Abstract:1Fui convidado pelo Prof. Dr. Hélio Elkis (Coordenador do Curso de Pós-Graduação) e pelo Prof. Dr. Zacaria Borge Ali Ramadam (Chefe do Departamento de Psiquiatria da FMUSP) para elaborar um artigo sobre o histórico do Instituto de Psiquiatria e do Departamento de Psiquiatria da FMUSP para ilustrar e comemorar o Jubileu do Instituto de Psiquiatria da FMUSP nos seus 50 anos de existência. Senti imensa responsabilidade devido a vários motivos. Primeiro, é uma honra para mim e para qualquer colega ser distinguido … Show more
“…De fato, uma dificuldade enfrentada pela psiquiatria nesse período era a limitação nos modos de tratamento (terapias e medicamentos), uma vez que os primeiros medicamentos com eficácia comprovada surgiram apenas com a "revolução psicofarmacológica" nos anos de 1950 (Amaro, 2003). Dentro desse contexto, o esforço dos psiquiatras na busca de legitimação na sociedade era notório à época.…”
As histórias do espiritismo e da psiquiatria apresentam vários pontos de contato e conflito. Houve um acirrado confronto entre eles em torno da “loucura espírita”. Investigamos como a mediunidade passou a ser interpretada como causa e/ou manifestação de doenças mentais no Brasil. Pesquisamos em fontes bibliográficas primarias: artigos científicos e da imprensa leiga, teses, livros e conferências. Tanto a psiquiatria quanto o espiritismo buscavam legitimação de seu espaço cultural, científico e institucional dentro da sociedade brasileira. Esses dois atores sociais defendiam diferentes visões e abordagens terapêuticas relacionadas a questão da mente e da loucura. A resolução desse conflito se relaciona com o alcance de inserção e de legitimação social pelos dois grupos, mas em campos diferentes.
“…De fato, uma dificuldade enfrentada pela psiquiatria nesse período era a limitação nos modos de tratamento (terapias e medicamentos), uma vez que os primeiros medicamentos com eficácia comprovada surgiram apenas com a "revolução psicofarmacológica" nos anos de 1950 (Amaro, 2003). Dentro desse contexto, o esforço dos psiquiatras na busca de legitimação na sociedade era notório à época.…”
As histórias do espiritismo e da psiquiatria apresentam vários pontos de contato e conflito. Houve um acirrado confronto entre eles em torno da “loucura espírita”. Investigamos como a mediunidade passou a ser interpretada como causa e/ou manifestação de doenças mentais no Brasil. Pesquisamos em fontes bibliográficas primarias: artigos científicos e da imprensa leiga, teses, livros e conferências. Tanto a psiquiatria quanto o espiritismo buscavam legitimação de seu espaço cultural, científico e institucional dentro da sociedade brasileira. Esses dois atores sociais defendiam diferentes visões e abordagens terapêuticas relacionadas a questão da mente e da loucura. A resolução desse conflito se relaciona com o alcance de inserção e de legitimação social pelos dois grupos, mas em campos diferentes.
“…Apoiou e se aprofundou em técnicas hoje em desuso (devido aos fortes efeitos iatrogênicos identificados em pesquisas posteriores) e/ou consideradas controversas, como a malarioterapia, a insulinoterapia, a eletroconvulsoterapia e a lobotomia. (AMARO, 2003;TARELOW, 2011;SEIXAS, 2012) Entre 1936 e 1956 a leucotomia, mais conhecida como lobotomia, era técnica inovadora e foi largamente utilizada antes da descoberta dos psicofármacos. Desde 1926, Pacheco e Silva mantinha relação próxima com o português Egas Moniz, uma das principais referências à psicocirurgia.…”
Section: Amarante (2007) Propõe Dividir As Principais Linhas Que Influenciaram a Reformaunclassified
“…Para muitos psiquiatras da época (possivelmente também nos dias atuais), inclusive os que integravam o IPq, a Psicanálise era vista como um "curandeirismo" ou excessivo "psicologismo". (AMARO, 2003;SEIXAS, 2012). (AMARO, 2003;SEIXAS, 2012).…”
Section: Amarante (2007) Propõe Dividir As Principais Linhas Que Influenciaram a Reformaunclassified
possibilities, such as greater physical investment, and also in the qualification of service. The undertaking of more systematic monitoring of information received from regions and health networks, the offer of regional technical support in collegiate bodies such as the Regional Conductor Group (GCR) and GCE and health teams, should help to strengthen the RAPS. It is possible that the autonomy of the federated entities and the decentralization of policies support the psychosocial care model advocated by the psychiatric reform and the anti-asylum struggle, even if unevenly in the territories, and subject to local and regional political positions and disputes. The research does not disregard, though, the impact that changes in mental health policies has, added by the effect of a moment of psychiatric counter-reform, regional differences, managers' transitions, pacts and renegotiations at different levels of management, and the current scenario of crisis, as key players in the advances and setbacks in RAPS processes.
“…A psican †lise foi introduzida, em S•o Paulo no in ‡cio do s‚culo XX por Franco da Rocha e em seguida por um de seus disc ‡pulos, Durval Marcondes que, anos mais tarde, mais precisamente em 1936, viria a participar do concurso ‹ c †tedra de psiquiatria vencido por Pacheco e Silva.' fato que Pacheco e Silva preocupava-se sobre poss ‡veis excessos do uso da psican †lise, mas nunca foi, propriamente, contra(Amaro, 2003). Jorge Amaro, m‚dico psiquiatra e psicanalista de forma€•o e fundador do Servi€o de Psicoterapia do IPq, e que nas d‚cadas de 1950 e 1960 teve contato pr"ximo com Pacheco e Silva, relata em seu artigo que, "Sou testemunha viva, como assistente que fui do Prof. Pacheco e Silva, de que ele lutou para que os seus assistentes jamais deixassem de pesquisar as bases bioqu ‡micas e gen‚ticas na Psiquiatria.…”
unclassified
“…Ele era, injustamente, chamado de 'organicista'". Como coloca mais a frente em seu artigo, "Pacheco e Silva nunca foi contra a psican †lise, mas sim contra aqueles que se desviavam da busca dessa moderna vis•o da psiquiatria e se fixavam em 'psicologismos'"(Amaro, 2003).Silva e este concordou plenamente que eu organizasse o Servi€o de Psicoterapia, fato que se oficializou-se em 1965 (Amaro, 2003; Amaro, comunica€•o pessoal 2012 5 ). Bruno al‚m do pr"prio Pacheco e Silva: "[...] 1-Diante das disposi€OEes expressas da Lei Penal, podem exercer a psican †lise no Brasil, em seus atos diagn"sticos e terapŽuticos, apenas os m‚dicos.…”
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