As crianças e adolescentes em situação de rua, sujeitos historicamente excluídos, refugo humano de seres sobrantes, os sem lugar que não cabem na foto e nem na escola, passam ao largo das políticas educacionais. A partir de breve abordagem sócio-histórica sobre a produção da infância excluída no Brasil e da realidade vivenciada no projeto de extensão de uma universidade pública do estado do Rio de Janeiro, o propósito deste ensaio foi discutir e compreender como a educação formal (ou a ausência dela) marca a vida dessas crianças e adolescentes, tomando como referência a história de vida de uma jovem negra cuja primeira experiência de rompimento social e institucional foi com a escola. Afirma-se a urgência de relações sociais menos excludentes e desiguais para se viabilizar o acesso e permanência desta população na escola e seu direito à educação.
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