Este artigo procura refletir sobre a natureza da comunicação sindical e sua constante disputa por hegemonia em relação à grande mídia, a fim de identificar suas lógicas de funcionamento na atualidade. Partimos da seguinte problematização: por que um sindicato, mesmo dispondo de ferramentas de comunicação mais rápidas e de maior alcance (como Facebook, Instagram, YouTube ou WhatsApp), inclusive com vários recursos audiovisuais, continua publicando um jornal impresso periodicamente com tiragens expressivas? Nossa hipótese, respaldada na análise dos jornais impressos potiguares SindNotícias, Luta Bancária e Extra Classe, em franca atividade, é a existência de uma lógica produtiva integralizadora do jornal sindical. As reflexões estão amparadas principalmente nas elaborações de Giannotti (2014), Silva (2013), Jost (2011) e Canclini (2008).
A partir da articulação de processos linguísticos e ideológicos, o presente artigo busca distinguir e analisar o discurso da grande imprensa na produção de sentidos acerca da gestão privada de Organizações Sociais (OSs) em serviços públicos de saúde de Natal, no Rio Grande do Norte. A argumentação ampara-se na Análise do Discurso de linha francesa, bem como nos subsídios de Volóchinov (2017), Foucault (1996) e Moraes (2010) para analisar as representações ideológicas e hegemônicas, de viés neoliberal, em matérias veiculadas pelo jornal Tribuna do Norte, principal publicação do RN.
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