Aplicou-se o método de quadrantes (63 pontos) na Reserva Estadual de Porto Ferreira (21º49'S e 47º25'W), numa área (l,08ha) à margem direita do rio Moji Guaçu, amostrando dois indivíduos lenhosos em cada quadrante: um com fuste mínimo de 130cm e DAP < 10 cm; outro com DAP > 10cm. Os resultados obtidos foram comparados com os publicados por outros autores para uma área de mata riparia na Estação Ecológica de Moji Guaçu (Mata da Figueira), cerca de 100 km a montante daquele rio. Em Porto Ferreira, encontraram-se 107 espécies, sendo 80 exclusivas. Das 59 espécies listadas por outros autores para a Mata da Figueira, 31 foram exclusivas. As duas áreas tiveram 27 espécies comuns, com uma similaridade de Sørensen de 48,6%, considerada baixa. A grande heterogeneidade ambiental das várzeas e os diferentes graus de perturbação antrópica poderiam contribuir para essa variação florística. Os maiores números de espécies ocorreram em Leguminosae (20), Myrtaceae (17), Rutaceae (9), Euphorbiaceae (7) e Lauraceae, Meliaceae, Moraceae e Rubiaceae (6 espécies cada). Ao nível de família, parece haver poucas diferenças'com as florestas paulistas não inundáveis, mas as espécies mostram diferentes graus de preferência pelo habitat. As duas áreas apresentaram uma mistura de espécies típicas com outras de florestas nâo inundáveis. Estas ocorreriam na várzea em decorrência de, principalmente: a) adaptações do sistema radicular a períodos relativamente curtos de inundação; b) menor tempo de inundação nos pontos mais elevados do microrrelevo da várzea; c) maior aeração provocada pela água corrente.
Neste trabalho é apresentada uma tabela para espaçamento de terraços, baseada nos dados experimentais de perdas por erosão obtidos em nossos solos. Utilizando os dados das determinações de perdas por erosão obtidos nos principais tipos de solo do Estado, numa média de 10 anos de observações, em talhões de diferentes comprimentos de rampa e diferentes graus de declive, com culturas anuais, determinou-se uma equação que permite calcular as perdas médias de terra para os diferentes graus de declive e comprimentos de rampa. Considerando não só as perdas de terra e água como também o teor de terra na enxurrada, foi determinada a posição média relativa para esses três fatores, considerados conjuntamente. Os dados assim conseguidos foram estudados com relação ao grau de declive e ao comprimento de rampa, e a equação resultante foi denominada de "índice de erosão". Como o terraceamento se baseia, essencialmente, no efeito do grau de declive e do comprimento de rampa, com a equação do "índice de erosão" foi organizada uma tabela para espaçamentos de terraços.
( 1 ) Trabalho apresentado na Segunda Reunião Brasileira de Ciência do Solo, realizada em Campinas, São Paulo, de 11 a 23 de julho de 1949.
Os autores apresentam, neste trabalho, os dados gerais obtidos na primeira fase de trabalhos da Seção de Conservação do Solo do Instituto Agronômico do Estado de São Paulo, do ano agrícola 1943/44 até o ano agrícola 1958/59. Tais dados foram obtidos em talhòcs experimentais munidos de coletores de material erodido, instalados em épocas diferentes, perfazendo, até o presente ano, um total de 108 talhões, dos quais 38 em Pindorama, 29 em Campinas, 13 em Mococa e 28 em Ribeirão Prêto. Na primeira parte são apresentados os dados originais obtidos em cada um dos grupos de talhõe experimentais sob a forma de médias de perdas de solo e água, juntamente com ama breve descrição dos sistemas coletores usados e das características gerais dos tratamentos em comparação. Na segunda parte, como conclusões gerais, são apresentados os dados médios para os principais tratamentos e práticas estudadas, mima tentativa para melhor representar as condições médias gerais do Estado de São Paulo. Foram, dessa forma, estudados os efeitos sôbre as perdas por erosão dos seguintes fatores, figurando os tratamentos discriminados em ordem decrescente de perdas de solo: (1) Tipo de solo (arenosa, massapé e roxa); (2) Sistema de preparo do solo em cultura de milho (duas arações com arado de aiveca comum, uma aração com arado de aiveca comum e uma aração com arado de subsuperfície); (3) Incorporção de matéria orgânica em cultura de milho (queima da palhaça, mucuna consorciada ao milho e enterrada, incorporação da palhaça, adubo verde transportado de fora da área e enterrado, mucuna consorciada ao milho e deixada na superfície, palhaça enterrada, e estêrco de curral); (4) Rotação de culturas (algodão, soja e milho); (5) Tipo de uso do solo (algodoal, cafêzal, pastagem e mata); (6) Tipo de cultura (mamona, feijão, mandioca, amendoim, arroz, algodão, soja. batatinha, cana-de-açúcai, milho, milho + feijão, e batata-doce; (7) Comprimento de rampa (100, 50 e 25 metros); e (8) Prática conservacionista em culturas anuais (Plantio morro abaixo, plantio em contorno, alternância de capinas e, faixas estreitas de cana).
Neste trabalho os autores apresentam os resultados obtidos, desde 1944, com os diversos sistemas de preparo do solo, na produção e na erosão, nos principais tipos de solo do Estado de São Paulo, com as culturas de milho, algodão e soja. Com base nos dados de produção obtidos, conclui-se que, de modo geral, não há vantagens em se fazerem duas arações em vez de uma única, a menos que o terreno esteja muito praguejado de ervas daninhas de extirpação difícil, como os casos da tiririca e grama-sêda. O preparo do solo com arado comum é superior aos demais sistemas, ou sejam, subsuperfície, grade, sulcos e enxada. Relativamente à erosão, verifica-se que quanto maior a desagregação da terra e que quanto menor a quantidade de resíduos vegetais deixados na superfície, tanto maior será o prejuízo por erosão; no preparo do solo com apenas uma aração e no preparo com arado de subsuperfície conseguem-se reduzir, substancialmente, as perdas de terra por erosão, em relação, respectivamente, ao preparo do solo com duas arações e ao preparo do solo com arado comum de aiveca.
Using rainfall intensity and runoff rate measurements for plots with slope lengths of 36.3, 72.6 and 145.2 feet, infiltration rates were determined by the graphical method of Sharp and Holtan for 10 storms occurring during the years 1938 to 1942, inclusive. The plots on Marshall silt loam had been cropped to continuous corn since 1932. The average initial infiltration rate for all storms and all slope lengths was 0.79 inch per hour and the final infiltration rate was 0.21 inch per hour. The final infiltration rate varied with storms and slope lengths from 0.60 to 0.10 inch per hour. The average infiltration rate curve calculated from the mean of all curves for all storms and all slope lengths was expressed by the equation f = 0.211 + 1.019 e‐0.056t. Final infiltration rate appears to increase up to June and July and then decrease rather sharply during August and September.
Os autores analisam os dados de perdas por erosão obtidos em coletores especiais, durante cêrca de dez anos, em quatro estações experimentais, e estudam suas relações com as características da chuva. A duração da chuva, sua intensidade e distribuição, influenciam a intensidade e o volume total das perdas por erosão. Para cada local estudado, das perdas por erosão e do total e das intensidades máximas de chuva foram calculadas equações de regressão que indicam a relação chuva-perdas. Foram correlacionadas as perdas de terra e água obtidas nos coletores das estações experimentais de Campinas, Pindorama, Ribeirão Prêto e Mococa, com a chuva total, e também com as intensidades máximas de chuva de 5, 15, 30 e 60 minutos, Os resultados mostraram que as simples características de chuva, quando consideradas isoladamente, não foram suficientes para o estabelecimento de uma equação de regressão que represente substancialmnte as perdas por erosão. Assim, em futuros estudos, outros fatôres deverão ser considerados, tais como, o efeito da energia cinética do impacto da gôta de chuva sôbre a superfície do solo, a umidade do solo no momento de ocorrer a chuva (uso do índice de precipitação antecedente) e a duração da chuva.
O Parque Estadual de Porto Ferreira – PEPF já foi alvo de diversos estudos florísticos, contudo, nenhum deles inventariou exclusivamente a flora epifítica vascular. Neste estudo realizamos o levantamento florístico das epífitas vasculares nos diferentes tipos de vegetação desta Unidade de Conservação e comparamos a similaridade florística com outras localidades do interior do Estado de São Paulo, em Floresta Estacional Semidecidual, Cerradão e florestas ribeirinhas. Na área, foram inventariadas as epífitas vasculares nos três tipos de vegetação: Floresta Estacional Semidecidual Aluvial – FESA, Floresta Estacional Semidecidual – FES e Cerradão – CER, através de observações e coletas durante o período de um ano. Foram registradas 66 espécies, 32 gêneros e oito famílias, sendo a FESA (46 espécies) o tipo de vegetação que apresentou a maior riqueza, seguido da FES (44) e CER (18). Orchidaceae foi a família mais rica na FESA e FES, enquanto no CER foi Bromeliaceae. A categoria ecológica mais abundante em ambas as áreas foi a das holoepífitas obrigatórias. As comparações da similaridade demonstraram que o CER do PEPF tem maior similaridade florística com o CER de Luís Antônio, situada na mesma bacia hidrográfica, enquanto as áreas de CER a oeste formaram outro grupo, e a FESA e FES demonstraram ter maior similaridade com as florestas de Botucatu. O presente estudo registrou um incremento de 42 espécies de epífitas vasculares para o PEPF, demonstrando a importância de inventários direcionados a determinados hábitos.
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