RESUMOA legislação brasileira exige que os micronutrientes nos fertilizantes sejam garantidos pelo teor total presente. Isto abre um precedente para a utilização de produtos não considerados como fontes de micronutrientes na fabricação dos fertilizantes. Todavia, a eficiência agronômica desses produtos é ainda duvidosa. Objetivou-se realizar um trabalho para caracterizar a solubilidade e a disponibilidade dos micronutrientes em trinta fertilizantes comerciais, por meio do uso de cinco extratores químicos: a água e soluções de ácido cítrico a 2%, de citrato neutro de amônio na diluição 1 + 9, de DTPA 0,005 mol L -1 e de EDTA 0,005 mol L -1 . Os resultados mostraram a baixa solubilidade dos micronutrientes metálicos (cobre, ferro, manganês e zinco) dos fertilizantes tipo "fritas". O ácido cítrico a 2% mostrou-se promissor na caracterização da disponibilidade de cobre, manganês e zinco para as plantas. Para o ferro não houve uma definição entre os extratores estudados. O boro teve boa solubilidade, tanto nos fertilizantes solúveis, como nos insolúveis em água, e a garantia pelo teor total mostrou-se bom indicativo da disponibilidade do elemento. Para o molibdênio a solubilidade foi maior para os fertilizantes com baixo teor do elemento. A garantia dos micronutrientes catiônicos pelo teor total, conforme exige a legislação, não indicou a sua real disponibilidade nos fertilizantes comerciais, mostrando a necessidade de uma definição de extratores para esse fim.Termos de indexação: legislação, extratores.
RESUMO:Discutiram-se os critérios de avaliação de materiais orgânicos empregados como fertilizantes adotados na legislação brasileira atual. Trabalhando com amostras de compostos, estéreos, resíduos industriais e turfa, discutiu-se a determinação de carbono orgânico através de oxidação pelo íon dicromato. Sugeriu-se que o atual método de determinação de matéria orgânica total por combustão tenha sua utilização restrita ou desaconselhada, devido aos erros grosseiros que proporciona. Como forma de se avaliar a qualidade de materiais orgânicos, discutiuse a determinação da capacidade de retenção de cátions (CTC) em fertilizantes e materiais orgânicos em geral. O grau de maturação ou estabilidade de compostos orgânicos pôde ser convenientemente expresso através da relação entre CTC (meq/l00g) e o teor de carbono orgânico expresso em porcentagem. Descritores: fertilizante orgânico, carbono orgânico, capacidade de troca de cátions, turfa, compostos EVALUATION OF ORGANIC MATERIALS USED AS FERTILIZERSABSTRACT: The present paper aimed to study the determination of organic carbon and the cation exchange capacity (CEC) of organic materials which can be used as fertilizers. Analytical procedures recommended by Brazilian official methods of fertilizer analysis include the determination of total organic matter by incineration. The errors of this method are not taken into account in spite of the great variability of the organic materials. This paper suggests that the organic characteristics of organic fertilizers must be expressed by the organic carbon content as determined by wet oxidation with dichromate ion and sulfuric acid. There is a great demand for practical indexes for determining the state of composting since the incorporation into the soil of immature organic material can cause severe damage to crops. In order to evaluate the maturity of organic products as manures, compost industrial wastes and peat, the determination of CEC was discussed. It seems possible to define the chemical stabilization of organic materials on the basis of the relationship between CEC and organic carbon content. The analytical procedures employed proved to be suitable for routine analysis. Key Words: organic fertilizers, organic carbon, cation exchange capacity, waste, peat, compost INTRODUÇÃODe maneira geral, os fertilizantes são avaliados principalmente pelo teor e pela forma quími-ca dos nutrientes presentes, através dos quais serão supridas as exigências nutricionais das plantas.A análise química dos fertilizantes minerais permite avaliar suas especificações e verificar se estão de acordo com aquelas previstas na legislação ou garantidas pelo fornecedor. Através de téc-nicas tradicionais, esse controle analítico em geral é satisfatório, pois os fertilizantes são insumos constituídos basicamente por compostos químicos simples e de fórmula química definida. Fertilizantes como os fosfatos de amônio, uréia, cloreto de potássio, entre outros, apresentam características químicas como solubilidade, comportamento ácido-base e temperatura de deco...
RESUMOTem sido recomendada a adição de superfosfato simples ou gesso agrícola nas pilhas de estercos e de outros resíduos orgânicos, com a finalidade de reduzir as perdas de amônia por volatilização durante a compostagem. Experimentos, contudo, têm mostrado resultados divergentes, quando avaliam a eficiência desses produtos e as doses em que devem ser aplicados. É provável que variações na acidez residual do gesso e do superfosfato simples possam explicar essas divergências. Para verificar essa hipótese, realizou-se um experimento, utilizando, como aditivos, o gesso agrícola, o superfosfato simples e o superfosfato triplo, cada um com dois valores de acidez residual (respectivamente, 0,13 e 0,20%; 7,02 e 2,36%; 2,38 e 1,86%). Em frascos de vidro de 1,6 litro de capacidade, foram colocados 10 g de substrato orgânico obtido por mistura de quantidades iguais, em massa, de estercos secos e frescos de galinha e de gado. Os aditivos foram misturados ao substrato em doses equivalentes a 0, 50, 100, 150 e 200 kg t -1 . A quantidade de amônia perdida por volatilização foi determinada aos 7, 14, 21, 28, 35 e 42 dias, coletando-se o gás em solução de ácido sulfúrico encerrada em pequeno recipiente colocado no interior do frasco e titulando-se o ácido remanescente após o período de exposição à amônia, com solução de NaOH 0,01 mol L -1 . As amostras de gesso agrícola estudadas não se mostraram eficientes em reduzir a volatilização de amônia da mistura de estercos. O superfosfato simples diminuiu a volatilização de NH 3 em até 4,8 vezes, tendo sido a amostra com maior acidez residual a mais eficiente. O superfosfato triplo foi o aditivo mais eficiente no controle da volatilização de NH 3 , quando aplicado em doses baixas, igualando-se ao superfosfato simples na maior dose. Aparentemente, a ação dos aditivos deveu-se à formação de compostos amoniacais mais estáveis por meio de reações do gás NH 3 com ácidos e, ou, fosfato monocálcico presentes naqueles produtos.
Os corretivos da acidez dos solos podem ter dois equivalentes em carbonato de cálcio: um, calculado pelos teores de cálcio e magnésio utilizando a expressão: % CaO x 1,79 + % MgO x 2,48 = %ECaCO3; outro, determinado analiticamente pelo poder ou valor de neutralização. Para uma mesma amostra ambos os valores deveriam coincidir, o que raramente acontece. Diversas hipóteses foram levantadas para justificar essa diferença. Os resultados deste trabalho permitiram inferir que nem todo o cálcio e magnésio dos corretivos devem estar associados às bases quimicamente efetivas mas também a fosfato, sulfato ou outras bases de forças inexpressivas; também os constituintes neutralizantes podem estar aprisionados em cristais de outros componentes dos corretivos, como sílica por exemplo, que só são atingidos por um ataque mais enérgico da amostra. Como conclusão, a avaliação química atual dos corretivos da acidez dos solos pode não estar se compatibilizando com o comportamento agrícola desses produtos.
Agricultural liming materials can have two calcium carbonate equivalents: one calculated in function of calcium and magnesium oxide percentages, by the expression: % CaO x 1,79 + % MgO x 2,48 = %ECaCO3; and the other determined analytically by the neutralization power or value. For one sample, both values should be similar, however, this rarely occurs. Several hypoteses were raised to justify the difference. Results of this research permit to infer that not all calcium and magnesium should be associated to the chemically effective bases, but they are also associated to phosphate, sulphate or other bases of inexpressive strength. It is also possible that, the neutralizing components could be captured inside cristals, like silica for example, which react only after a strong solubilization of the sample. It is concluded that the chemical evaluation of agricultural liming materials at the present time cannot explain the agronomical behaviour of these products
Visando determinar a quantidade de água absorvida em função da umidade do ambiente e do tempo de exposição por alguns fertilizantes simples, misturas de fertilizantes e corretivos, foram colocadas em três ambientes de umidade relativa constante de 70,4%, 80,5% e 88,8% . As amostras foram pesadas após 0, 3, 6, 24, 48 e 72 horas determinando a porcentagem de água absorvida. A absorção de água pelos produtos aumentou com o aumento da umidade relativa do ar e do tempo de exposição. Todos os materiais absorveram alguma umidade no menor tempo e na menor umidade relativa estudados, isto é, 3 horas de 70,4%, porém essa absorção foi insignificante nos casos do sulfato de amônio, fosfato diamônico, fosfato natural parcialmente acidulado, cloreto de potássio, sulfato de potássio, calcário calcinado. Os fertilizantes nitrogenados, uréia e nitrocálcio, foram os que apresentaram maior higroscopicidade dentre os materiais estudados. Foi possível verificar também que a presença de 5% de calcário calcinado ou de vermiculita nas misturas de grânulos diminuiu sensivelmente sua higroscopicidade.
RESUMOO presente trabalho apresenta os dados obtidos sôbre a variação na concentração e na quantidade de macro e micronu¬ trientes no fruto do cafeeiro em função do seu grau de desenvol¬ vimento, através da análise de amostras colhidas mensalmente.A variedade de café usada foi bourbon vermelho, de 9 anos de idade, localizada num solo latosólico roxo, no municí¬ pio de Charqueada.Os resultados obtidos mostraram que os frutos exigem contìnuamente todos os macronutrientes, desde o início de sua formação até a maturação. Com relação aos micronutrientes, o boro, cobre, ferro e molibdênio também foram solicitados contì-nuamente, ao passo que o manganês e o zinco deixaram de ser absorvidos nos dois últimos meses de seu ciclo formativo. A exigência quantitativa de micronutrientes obedeceu a seguinte ordem decrescente: ferro, manganês, cobre, boro, zinco e molibdê-nio.
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