O objetivo desse artigo é apreender os sentidos e significados das demandas pautadas pelos movimentos sociais para escola e sua materialidade nas atuais políticas e legislação educacional. Busca-se discutir as idéias de democracia, qualidade e cidadania presentes na atuação de gestores, professores, técnicos administrativos, alunos e pais, com a finalidade de compreender os valores e princípios estruturantes das práticas escolares, recuperando temas emergentes no debate atual. Com as reflexões feitas, pode-se destacar como resultado alcançado que a inspiração das práticas dos movimentos sociais da década de 1980 não se imprimiu suficientemente na escola que se faz hoje. O que se constata é que a gestão implantada ainda não transformou a escola, mas há, em contrapartida, uma participação induzida e corporativa, cujo sentido de intervenção das famílias, das organizações sociais e das empresas pauta-se pelo suprimento de “carências” inerentes à desresponsabilização do Estado para com a educação pública.
RESUMO:Apreender o modo como o Brasil reorganiza seu sistema de ensino ao longo da Revolução Passiva ou de redefinição dos limites de seu Estado social é compreender que a atual Contrarreforma, muito mais que produto, é processo. A análise do modo como se autoriza e legitima um partido de classe burguesa -na acepção gramsciana -, o movimento "Todos Pela Educação", impõe o entendimento da tensão entre público e privado no campo da educação. É o que se conclui ao se cotejar as diretrizes institucionais da entidade às metas e estratégias do "Plano Nacional de Educação 2014/2024" e, em especial, aos pilares do "Pacto Pela Educação" em Goiás, como rearranjo local do repertório vocabular do grande capital internacional. Demonstrar esse transformismo é o propósito desta reflexão, que se configura como um recorte da pesquisa que procura apreender a relação entre as reformas educacionais pós anos 1990 e a organização do trabalho pedagógico em Goiás. Palavras-chave: Pacto Pela Educação. Todos Pela Educação. Trabalho docente. Contrarreforma. Organizações Sociais.
THE "EDUCATIONAL PACT" AND THE MYSTERY "ALL": SOCIAL STATE AND COUNTER-REFORM IN BOURGEOIS IN BRAZILABSTRACT: Learning the way Brazil reorganizes its education system along the Passive Revolution or reset the boundaries of their social state is to understand that thecurrent Counter-Reformation much more than product is the process. The analysis of how it authorizes and legitimizes a bourgeois class party -in the Gramscian sense -the "Education For All Movement"
RESUMOO objetivo deste artigo é compreender a ação dos movimentos sociais como ato educativo e discutir sua contribuição para a ampliação do processo de escolarização na sociedade brasileira, assim como indagar acerca das "novidades" dos movimentos sociais no atual contexto de globalização. Por ato educativo entendemos uma prática histórico-social que se liga diretamente quer às condições objetivas, quer às ações organizativas e às concepções de mundo nelas gestadas.Palavras-chave: movimentos sociais, ato educativo, prática histórico-social.
Nosso objetivo é buscar apanhar os nexos e tensões que fazem governos, empresários e educadores se articularem em torno da tese de que é urgente e necessário mobilizar a “sociedade civil” para participar ativamente da “salvação” da escola pública. Por fim, apontar que esta mobilização e os programas de governos ocultam práticas que aprofundam a exclusão social, por desmontarem referências e conteúdos dos direitos sociais.
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