Levando em conta o tratamento dado à subordinação adverbial no ensino e aprendizagem de língua portuguesa, este artigo apresenta contribuições advindas da Gramática Discursivo-Funcional acerca da (in)dependência entre orações, propondo o enquadramento da Subordinação Discursiva dentro da sistematização das relações adverbiais em contexto escolar.
RESUMO Norteado pelo modelo teórico da Gramática Discursivo-Funcional (Hengeveld & Mackenzie 2008), este estudo trata de orações introduzidas por como e se que, embora apresentem a forma de uma subordinada adverbial, não dependem formalmente de uma oração principal. Para isso toma como universo de investigação o Córpus Projeto Português Falado - Variedades Geográficas e Sociais. A investigação mostra que essas construções são usadas no monitoramento da interação, para reativar, na memória do interlocutor, informações dadas no discurso (construções com como), e salvaguardar a face do Falante, como estratégia de preservação de face (construções com se).
Este artigo busca analisar as contribuições do Programa Residência Pedagógica (PRP/CAPES) à formação de licenciandos em Letras de uma instituição pública do interior paulista, bem como problematizar aspectos da parceria colaborativa entre universidade e escolas que têm fomentado discussões sobre a reformulação curricular do referido curso. Para isso, discutimos as concepções e princípios que embasam a formação docente inicial nessa instituição, apresentamos a proposta da primeira edição do programa e os desafios impostos pela pandemia para o desenvolvimento da segunda edição. Concluímos que a nova configuração dos estágios remotos evidenciou a importância de momentos presenciais para a constituição de identidades docentes. Ao mesmo tempo, favoreceu o engajamento dos estagiários com o próprio processo de aprendizado da docência e possibilitou uma maior interação com os preceptores, consolidando a parceria que vem sendo construída na última década.
A pesquisa investiga, no âmbito da articulação de orações, construções encabeçadas por como em ocorrências parentéticas (JUBRAN, 2006) do tipo como se diz, como sabe, como é que se chama? nas variedades lusófonas do Corpus de Referência do Português Contemporâneo (2016), com o objetivo de discutir o estatuto funcional desse item, sob o enfoque da Gramática Discursivo-Funcional (GDF), de Hengeveld e Mackenzie (2008). Para isso, analisamos, à luz do modelo teórico da GDF, o estatuto de como nessas construções e seu escopo, considerando as camadas dos Níveis Interpessoal e Morfossintático da teoria. Em sua metodologia, a pesquisa leva em conta as propriedades discursivas, pragmáticas e morfossintáticas dessas construções, bem como o estatuto interpessoal e morfossintático de como nesses contextos de produção. A hipótese do trabalho é a de que essas construções, por não apresentarem uma oração principal à qual se subordinem, atuam em camadas mais altas do Nível Interpessoal da teoria. Como resultado, observamos as construções atuando (i) como Movimentos, com o como sendo marcador de Função interacional Resgate (STASSI-SÉ, 2012); e (ii) como Movimentos, com o como sendo um marcador de perguntas meditativas (FONTES, 2012), ambos os tipos atuando no monitoramento da interação verbal. Essa caracterização aponta para a tendência dessas construções operarem discursivamente, independentemente do tradicional valor semântico atribuído ao como em estudos orientados gramaticalmente.
Transparência e opacidade nos sistemas de negação sentencial em línguas indígenas brasileirasABSTRACT: This paper investigates the negation system of nine Brazilian indigenous languages in order to detail their sentential negation strategies. Based on Hengeveld (2011) and in studies about negation (Dahl 1979;Bernini;Ramat 1996;Miestamo 2007), the aim is to systematize the linguistic aspects that indicate the transparency and/or the opacity of these languages in applying negation strategies and to correlate the morphological type of the languages to their sentential negation strategies. Taking into account that in FDG transparency can be obtained when a linguistic unit of the linguistic organization corresponds to one unit in another level (Leufkens 2015), it is intended to map the alignment between the representational and the morphosyntactic level to lead to a transparency scale. Two hypotheses guided us to data collection and analyses: morphological types seem to correlate with transparency and the presence of more than one strategy of negation indicates opacity. KeywoRdS: Linguistic typology; FDG; Transparency; Negation.ReSUMo: Este trabalho investiga o sistema de negação de nove línguas indígenas brasileiras a fim de detalhar suas estratégias de negação sentencial. Com base em Hengeveld (2011) e em estudos sobre negação (Dahl 1979;Bernini;Ramat 1996;Miestamo 2007), objetiva-se sistematizar aspectos linguísticos que indiquem a transparência e/ou a opacidade dessas línguas no emprego das diferentes estratégias de negação e correlacionar o seu tipo morfológico às suas estratégias de negação sentencial. Sabendo-se que na GDF a transparência pode ser obtida quando uma unidade de um nível de organização linguística corresponde a uma unidade em outro nível (Leufkens 2015), pretende-se mapear o alinhamento entre os níveis representacional e morfossintático para chegar a uma escala de transparência. Para a coleta e análise de dados, guiam-nos as hipóteses de que os tipos morfológicos podem se correlacionar à transparência e a de que a presença de mais de um tipo de expressão de negação sinaliza opacidade.
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