dessa cadeia.
A cadeia leiteira é um dos setores mais importantes do agronegócio brasileiro, contudo, este setor pode impactar negativamente o ambiente caso não seja empregado um correto manejo dos dejetos gerados. O objetivo deste estudo foi caracterizar propriedades leiteiras localizadas na região noroeste do Paraná e verificar o manejo dos dejetos dos animais. Foram coletadas as informações em 26 granjas de leite localizadas na região noroeste do Paraná, por meio de um questionário que versou sobre a caracterização geral das propriedades e do manejo sanitário, nutricional e dos dejetos. Os dados foram analisados de forma descritiva. Os resultados revelaram que 70% das propriedades são de pequenos produtores que trabalham nesta cadeia produtiva, em média, a 30 anos. Menos da metade dos produtores estudados (42%) fazem o pré e pós-dipping e os testes de análise de mastite clínica e sub-clínica diariamente e/ou semanalmente. Também foram relatados casos frequentes de mastite nos rebanhos (57%). Todas as propriedades vacinam e aplicam vermífugos em seu rebanho periodicamente. Com relação ao manejo nutricional, 61% afirmaram que oferecem resíduos agroindustriais como alimentos alternativos na alimentação das vacas. E, sobre a gestão e tratamento dos dejetos gerados na propriedade, 76% reportaram que armazenam os dejetos em esterqueiras e não se preocupam com o tempo de permanência ou forma de tratamento, não empregando nem biodigestão nem compostagem e, aplicam os resíduos gerados diretamente nas pastagens, como adubo. Com base nos resultados obtidos, verifica-se a necessidade de orientação para os produtores quanto a adoção correta das boas práticas na ordenha e orientação sobre as formas corretas de tratamento e destinação dos dejetos gerados. Estas ações podem contribuir com a cadeia de produção leiteira, tornando-a mais sustentável sob os pontos de vista econômico e ambiental.
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