Objetivo: Avaliar o letramento em saúde dos idosos hipertensos e/ou diabéticos acompanhados pela Estratégia Saúde da Família. Método: Foram selecionados 121 idosos aptos a participarem do estudo. Resultados: A maioria era do sexo feminino, com idade entre 60 e 64 anos, escolaridade básica, e sem ocupação após a aposentadoria. 60,3% possuem letramento baixo. Há uma diferença estatisticamente significante no baixo letramento com as variáveis sexo, faixa etária, escolaridade, e o tipo de ocupação. As mulheres possuem maior nível de letramento, e quanto mais avançada a idade, menor o letramento. A população idosa aposentada demonstrou maior nível de letramento. O tipo de material para leitura mais citado foi a bíblia. Destaca-se um número alto de idosos que relatou não gostar de ler, influenciando a alta prevalência do baixo nível de letramento. Conclusões: Propõe-se aqui, que intervenções que visem garantir a promoção da saúde, devem verificar o nível de letramento dos indivíduos.
A Língua Brasileira de Sinais – Libras, foi reconhecida nacionalmente como a segunda linguagem oficial do país, ainda assim, a pessoa com deficiência auditiva vivencia a frequente descaracterização identitária resultante da dificuldade de comunicação com a sociedade majoritariamente composta por ouvintes. Tais obstáculos expõem a pessoa surda às situações de vulnerabilidade e risco social, a destacar o acesso aos serviços de saúde, indispensáveis para a manutenção da integridade física, psíquica e social do ser humano. Portanto, o presente trabalho objetiva entender como a equipe de enfermagem pode contribuir para o acesso à saúde da pessoa surda. Trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa e de abordagem qualitativa, através da busca bibliográfica nas bases científicas LILACS, MEDLINE, BDENF e SciELO, e análise dos estudos publicadas na íntegra, de 2011 a 2021, no idioma português do Brasil, a fim de limitar as informações coletadas à realidade brasileira. As pesquisas utilizadas para elaboração deste artigo evidenciam a dificuldade de comunicação do surdo no momento das consultas de enfermagem, impactando negativamente no acolhimento e continuidade da assistência desse paciente. Conclui-se que o enfermeiro tem muito a contribuir para a garantia do direito social à saúde, comumente negado à pessoa surda. Entretanto, para que se possa ofertar um serviço integral e eficiente, o profissional de enfermagem deve capacitar-se para tal.
The objective of the study was to understand the perspective of doctors regarding the work process in Low-cost Health Clinics. To this end, we conducted qualitative research interviewing 8 young specialist doctors who work in these business firms in São Luís, Maranhão. We identified precarious working conditions, although presenting little resistance from the doctors, considering that these businesses are seen as spaces of projection in the local job market. Due to the limitations of the complaint-driven model of care, the interviewees activate an informal network, and the users of the Low-Cost Health Clinics are referred to the Brazilian National Health System (SUS). Thus, the physician’s work process is challenged by this fragmented care model, which blurs the boundaries in the public-private interfaces leading to a naturalized double gateway to the SUS.
O objetivo deste estudo foi compreender a perspectiva de médicos acerca do processo de trabalho em Clínicas Populares de Saúde. Para isso, realizamos uma pesquisa qualitativa na qual foram entrevistados oito jovens médicos especialistas que atuam nessas empresas em São Luís, Maranhão. Identificamos condições precarizadas de trabalho, mas com pouca resistência por parte dos médicos, considerando que essas empresas são encaradas como espaços de projeção no mercado de trabalho local. Devido às limitações do modelo assistencial do tipo queixa-conduta, os entrevistados acionam uma rede informal e os usuários das Clínicas Populares de Saúde são encaminhados para o Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, o processo de trabalho do médico é desafiado por esse modelo assistencial fragmentado, o que faz borrar os limites nas interfaces público-privado na medida em que uma dupla porta de entrada para o SUS é naturalizada.
Por possuir especificidades decorrentes de sua condição de gênero e de sexo, a população feminina demanda uma assistência cada vez menos intervencionista, medicamentosa e centrada na doença. Portanto, o objetivo deste estudo foi analisar a utilização das Práticas Integrativas e Complementares (PIC) como estratégia de promoção da Saúde da Mulher, verificando as PICs mais utilizadas, o contexto da vida da mulher em que são aplicadas e quais benefícios elas trazem a esse público. Este estudo configura-se como uma revisão integrativa da literatura desenvolvida nas seguintes bases de dados: LILACS, MEDLINE e BDENF, utilizando operadores booleanos combinados com os descritores da saúde a partir do DeCS nas seguintes combinações: “Terapias Complementares” AND Saúde da Mulher”; “Medicina Integrativa” AND “Saúde da Mulher”; “Medicina Tradicional” AND “Saúde da Mulher” e pelo nome de cada PIC existente no SUS atualmente AND “Saúde da Mulher”. A amostra final foi composta por 16 artigos, sendo 10 da MEDLINE e 6 da LILACS. Os estudos abordavam a utilização de terapias como musicoterapia, acupuntura e suas técnicas, ioga, relaxamento guiado, hidroterapia, técnicas de respiração, entre outras. As PICs foram aplicadas em mulheres experienciando gestação, trabalho de parto, SOP, trabalho, tabagismo, câncer, climatério e terceira idade. As terapias alternativas se mostraram uma opção viável no tratamento e na promoção da saúde atuando de forma complementar à medicina convencional.
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