1Fui convidado pelo Prof. Dr. Hélio Elkis (Coordenador do Curso de Pós-Graduação) e pelo Prof. Dr. Zacaria Borge Ali Ramadam (Chefe do Departamento de Psiquiatria da FMUSP) para elaborar um artigo sobre o histórico do Instituto de Psiquiatria e do Departamento de Psiquiatria da FMUSP para ilustrar e comemorar o Jubileu do Instituto de Psiquiatria da FMUSP nos seus 50 anos de existência. Senti imensa responsabilidade devido a vários motivos. Primeiro, é uma honra para mim e para qualquer colega ser distinguido como representante desta busca do histórico dessa respeitável Instituição. Além disso, o Instituto e o Departamento de Psiquiatria da FMUSP estão em um patamar de sua existência que precisa ser muito bem descrito e resumido. Neste novo milênio devemos, além do histórico, simplesmente descritivo e rememorar o passado, organizar uma ponte de interligação entre o passado, o presente e o futuro. Se possível extrair dos aspectos descritivos históricos uma dinâmica dos movimentos sociodinâmicos na Ciência Psiquiátrica e no famoso Zeit Geist.A palavra História designa o relato sobre a seqüência de acontecimentos realizados ou sofridos pelos homens no passado, conhecimento que pôde ser adquirido por meio da tradição ou da pesquisa de documentos e de sua análise. Por meio da Filosofia da História, podemos tentar compreender a seqüência dos acontecimentos, admitindo-se que ela não é incoerente e casual, mas segue um movimento determinado, segundo certas linhas de força. Embora esse conhecimento não nos permita prever o futuro com clareza, pode nos indicar um sentido ou uma direção. As doutrinas clássicas da Filosofia da História apresentam diversas correntes, como o Idealismo Histórico, representado por Hegel, e o Materialismo Histórico, representado por Marx e Engels.Como sabemos, o historicismo pode ser considerado um método filosófico que tenta explicar, por meio da História, os acontecimentos relevantes do direito, da moral, da religião etc. Dentro dessa corrente filosófica, existem aqueles que fazem da História o fundamento de uma concepção geral do mundo (historicismo filosófico, propriamente dito), enquanto outros recusam toda e qualquer concepção do mundo, vendo na História apenas uma das condições de inteligibilidade do real (historicismo epistemológico). Se, de um lado, a História pode ser tida como expressão dos relatos escritos ou falados do curso dos acontecimentos, de outro a investigação filosófica e crítica da História leva-nos a buscar o significado que se situa além da esfera da história-relato, enquadrando-a no aspecto do conhecimento. Os filósofos da História escrevem-na com sua atenção voltada para a filosofia da ciência. É necessário termos uma visão global dos relatos da História para depois tentarmos compreendê-la.
Durante mais de meio século, fui influenciado pelos modelos de pensamento da história, da antropologia, da sociologia, da economia, da psicologia, da psicanálise, da teologia e da psiquiatria, entre várias outras disciplinas. Em meus artigos e livros, sempre referi estudiosos desses ramos do conhecimento para embasar meus pontos de vista, já que constituíam minha fonte de referência.Ao completar três quartos de século, dei-me o direito de seguir meu próprio modelo de pensamento (que, repito, carrega muito da influência recebida desses autores, além de um pouco de minha própria experiência). Não há nada de novo, pois este é o velho transformado. Creio que, nesta fase de minha vida, posso dar-me o direito de expor, a partir de minha experiência, minha maneira de conceber mal-estar e amor. Usar sempre os velhos modelos institucionalizados pelo establishment é não desenvolver a "individuação", aqui entendida no sentido dado por Jung.O termo "mal-estar" é empregado no sentido de estar o indivíduo no mundo sem crescimento humanístico, sem desenvolver o amor. Esse mal-estar pode se expressar tanto por comportamentos como por sintomas físicos, psíquicos, sociais e espirituais.Nos textos clássicos e em alguns dicionários, o termo "espiritualidade" está associado à noção de divino, de religião e de Deus. Na minha acepção, espiritualidade é uma função humana, que promove as forças de vida contra os mecanismos destrutivos oriundos de fora ou de dentro do próprio homem, sem nenhuma ligação com o divino. Essa vida pode estar contida no próprio indivíduo, em seus entes queridos e amigos, assim como no interesse genuíno manifestado pelos aspectos universais da vida do planeta, motivo do apreço pela ecologia, por exemplo, pelos direitos humanos ou pelo ecumenismo religioso. AbstractThe author begins trying to elucidade the concept of love and sex. He affirms that love is a human function developed through millennium equally as language. The environment and cultural apprenticeship will develop love. Sex is an animal instinct equal of any other animal. Sex is always attached to pleasure. Love is attached to protection and to give confort to life in a broad sense (biological and sociological life). The most abstract and developed type of love is when people search to protect human rights, ecology and religious ecumenism in a broad sense.
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