RESUMONosso objetivo é apontar ressonâncias entre o conceito freudiano de pulsão e o conceito spinozano de potência para que este último amplifique a leitura do primeiro. Assim, começamos pela apresentação do conceito de Deus-natureza na filosofia de Spinoza para circunscrever o conceito de potência. Após demonstrar que o ser humano é expressão modal singular da substância infinita, verificamos em que pontos se poderia aproximar potência de pulsão. Para tanto, relacionamos a definição de pulsão como exigência de trabalho que o corpo faz ao psiquismo à ideia spinozana da mente ser a ideia do corpo. Após apresentarmos o aspecto relacional e a dimensão de alteridade em ambos os conceitos, finalizamos discutindo as problemáticas do dualismo pulsional e da pulsão de morte. Palavras-chave:Freud, Spinoza; pulsão de morte; potência; psicanálise. ABSTRACT Polishing Lenses: the Spinozan Power and the Freudian DriveOur goal is to point out resonances between the Freudian concept of drive and the Spinozan concept of power to amplify the reading of the first.We begin by presenting the Spinoza's concept of GodNature to circumscribe the concept of power. After demonstrating that the human being is the unique modal expression of the infinite substance, we verify the points that could bring together power and drive. Therefore, we relate the definition of drive as a job requirement made by the body to the psyche to Spinoza's idea of mind being the idea of the body. After presenting the relational aspect and the dimension of otherness in both concepts, we discuss the drive dualism and the death drive.Keywords: Freud; Spinoza; death drive; power; psychoanalysis. SPINOZA E FREUD? OU FREUD COM SPINOZA?A transmissão do pensamento de Spinoza ao longo da história não se fez pela lógica dos conceitos puros, nem esteve dissociada dos dinamismos imaginativos e afetivos e dos variados modos de capturar uma obra que, mesmo proscrita, circulou clandestinamente durante muito tempo (Israel, 2005 e Charles Daubert, 1990. No final do século XVII, ele foi reproduzido em cópias clandestinas (Weil, 1990). No XVIII, circulou "sous le manteau" nos meios libertinos eruditos (McKenna, 1990), entre os enciclopedistas franceses (Vernière, 1954), tendo causado furor em uma Alemanha que assistiu a uma onda de refutações obrigató-rias de sua filosofia (Bourel, 1990). No séc. XIX, sua recepção nos meios do idealismo e romantismo alemães (Vaysse, 1994; Zac, 1989) antecedeu a multiplicação das traduções e publicação de suas obras (só em língua alemã foram nove traduções e edições) (Steenbakkers, 2007). Em Viena, terra na qual nasceu a psicanálise, sabe-se da existência de uma geração de intelectuais, na maior parte judeus, que, do início do século XX até o advento do nacional-socialismo, incorporaram o pensamento de Spinoza às disciplinas mais diversas (Walther, 2007).
Resumo O artigo trata de conversas com o filósofo japonês Kuniichi Uno a respeito de seu trabalho e de sua pesquisa sobre as delineações do corpo na dança e na filosofia. As conversas foram feitas presencialmente e por mensagens eletrônicas, de modo que sua apresentação abrange temporalidades e meios de comunicação distintos. Isto faz delas antes uma experiência que propriamente uma entrevista. São levantadas sobretudo questões referentes à força de gênese do corpo, tema que Uno trabalha em seu livro A gênese de um corpo desconhecido, publicado no Brasil em 2012.
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