Resumo: A relevância do policiamento com filosofia comunitária no contexto brasileiro é justificada devido à forte tradição das forças policiais com os regimes autoritários, nos quais o cidadão é o inimigo interno. Contudo, as experiências de policiamento com filosofia comunitária sofrem resistências das corporações policiais militares. Recentemente, inúmeros debates sobre a desmilitarização têm tido repercussão no meio acadêmico e, este artigo traz a seguinte questão: é possível correlacionar as experiências de policiamento comunitário com a temática da desmilitarização? As leituras bibliográficas, os documentos coletados e as falas dos policiais apontam que as estruturas militarizadas agem de forma ambígua; a formação policial continua a priorizar os padrões de policiamento tradicionais e os direitos humanos não conseguem transversalizar seus princípios na formação e nas resoluções policiais, o que dificulta o êxito de uma prática de policiamento desmilitarizado nas polícias militares no Brasil.Palavras-Chave: Desmilitarização, Policiamento comunitário, Segurança pública.
Resumo: O artigo analisa a política de cota racial para acesso ao ensino superior em uma universidade estadual brasileira, especialmente a institucionalização das políticas de ações afirmativas e as bancas de heteroidentificação em seu mais recente ajuste: a instalação de uma comissão de heteroidentificação racial que se baseia no fenótipo dos(das) candidatos(as). A base epistemológico-metodológica parte de uma análise crítica da política, entendendo que a construção dessa ação pública é fruto de embates e disputas entre atores com diferentes concepções de justiça social. O resultado da pesquisa aponta que, na universidade estudada, a instalação da comissão de heteroidentificação inicia somente no ano de 2018, apesar da política ter sido implantada dez anos antes. Ademais, desde a implementação da cota racial, em 2008, não se tem registros completos das pessoas autodeclaradas negras ingressantes nesse período, e também, há um significativo
O artigo tem o objetivo de pontuar as características do sistema policial português e brasileiro, tendo como panorama o sistema brasileiro, no período de 2015 a 2017. Desde os anos 80, as críticas sobre o sistema policial brasileiro produzem proposições para um novo sistema policial, contudo, as forças políticas mantêm um sistema dual, fragmentado e desigual internamente (BEATO, 2002; SOARES, 2003, MOTA BRASIL, 2010). A comparação requer o conhecimento da literatura sobre as duas realidades (DURÃO & DARCK, 2012), ainda assim, a etnografia torna-se imprescindível para a compreensão das lógicas das coisas no próprio cotidiano onde atuam as forças policiais portuguesas e brasileiras (DURÃO, 2019; MAGNANI, 2009). A pesquisa é feita a partir das etnografias realizadas em Teresina (Piauí) e de fontes bibliográficas sobre Portugal. A metodologia de trabalho de campo, especialmente a etnografia permitiu conhecer o cotidiano das comunidades teresinenses, no Piauí (Brasil) e o policiamento realizado nestas regiões. Pelas fontes bibliográficas a respeito das polícias e do policiamento português consegue-se comparar com o sistema policial brasileiro. Pode-se perceber que o sistema policial brasileiro tem características que reduzem sua eficiência, além de aspectos estruturais, tais sistema dual e fragmentado, o que gera a ineficiência do sistema policial brasileiro.
O artigo analisa a violência e os homicídios que envolvem negras e mulheres brancas, no Piauí, para compreender os mecanismos culturais e institucionais de permanência do contexto da violência causada e sua correlação com a raça e o gênero em Teresina, Piauí, no período de 2015 e 2017. A abordagem praxeológica, , afirma que a sociedade produz condicionamentos que se impõem sobre a realidade dos agentes. A pesquisa bibliográfica é uma atividade indispensável na forma de fazer a pesquisa. Esta serve para compreensão do objeto, a busca de suas relações tangenciais e a captura de conhecimentos produzidos em teses, dissertações, artigos e livros. O habitus patriarcal e racista incorporados por mulheres brancas e negras tende a ser rompido com o desvelamento das possibilidades subjetivas e institucionais através das novas formas de pensar as relações humanas e de ressocializar o masculino e o feminino através de novas práticas.
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