Articular processos socioespaciais e suas formas possibilita analisar a transformação de seus conteúdos, que acabam por gerar processos novos. O objetivo geral deste artigo é investigar a influência do processo de fragmentação socioespacial na comercialização de unidades habitacionais na metrópole. Para isso, primeiro busca-se diferenciar as ações institucionais de ordenamento regional e metropolitano e, em seguida, analisar o consumo de Espaços Residenciais Fechados na Área Metropolitana de Brasília. Após a pesquisa bibliográfica, realizou-se a pesquisa em documentos legais que tratam do ordenamento regional e metropolitano da capital federal. Ainda na pesquisa documental, foi analisado relatório do Banco Central do Brasil-BACEN onde constam dados acerca de operações de crédito com imóvel de garantia por tipo de implantação. Constatou-se que ao contrário do momento anterior, atualmente as ações institucionais de ordenamento espacial de Brasília deslocam-se da escala regional para a escala metropolitana. Além disso, foi possível constatar que o processo de fragmentação socioespacial produz Espaços Residenciais Fechados como a forma privilegiada da habitação e, na Área Metropolitana de Brasília, este processo está em acentuação, tanto em Brasília, como nos municípios goianos envoltos em sua espacialidade.
O artigo tem como objetivo analisar a produção de unidades habitacionais promovida pelo Programa Minha Casa Minha Vida - PMCMV na Área Metropolitana de Brasília. Busca-se investigar qual é o papel desempenhado pelo Estado no contexto do PMCMV e também analisar a distribuição espacial dos recursos financeiros e unidades habitacionais financiadas com recursos do Programa entre os anos de 2009 e 2018. A metodologia da pesquisa foi estabelecida em três etapas. A primeira diz respeito a pesquisa bibliográfica, no sentido de contribuir para entender as principais características do PMCMV. A segunda etapa tratou de pesquisa documental, com a análise da base de dados obtida junto ao Ministério do Desenvolvimento Regional, órgão coordenador do PMCMV. A terceira e última etapa foi de pesquisa de campo, onde foi possível registrar empreendimentos imobiliários que corroboram com a tese do avanço da produção habitacional para a periferia metropolitana de Brasília. Observou-se que o Estado foi primordialmente o financiador do PMCMV através do sistema financeiro (bancos públicos e privados) e a gestão do território do DF que é exercida sob a influência do monopólio estatal da terra urbana em conjunto com a ação da iniciativa privada promoveu o processo de periferização das habitações financiadas pelo PMCMV que no contexto da Área Metropolitana de Brasília teve protagonismo nos municípios goianos no “Entorno” do DF em detrimento do território da capital federal.
Na modernidade, as inseguranças da vida na metrópole desencadeiam estratégias de autossegregação em espaços residenciais fechados. Assim, o objetivo geral desta pesquisa é investigar as práticas espaciais dos moradores de espaços residenciais fechados da área metropolitana de Brasília. Os objetivos específicos são identificar os fatores que levam ao consumo de unidades habitacionais nestes espaços e analisar as práticas espaciais de trânsito destes moradores. Mediante pesquisa bibliográfica e aplicação de questionários, observou-se que controlar o acesso ao espaço habitacional coletivo é o principal fator para o consumo destas unidades autônomas, a metrópole é vivida como uma região única e a sensação de segurança proporcionada por viver em espaço residencial fechado contrasta com a insegurança viária.
Os espaços residenciais fechados, usualmente denominados “condomínios fechados”, podem adotar diversas formas. Analisar a habitação neste formato contribui para revelar as peculiaridades socioespaciais de onde estão inseridos. Este artigo tem como objetivos investigar as formas geográficas produzidas pelo processo de fragmentação socioespacial na Área Metropolitana de Brasília, analisando o processo de metropolização do espaço da capital federal, relacionando gêneros construtivos e espécies jurídicas dos espaços residenciais fechados produzidos entre 2010 e 2020. Partindo da pesquisa bibliográfica, avançou-se para a pesquisa documental onde foi analisado o conteúdo da legislação federal e municipal, examinando as principais características legais destes espaços. Na pesquisa de campo foi possível articular as características previstas com a realidade empírica, identificando os conflitos existentes. Dentre outras constatações, observou-se que a construção e consolidação de Brasília impactou diretamente os municípios goianos do seu entorno, a legislação federal que trata do parcelamento do solo urbano foi modificada para regularizar espaços produzidos de forma ilegal e os moradores dos espaços residenciais fechados horizontais assumem encargos pela urbanização e outros serviços, que seriam de responsabilidade do poder público municipal, em troca do controle de acesso ao espaço fechado e da sensação de segurança.
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