Paracatu é uma cidade histórica brasileira do Ciclo da Mineração no país, localizada no noroeste do estado de Minas Gerais. Atualmente é conhecida devido a sua grande produção de ouro, através da exploração da maior mina a céu aberto do mundo, operada pela empresa Kinross Brasil Mineração. Esta grandiosidade também se observa nos impactos socioambientais negativos gerados pela atividade produtiva. Buscou-se identificar a relação entre os impactos socioambientais produzidos pela mineração industrial, com os problemas de saúde e de bem-estar identificados na população. Desta forma, analisou-se o processo de adoecimento dos moradores, a partir da base de dados SIH/SUS do DATASUS, assim como a literatura e documentos acerca dos riscos da produção minerária sobre a saúde e o bem-estar dos moradores e a realização de entrevistas semiestruturadas com moradores que residem em bairros contíguos à área de lavra da mineradora. Foi possível constatar que as condições de saúde e o processo de adoecimento de parte da população podem revelar uma possível relação com as práticas da mineração.
O objetivo deste trabalho é compreender as relações existentes entre os Grandes Projetos de Investimentos (GPIs), na forma específica de hidroelétricas e os riscos em saúde, especialmente os riscos voltados para o aparecimento de novas doenças. Os resultados revelam uma estreita relação entre morador e território usado, na medida em que algumas doenças podem estar relacionadas com as alterações sofridas no contexto de vida das pessoas.
Nesse estudo pretende-se, a partir do arcabouço teórico referente à categoria território, estabelecer um debate acerca das diferentes acepções a seu respeito, bem como, do desenvolvimento territorial, vinculado ao processo de apropriação e/ou uso na dinâmica dos grandes empreendimentos hidrelétricos no Rio Araguari e a relação com a saúde no município de Nova Ponte. O objetivo do presente trabalho é apreender o que é território do cotidiano, as diferentes acepções desde a de território- Estado Nação, passando pela de território- Poder ao território- Político até a de território Simbólico-Cultural, e relacioná-las ao processo de uso pelos grandes empreendimentos hidrelétricos e os efeitos sociais gerados. Na proposição de uma reflexão teórica crítica direcionada a realidade da população submetida ao deslocamento compulsório pela construção de um empreendimento hidrelétrico, deva ser dada a ênfase a visão de território simbólico-cultural aliado ao processo de saúde- doença da referida população. A escolha metodológica terá por base o aporte teórico, e os seminários ofertados no decorrer da disciplina voltada, especificamente, para a temática- território, acrescida de revisões bibliográficas de outros autores ligados ao tema central e potencializada pelas reflexões articuladas ao projeto de pesquisa de mestrado, sobre os "Efeitos Sociais de Grandes Empreendimentos Hidrelétricos no rio Araguari: a relação entre o uso do território e a saúde coletiva no município de Nova Ponte- MG". Os moradores de Nova Ponte, submetidos ao deslocamento compulsório, procedentes do meio rural e/ou urbano (cidade velha), constituem sujeitos imprescindíveis para a contextualização do uso do território. O processo reflexivo oportunizou uma interlocução das questões teóricas referente ao território, balizada pelas diferentes acepções aos apontamentos da dinâmica do uso pelos grandes empreendimentos hidrelétricos no Rio Araguari e o município de Nova Ponte. Este estudo foi desenvolvimento na tríade: territórios do cotidiano e suas diferentes acepções teóricas; a construção de barragem e o deslocamento compulsório e por fim, não menos importante, o uso do território e a saúde da população local.
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