Objetivo: Identificar fatores que dificultam ou facilitam o acesso aos serviços de saúde mental por crianças e adolescentes, em situação de acolhimento institucional. Métodos: Passaram pela aplicação de três questionários com questões abertas a profissionais atuantes em CAPSi, escolas especiais e unidades de acolhimento institucional de uma capital, no Sul do Brasil. Tratam-se de pessoas que atendem crianças e/ou adolescentes com deficiência intelectual e/ou transtorno mental e acolhidas. Inicialmente, foi utilizada a técnica de Análise de Conteúdo, complementada pelos Ciclos de Codificação de Saldaña, apoiada pelo software ATLAS.ti. Os extratos de texto foram codificados/categorizados, sendo geradas redes e queries, a partir dos principais fatores levantados. Resultados: Observou-se que emergiram duas categorias: facilidades no acesso e dificuldades no acesso, sendo identificados 21 fatores relacionados a facilidades ao acesso aos serviços de saúde mental e 37 fatores relacionados a dificuldades. Aparece com maior frequência a reinserção social por meio dos serviços substitutivos como facilitador. Contudo a falta de capacitação profissional, a falta de estruturas especializadas para o atendimento desse público e a falta de recursos humanos foram as dificuldades mais acentuadas. Conclusão: Acentuar que essas técnicas contribuíram na identificação de fatores, minimizando o grau de subjetividade, constituindo uma estratégia que propicia a instrumentalização de processos de tomada de decisão.
Objetivo: Identificar variáveis de saúde mental do trabalhador relacionadas ao alto custo nos planos de saúde, por meio do aprendizado de máquina. Método: Pesquisa quantitativa, retrospectiva e de caráter descritivo, com dados administrativos de demandas por procedimentos de saúde de janeiro de 2019 a março de 2021, e de questionário de saúde, aplicado em outubro de 2020, de 586 trabalhadores, assistidos por um plano de saúde. A pesquisa compreendeu quatro etapas: (i) pré-processamento das bases de dados; (ii) construção do modelo com uso do algoritmo random forest; (iii) avaliação das variáveis preditoras, com base no método de importância de Gini; (iv) avaliação dos resultados por especialistas em gestão de saúde. Resultados: Variáveis relacionadas aos transtornos mentais: transtorno bipolar, uso de bebida alcoólica, ansiedade e depressão, foram identificadas como preditoras de casos de alto custo: transtorno bipolar, uso de bebida alcoólica, ansiedade e depressão aos casos de alto custo. Houve concordância dos especialistas quanto a relação destas variáveis com o desfecho alto custo. Considerações finais: Apoiar iniciativas de saúde nas empresas pode promover mudanças que impactam não somente na saúde dos trabalhadores, mas também na produtividade e resultados das organizações, ampliando a atuação de ambulatórios e de gestores de saúde ocupacional.
Este artigo objetiva analisar como a percepção dos profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial Infantil, acerca do acesso infanto-juvenil aos serviços de saúde mental, repercutem nas diretrizes das conferências de saúde. Foram analisados dados coletados por meio de entrevistas e a partir dos relatórios das conferências, com foco na relação entre as impressões dos profissionais e como o tema da saúde mental infantojuvenil é apresentado nas conferências. Mesmo diante de temas enfocando a democracia, a saúde mental da criança e do adolescente não se fez representada nos relatórios das Conferências de Saúde. Nota-se que existe uma barreira de compreensão no que diz respeito à saúde mental infantojuvenil, pois a alteridade da criança e do adolescente pode ser negada como resultado da ausência de uma perspectiva democrática e deliberativa na elaboração das políticas públicas.
RESUMOCrianças e adolescentes compõem um grupo vulnerável em relação a essa fase do desenvolvimento que merece atenção diferenciada. Atrelado a isso, existem fatores que podem contribuir diretamente no aparecimento de algum quadro de transtorno mental. Este artigo objetivou identificar fatores que estariam associados a indicadores de transtornos mentais em crianças e adolescentes. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura científica de documentos publicados entre 2010 e 2015 nas bases de dados PsycINFO e LILACS e na biblioteca digital do Portal de Periódicos da Capes, com os descritores: "indicadores E crianças com transtorno mental", "indicadores E adolescentes com transtorno mental", "indicators AND children with mental disorder" e "indicators AND adolescents with mental disorder". Como resultado, foram apurados 20 indicadores relacionados a quadros de transtornos mentais na infância e na adolescência e 17 fatores a eles associados. Entre os principais indicadores identificados, o nível socioeconômico da família, associado à baixa renda, e a escolaridade parental, associada à baixa escolaridade dos pais, evidenciaram ser fatores de risco para quadros de transtornos mentais em crianças e adolescentes. Os resultados corroboraram os achados nos estudos que compuseram o corpus desta pesquisa, evidenciando a necessidade de implementação de políticas públicas destinadas à garantia de direitos de crianças e adolescentes. Palavras-chave: indicadores, saúde mental, fatores de risco, criança, adolescente. ABSTRACTChildren and adolescents make up a vulnerable group in relation to this stage of development that deserves special attention. Attached to this, there are factors that can contribute directly to the onset of a mental disorder framework. This article aimed to identify factors associated with indicators of mental disorders in children and adolescents. An integrative review of scientific literature was held of documents published between
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