Apenas en el 2004, fue creado el primer organismo para reunir los 12 países de América del Sur, la CASA, que pasó a llamarse UNASUR en el 2007. Desde el siglo XIX, la región en su conjunto fue el foco de las tentativas de integración en el continente americano por primera vez en el 1993. Sin embargo, esa iniciativa no se concretó. ¿Por qué, entonces, algo que no había sucedido a lo largo de tantos años ocurrió en el 2004? La hipótesis es que la convergencia de posiciones integracionistas en las tres potencias regionales, Argentina, Brasil y Venezuela, impulsada por los presidentes Lula y Chávez y el canciller brasileño Amorim, posibilitó la creación de UNASUR. Esa confluencia se debe más a prioridades de política exterior que a intereses económicos. Es la acción gubernamental, sobre todo de Brasil y Venezuela, que lleva al surgimiento del bloque, y no las demandas sociales. A pesar de eso, el intergubernamentalismo, en su versión liberal, no se ajusta totalmente al caso de UNASUR, pues, entre otros motivos, los intereses económicos no son suficientes para explicar la conformación del organismo y precisan ser combinados con los objetivos políticos de los gobiernos. En apoyo a sus argumentos, la tesis utiliza una serie de datos empíricos, que se refieren a Argentina, Brasil y Venezuela y abarcan desde los regimenes militares en los dos primeros hasta 2007, además de documentos, declaraciones y entrevistas.
Desde que autores como Germani (1962), Di Tella (1969) e Ianni (1975) aplicaram a noção de populismo à América Latina, muito se escreveu sobre o tema. O conceito se estirou tanto que tem servido para definir políticos os mais díspares. Com a ausência das condições socioeconômicas descritas pelas formulações clássicas, a estratégia adotada é limitar a categoria à dimensão política. Esse procedimento, porém, não é capaz de descrever atributos exclusivos suficientes para que o populismo seja um fenômeno específico. Ao mesmo tempo, o conceito está tão enraizado que não é viável abandoná-lo. A solução proposta é avaliar em quais características um político se aproxima e se afasta dos casos paradigmáticos do passado. Assim, ele pode ser populista em certos aspectos e não em outros. Com esse procedimento, se chega a uma classificação, em que um líder apresente mais ou menos atributos descritos pelas definições clássicas, eliminando a necessidade de reformulação constante do conceito para adaptá-lo a novas circunstâncias. Também haveria menos espaço a que o rótulo de populista continuasse servindo para desqualificar políticos latino-americanos. O artigo aborda definições clássicas e recentes aplicadas à América Latina e avalia a viabilidade empírica da estratégia de se concentrar na dimensão política.---LA APLICACIÓN DEL CONCEPTO DE POPULISMO AMÉRICA LATINA: la necesidad de clasificar, y no descalificar Desde que autores como Germani (1962), Di Tella (1969) y Ianni (1975) aplicaron la noción de populismo a la América Latina, mucho se ha escrito sobre el tema. El concepto se ha estirado tanto que ha definido políticos muy dispares. Con la ausencia de las condiciones socioeconómicas descritas por las formulaciones clásicas, la estrategia adoptada es concentrarse en la dimensión política. Ese procedimiento, sin embargo, no es capaz de describir atributos exclusivos suficientes para que el populismo sea un fenómeno específico. Al mismo tiempo, el concepto está tan enraizado que no es viable abandonarlo. La solución propuesta es evaluar en cuales características un político se acerca y se aleja de los casos paradigmáticos del pasado. Así, ello puede ser populista en ciertos aspectos y no en otros. Con ese procedimiento, se llega a una clasificación, en que un líder presente más o menos atributos descritos por las definiciones clásicas, eliminando la necesidad de reformulación constante del concepto. También habría menos espacio a que el rótulo de populista continuase sirviendo para descalificar políticos latinoamericanos. El artículo presenta definiciones clásicas y recientes aplicadas a la América Latina y discute la viabilidad empírica de la estrategia de concentrarse en la dimensión política.Palabras-clave: populismo; América Latina; casos paradigmáticos; clasificación.---THE APPLICATION OF THE CONCEPT OF POPULISM IN LATIN AMERICA: the need to classify and not disqualifyEver since authors such as Germani (1962), Di Tella (1969) and Ianni (1975) applied the notion of populism in Latin America, much has been written on the subject. The concept stretched out so much that it has served to define the most dissimilar politicians. In the absence of socioeconomic conditions described by classical formulations, the strategy adopted is to restrict the category to the political dimension. Such a procedure, however, is not capable of describing adequate particular attributes that populism would be a specific phenomenon. At the same time, the concept is so deeply embedded in our society that it is not feasible to abandon it. The proposed solution is to evaluate in which characteristics a politician reaches and moves away from the paradigmatic cases of the past. Thus, it can be populist in some respects and not in others. In such a procedure, we arrive at a classification in which a leader shows more or less attributes described by classical definitions, eliminating the need for constant reformulation of the concept to adapt it to new circumstances. Also, there would be less space to which the label of populist would continue to serve to disqualify Latin American politicians. The article discusses recent and classic settings applied to Latin America and assesses the empirical viability of focusing on the political dimension strategy.Key words: populism; Latin America; paradigmatic cases; classification.
O campo de estudos da integração regional evoluiu pouco no que se refere à comparação e à definição de critérios para a avaliação de casos. Um procedimento recorrente é aplicar a outros processos critérios elaborados para o caso europeu. Como o modelo de integração adotado na Europa não se repete em outras partes do mundo, esse procedimento só pode levar às mesmas conclusões: a avaliação de que há problemas nos demais blocos, de que suas perspectivas são ruins e de que, em alguns casos, sequer se caracteriza um processo de integração. Portanto, é necessário estabelecer critérios que possam ser aplicados universalmente e que avaliem os blocos de integração de acordo com seu nível de institucionalização, como já foi proposto e adotado na ciência política para os regimes democráticos e os sistemas partidários. Essa é uma tarefa urgente para a sistematização e a pesquisa comparativa no campo de estudos da integração regional. O trabalho, então, propõe um conjunto de critérios que tem capacidade de medir o nível de institucionalização em diferentes âmbitos da integração e indicadores para cada critério. Além disso, faz uma seleção abrangente das dimensões de análise, para não privilegiar certo âmbito ou modelo de integração. Os critérios são aplicados, então, a CAN, Mercosul, Unasul e UE, considerando o processo europeu como mais um caso, e não como parâmetro para a análise. O resultado observado corrobora essa perspectiva, já que a UE, ao contrário do esperado, não apresenta o nível de institucionalização mais alto em todas as dimensões.
O artigo atualiza as classificações de Coppedge (1997) para os partidos de Argentina e Venezuela, agregando às dimensões originais – esquerda-direita e cristão ou secular – três outras: programático ou clientelista, materialista ou pós-materialista e apelo eleitoral étnico. Para fazê-lo, se fundamenta na literatura e em um survey com especialistas. Uma conclusão é que houve pouca variação em relação às avaliações de Coppedge, com os principais partidos concentrados em torno do centro, à exceção do PSUV, na Venezuela, que foi classificado como de esquerda secular. Quanto aos sistemas partidários, os dois países transitaram da perda de legitimidade dos partidos tradicionais até o início dos anos 2000 para cenários que se caracterizavam, no momento dessa classificação, pela polarização em torno da adesão ou da oposição ao kirchnerismo ou ao chavismo. Ao contrário do caso venezuelano, a polarização na Argentina era mais entre apoiar ou se opor ao governo de turno do que em termos ideológicos.
As eleições presidenciais de 2013, que foram as mais acirradas desde a ascensão de HugoChávez, ofereceram uma oportunidade especial para a análise da qualidade da democraciana Venezuela. O artigo se diferencia ao fazer uma avaliação prévia sobre a continuidadeou não do regime democrático no país para, conforme o resultado, passar à análise dasua qualidade. Afinal, não se pode analisar a qualidade de algo que não exista. A partir dadefinição de critérios, com base em Dahl e O’Donnell, e variáveis, categorias e pontuaçõespara cada critério, foi possível avaliar que, apesar dos problemas relativos a liberdadede imprensa, concentração de poderes no Executivo e falta de autonomia dos demaisramos de poder, a Venezuela continuava tendo uma democracia. Esse resultado consideraa pontuação para o conjunto das variáveis, evitando que um problema, sozinho, impliquea inexistência de democracia, a menos que esse problema signifique que não haja eleiçõescompetitivas e limpas. Na análise da qualidade democrática, a partir de metodologia definidapor Morlino e colaboradores, a conclusão foi que há uma prioridade para a igualdadeem detrimento da liberdade na dimensão de conteúdo, além de vários problemas nadimensão de procedimento.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.