RESUmO: A artrite reumatóide (AR) é uma desordem crônica e sistêmica. Apresenta períodos de remissão e exacerbação de sinovite simétrica, atingindo, com freqüência, pequenas articulações. Os programas de proteção articular (PA) visam à manutenção da integridade articular, da habilidade funcional e redução da dor. Com o objetivo de abordar a relevância dos programas de PA, foi realizado um levantamento bibliográfico na base de dados Medline, entre 1966 a 2007. Foram identificados 64.001 estudos e 8 foram selecionados. Foram utilizados como critérios: população com AR, randomização para a seleção de participantes, descrição da metodologia de PA, critérios analisados por técnicas mensuráveis, registro de análise pré e pós aplicação da PA. Os estudos foram agrupados em 3 aspectos: caracterização da população, da intervenção e os desfechos. Buscou-se enfatizar as metodologias empregadas no desenvolvimento desses programas a fim de iniciar a sistematização da aplicação de PA. Há características recorrentes na maioria dos programas analisados, tais como utilização de grupos, fomentação de discussões, atuação de terapeutas ocupacionais e temas como AR e princípios de PA, o que fundamenta a sua aplicação no planejamento de futuros programas de PA. DESCRITORES: Artrite reumatóide. Educação de pacientes como assunto. Articulações/lesões. Artrite reumatóide/reabilitação.
RESUMO: O indivíduo com doença reumática apresenta alterações fisiológicas e anatômicas que interferem na performance durante as tarefas cotidianas. A terapia ocupacional, atuando na promoção da saúde dessa população, visa propiciar melhoras funcionais, sociais e emocionais, favorecendo o desempenho de papéis e o aumento da qualidade de vida. O objetivo deste trabalho é descrever a experiência da atuação da terapia ocupacional em um grupo de orientação a indivíduos com doenças reumáticas. As proposições expostas baseiam-se na experiência empírica do Grupo de Orientação aos Indivíduos Acometidos por Doenças Reumáticas, projeto de extensão da Universidade Federal de Minas Gerais. O processo educativo é ofertado através de oficinas terapêuticas, tendo por base o uso de atividades lúdico-recreativas. Essa estratégia possibilita a educação, socialização e o desenvolvimento de habilidades para o enfrentamento da doença e favorece o desempenho de papéis ocupacionais.
Uma das deformidades mais comuns e incapacitantes em adultos com artrite reumatóide (AR) é a em pescoço de cisne, que consiste em flexão das articulações metacarpofalangianas (MCF), hiperextensão das articulações interfalangiadas proximais (IFP) e flexão das articulações interfalangianas distais (IFD) (2) .A deformidade em pescoço de cisne tem várias causas, sendo a mais comum o encurtamento dos músculos intrínsecos. Essa deformidade pode ser secundária à sinovite em uma das articulações citadas, sendo mais comum nas MCF. Acredita-se que a sinovite crônica nas MCF causa espasmo muscular e, conseqüente, contratura nos músculos intrínsecos, que, associada à hipermobilidade da articulação IFP, pode resultar em flexão na articulação MCF e hiperextensão da articulação IFP (1) .Funcionalmente, o encurtamento dos músculos intrínsecos contribui para as limitações da mão, reduzindo a destreza manual, pois a hiperextensão da articulação IFP impede que as pontas dos dedos toquem o polegar (2) . Assim, fica impossibilitada a preensão em pinça, o que limita o paciente a usar somente a pinça lateral. Além disso, pode diminuir a habilidade de pegar objetos grandes, já que impossibilita a flexão de IFP e IFD, enquanto as MCF estão em extensão.Os músculos lumbricais e os interósseos são chamados, em conjunto, de intrínsecos, sendo que uma ação importante deste grupo de músculos é a manutenção da posição intrínseco plus (Figura 1). Na posição intrínseco plus, os interósseos e lumbricais agem juntos para promover extensão de IFP com flexão de MCF. Nessa posição, os músculos estão ativamente contraídos e em seu comprimento mais curto. Esta posição deve ser evitada em pacientes com AR que já apresentam pescoço de cisne ou em seu estágio inicial, pois a contração vigorosa e contí-nua destes músculos tende a favorecer o mecanismo desta deformidade (1) . Um exemplo prático é a manutenção da posição de segurar as cartas de baralho (Figuras 2 e 3).Um dos métodos utilizados para reduzir a força deformante no pescoço de cisne é evitar a permanência prolongada na posição intrínseco plus. A adaptação Figura 1 -Posição intrínseco plus. Figura 2 -Posição estática para segurar as cartas. Figura 3 -Posição estática para segurar as cartas.
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