Resumo: A economia brasileira sempre dependeu da força do Estado, que, por meio de sua capacidade de investimento, alavancava certos setores. Na década de 1990, com os movimentos privatizadores e a escassez do poder investidor/gestor do Estado, as organizações buscavam formas de se financiarem.Surgiram as conexões políticas, meios de interligação de empresas ou grupos econômicos aos governos, que se dão pela estrutura de propriedade, por doações a campanhas e pelas ligações dos membros do board ou do conselho de administração com os governos. Este estudo tem a seguinte questão de pesquisa: estariam os analistas propensos a manterem, na sua carteira de investimentos, empresas que têm conexões políticas explícitas? Para tanto, utilizou-se do método indutivo, mediante uma abordagem quase-experimental, onde os respondentes recebiam novas informações e eram questionados sobre a manutenção da empresa no portfólio. A população foi de professores, estudantes e outros profissionais, das áreas de ciências contábeis, administração, economia e afins, que totalizaram 408 respondentes, sendo que a amostra finalizou com 308 respostas. Utilizou-se para análise uma regressão logística, com os testes de Hosmer e Lemeshow e de Count R² e, complementarmente, crosstabs de dados característicos dos respondentes. Os resultados apontaram para um público apolítico predominante
quantitativa ou qualitativa de um patrimônio. Para esse processo de avaliação, a observação dos princípios e normas de contabilidade é importante para garantir, entre outras características da informação, a compreensibilidade e comparabilidade, reduzindo custos aos investidores e usuários, em geral, considerando as barreiras encontradas na diversidade de idiomas, culturas, políticas fiscais e econômicas. Para a análise de convergência, foi efetuado um estudo comparativo do conteúdo das normas, a partir de uma análise descritiva, com o intuito de verificar a aderência existente entre as normas brasileiras e internacionais aplicadas ao setor público. Os resultados encontrados destacam que ainda há diversos aspectos a serem discutidos para uma efetiva convergência às normas internacionais; esta convergência atual é parcial. No entanto, verifica-se que as NBCTSPs apresentam uma exposição conceitual de qualidade enquanto as IPSAS apresentam um conteúdo mais focado em procedimentos operacionais.
A contabilidade pública vem passando por um processo de mudança desencadeado por inúmeros fatores, entre eles, a edição das NBC T SP e a da portaria do Ministério da Fazenda 184 de 25/08/2008. Fatos responsáveis pela mudança no foco da contabilidade pública, saindo do enfoque orçamentário para o patrimonial. Este artigo utilizou-se da estratégia indutiva para apreender as evidências por meio da percepção dos auditores do TCE, dos gestores e contadores públicos dos estados de Pernambuco e da Paraíba quanto à aplicabilidade dos conceitos true and fair view e accountability na contabilidade pública brasileira e especificamente os padrões internacionais, para os quais nossas normas irão convergir. A pesquisa teve uma etapa bibliográfica, respaldada pela aplicação de questionários estruturados a três grupos, alicerçados numa estratégia teórico-empírica, referendados estatisticamente por testes do Qui-Quadrado e de Kruskal-Wallis. Avaliou-se um total de 284 questionários divididos em 189 auditores de TCEs, 70 contadores públicos e 25 gestores públicos. Ao final do estudo, chega-se à conclusão de que para serem percebidas pela população em geral as boas práticas de gestão e de contabilidade pública, bem como as transformações resultantes da mudança do foco para a contabilidade patrimonial, necessitam de "desenvolvimento social", aliado a um maior grau de "transparência".
<p>Os sistemas de informações podem auxiliar as empresas a sanarem um grande problema dos dias de hoje: a necessidade de informações internas e externas em um curto espaço de tempo. Essa necessidade surge pelo fato das rápidas mudanças ocorrerem no mercado. Ao longo do tempo, observou-se o desenvolvimento de diferentes tipos de sistemas de informações: transacionais, gerenciais, de apoio à decisão, para automação de escritório, para mineração de dados, especialistas, para executivos, de gestão empresarial e de relacionamento com o cliente. O presente estudo norteia-se pela seguinte questão-problema: <strong>Quais os fatores que os usuários apontariam quando do processo de implantação de um sistema de informações. E estariam tais implantações desencadeando “traumas organizacionais”? </strong>O objetivo deste artigo é analisar o processo de implantação do sistema de informação contábil nas indústrias, como sendo capaz de proporcionar benefícios ao usuário, garantindo sua comunicação e confiabilidade. Chega-se ao final do estudo a conclusão que é necessário a redução do tempo de implantação e que este sistema esteja em consonância com os princípios, crenças e valores da organização, visando maximizar o atingimento das metas.</p> <p><strong> </strong></p>
É crescente o número de estudos bibliométricos que buscam analisar a produção e a disseminação do conhecimento em áreas específicas do saber. Este é também um estudo bibliométrico e, como tal, objetivou identificar as características da produção científica sobre perícia contábil, publicada entre os anos de 2000 e 2013, em periódicos listados pela Qualis/CAPES como A1, A2, B1, B2, B3 e B4. Delimitou-se o estudo aos periódicos da área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo que possuíssem os termos “contabilidade” ou “contábil” no título. Foram utilizadas as pesquisas descritiva, bibliográfica e bibliométrica, com abordagem quantitativa. Na amostra de 20 artigos encontrados, observou-se que: grande parte dos artigos sobre perícia contábil (40%) encontra-se publicada em periódicos listados pela Qualis/Capes como B3; prevaleceram as pesquisas empíricas (70%); a temática mais abordada foi laudo pericial (7 publicações); predominou a coautoria entre 4 autores (35% dos trabalhos); destacaram-se, em termos de produtividade, Carlos Alberto Serra Negra e Ivam Ricardo Peleias, (3 artigos cada); os autores mais citados foram Martinho Maurício Gomes de Ornelas e Antônio Lopes de Sá (27 e 19 referências, respectivamente); mestres e mestrandos foram quem mais publicaram em perícia (46,15% dos estudos); e livros foram as fontes mais consultadas, com frequência de 45,77% de todas as obras referenciadas. Concluiu-se ser a perícia contábil uma área que precisa de mais interesse por parte de pesquisadores e acadêmicos, bem como estudos com abordagens diferenciadas, que evidenciem a sua importância e explorem-na como parte de uma ciência aplicável e indispensável à sociedade.
A busca por democracia e desenvolvimento social impulsiona a necessidade e exigência de transparência do Estado em relação à aplicação dos recursos públicos, assim como a participação da sociedade na gestão pública. Neste sentido, o presente estudo objetiva analisar a influência do comportamento dos cidadãos na avaliação dos gestores públicos, tendo como questão de pesquisa: de que forma os cidadãos utilizam a contabilidade para avaliar gestores públicos? Utilizou-se da estratégia experimental com o uso de dois grupos, interesse e controle, nos quais se buscou conduzir o respondente por um cenário e, assim, apreender dele o maior número de evidências sobre fatores que proporcionariam o uso de informações contábeis e os meios por ele utilizados para avaliar os gestores públicos, em especial aqueles que atuam na esfera municipal. Analisaram-se tais respostas com estatística descritiva, distribuição de frequência e teste de média (t de Student). Disponibilizou-se o questionário por meio eletrônico na plataforma Google Forms®. Chegou-se a 460 questionários divididos em dois grupos, interesse e controle, de forma aleatória. As principais conclusões demonstram que os cidadãos não avaliam os gestores mediante a contabilidade por desconhecimento de como analisar os demonstrativos produzidos, implicando, por esta razão e neste particular, em um comportamento alienado. Além disso, verifica-se a dificuldade adicional pela falta de transparência dos relatórios, além do não conhecimento das peças que compõem a prestação de contas.
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