Fungicidas são responsáveis por contaminações ambientais, sendo também prejudiciais à saúde humana. Os malefícios causados por esses produtos sintéticos têm levado à busca por métodos de controle alternativo, como substâncias oriundas de extratos e óleos vegetais. Inúmeras pesquisas científicas já constataram o potencial antifúngico do óleo e de extratos de nim (Azadirachta indica Juss), sendo que o óleo se tornou um produto comercializado por inúmeras marcas, indicado para pulverizações na agricultura. Nesse contexto, este trabalho objetivou comparar a atividade antifúngica do óleo comercial e do extrato etanólico obtido das folhas frescas de nim frente a fungos fitopatogênicos. Para isso, avaliou-se a Concentração Mínima Inibitória (CMI) e a Concentração Fungicida Mínima (CFM) de ambos os produtos frente a Fusarium oxysporum, Macrophomina phaseolina, Sclerotinia sclerotiorum e Aspergillus parasiticus nas concentrações de 1000 a 15,625µg.mL-1. Tanto o óleo, quanto o extrato etanólico de nim apresentaram atividade antifúngica, sendo inibitórios frente a M. phaseolina na concentração mínima de 250µg.mL-1, sobre F. oxysporum na concentração mínima de 250µg.mL-1 (óleo) e 500µg.mL-1 (extrato) e ambos frente a S. sclerotiorum e A. parasiticus na concentração mínima de 1000µg.mL-1. Entretanto, somente o extrato etanólico de nim apresentou atividade fungicida frente a F. oxysporum e M. phaseolina na concentração mínima de 500µg.mL-1 e de 1000µg.mL-1, respectivamente. Sendo assim, o extrato etanólico das folhas frescas de nim apresentou ser um potencial substituto ao óleo comercial de nim, o que o torna vantajoso por poder ser obtido facilmente em propriedades rurais, sem a necessidade do uso de equipamentos sofisticados e a um custo reduzido, atuando no controle alternativo de fungos fitopatogênicos.
A copaíba pertence ao gênero Copaifera que produz um exsudado extraído do tronco da árvore, utilizado na medicina popular para fins terapêuticos. Com o objetivo de avaliar a composição química e a atividade antimicrobiana in vitro da oleorresina de Copaifera reticulata Ducke, coletadas em diferentes períodos sazonais, na Floresta Nacional do Tapajós, frente às bactérias Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Pseudomona aeruginosa, e à levedura Candida krusei, foi realizado ensaios de atividade antimicrobiana por disco difusão e microdiluição em placas, e avaliada a composição química da oleorresina por Cromatografia Gasosa-Espectroscopia de Massa (CG-EM). A atividade antimicrobiana constatou halos de inibição indicando que houve ação da óleorresina frente às bactérias S. aureus (15,5 e 16,7 mm) e S. epidermidis (17,5 e 17,3 mm), dos períodos chuvoso e seco, respectivamente. A determinação da Concentração Mínima Inibitória (CMI) demonstrou que a oleorresina coletada no período seco apresentou uma CMI de 1,63 mg/ml para ambas as cepas. As amostras apresentaram atividade bactericida e bacteriostática para S. aureus e S. epidermidis, respectivamente. A análise química obteve como componente majoritário β- cariofileno, sendo 39.91% para período chuvoso e 41.67% para período seco. Embora haja diferença nos resultados quando comparados os períodos sazonais, a oleorresina possui uma comprovada ação antimicrobiana e um potencial como matéria-prima para produtos com essa finalidade.
Doenças causadas por microrganismos são responsáveis por limitações graves na produção agrícola, e os principais produtos utilizados no controle dos mesmos são compostos químicos sintéticos que possuem aspectos negativos quanto ao seu uso extensivo. Com isso, novos métodos alternativos de controle, como o uso de produtos naturais extraídos de plantas, têm sido investigados devido ao menor impacto ao ambiente. Portanto, neste estudo, objetivou-se caracterizar os metabólitos secundários presentes no óleo essencial e no extrato hexânico do resíduo sólido de priprioca (Cyperus articulatus L.) e a sua capacidade de promover o controle biológico dos fungos Aspergillus niger e Aspergillus parasiticus. Foram coletados tubérculos, rizomas e raízes de priprioca (período chuvoso e seco). O óleo essencial foi extraído do material vegetal por hidrodestilação (6h) em Clevenger. O resíduo sólido foi extraído em Soxhlet (hexano, 8h). A análise química do óleo foi por cromatografia gasosa (CG-EM) e do extrato hexânico por cromatografia de camada delgada (CCD). O ensaio antimicrobiano foi realizado pelo método de difusão em disco. Os compostos majoritários do óleo essencial de priprioca nos dois períodos No extrato hexânico verificou-se a presença de terpenos e ácidos graxos. O extrato hexânico do resíduo não foi eficiente contra os fitopatógenos. Houve maior inibição para A. niger, quando submetido ao óleo de priprioca extraído no período seco (18,6 mm). Estes dados indicam o potencial antifúngico da espécie frente a esses fungos sugerindo que a mesma pode ser utilizada para o controle biológico do gênero Aspergillus.PALAVRA-CHAVE: Controle alternativo, Fitopatógenos, Fungos.
Fungos fitopatogênicos são responsáveis por doenças que causam grandes perdas agrícolas. O tratamento convencional é realizado por agrotóxicos e embora esses produtos reduzam significativamente as perdas, ocasionam sérias contaminações ambientais, contribuem para o surgimento de patógenos resistentes e eliminam agentes de controle biológico natural. Produtos naturais obtidos de plantas, como óleos essenciais e extratos, possuem substâncias bioativas que têm demonstrado potencial atividade antifúngica. A priprioca (Cyperus articulatus L.) é uma planta encontrada na Amazônia, muito utilizada no preparo de colônias artesanais. A alguns anos, o óleo essencial da espécie se tornou matéria-prima da Perfumaria Nacional e seu cultivo passou a ser em escala comercial, tornando-se fonte de renda para comunidades do entorno de Belém/PA. No processo de obtenção de óleo essencial são gerados grandes quantidades de resíduo sólido (massa vegetal após a retirada do óleo essencial). Esse trabalho teve como objetivo a avaliação e comparação da atividade antifúngica do óleo essencial, extrato hexânico e etanólico de priprioca e extrato hexânico e etanólico do resíduo sólido de priprioca, visando o aproveitamento dos resíduos no controle de fitopatógenos responsáveis por grandes perdas na produção agrícola. Para tanto, óleo essencial foi extraído por hidrodestilação (6h) e os extratos obtidos via Soxhlet (8h). Foram avaliadas as Concentrações Mínimas Inibitórias (CMI) pelo método de microdiluição e a Concentração Fungicida Mínima (CFM) para os tratamentos ativos. Foram avaliadas as concentrações de 1000 a 15,625 µg/mL frente a Fusarium oxysporum, Sclerotinia sclerotiorum e Macrophomina phaseolina. Os extratos etanólicos e hexânico do resíduo sólido apresentaram maior atividade antifúngica, principalmente frente a S. sclerotiorum, sendo fungicidas a 125 e 250 µg/mL, respectivamente. O óleo essencial foi inativo frente aos fitopatógenos teste. Tais resultados indicaram a eficácia dos extratos do resíduo de priprioca frente a fungos fitopatogênicos. O resíduo sólido é gerado em grandes quantidades durante a extração do óleo essencial e não possui valor agregado, tornando-o candidato a matéria-prima de produtos sustentáveis e de baixo impacto ambiental, que atuem no controle alternativo de fungos fitopatogênicos.
Este experimento foi conduzido a fim de avaliar as características nutritivas de silagens de capim-elefante cv. Cameroon com 0; 5; 10; 15; 20 e 25% de adição da casca de soja peletizada. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com quatro repetições. Determinaram-se os teores de nutrientes, população microbiana e estabilidade aeróbia. Os teores de matéria seca, nitrogênio amoniacal e pH foram elevados em 3,02; 0,43 e 0,09%, respectivamente, a cada 1% da adição da casca de soja. A inclusão da casca de soja reduziu a população de leveduras. As silagens com inclusão de 5% tiveram sua estabilidade quebrada após 24h de exposição ao ar enquanto os níveis de maior inclusão (20 e 25%) levaram 48 horas para ultrapassar 2°C acima da temperatura ambiente. A inserção da casca de soja na silagem de capim elefante melhora o perfil fermentativo, composição química e reduz a população microbiana em inclusões acima de 15%.
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