RESUMO Este artigo analisa políticas editoriais de periódicos científicos nacionais indexados na SciELO (Scientific Electronic Library Online) nas áreas de Antropologia, Arqueologia e Linguística com objetivo de identificar semelhanças e diferenças em comparação à atual política editorial do Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas. O intuito da pesquisa é recomendar eventuais ajustes à atual política editorial do periódico centenário do Museu Paraense Emílio Goeldi. A pesquisa adotou abordagem quali-quantitativa com uso de técnicas documental e bibliográfica para a coleta de dados. As variáveis analisadas nos documentos das políticas editoriais foram: os idiomas em que são aceitas as submissões; os formatos dos originais: se impresso ou eletrônico; as seções em que se subdividem os conteúdos publicados; o processo de avaliação por pares; os requisitos para constituição de autoria; a origem dos conteúdos publicados; os critérios de acesso aos conteúdos publicados; a indexação dos periódicos em bases de dados nacionais e internacionais; e a política de detecção de plágio. O exame comparativo desses elementos demonstrou a eficiência das normas e instruções em vigor no Boletim ao mesmo tempo em que indicou a necessidade de detalhamento do escopo da revista quando se trata das áreas correlatas, caso de disciplinas como Sociologia, Geografia e outros.
Para alimentar de conhecimento a sociedadeCom a meta de edições publicadas cumprida, encerramos mais um ano de atividades de comunicação científica, momento em que comemoramos os 125 anos do Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi e também o ano internacional das línguas indígenas, oportunamente quando publicamos dois dossiês de Linguística. Esta edição traz um desses dossiês, o qual é dedicado a partículas, sendo organizado por Marina Maria Silva Magalhães,
Línguas indígenas: patrimônio e conhecimento Em 2019, o Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi comemora 125 anos de uma trajetória de difusão de conhecimento. Para a ocasião foi criado um selo aplicado à capa das edições. A versão Ciências Humanas celebra também o Ano Internacional das Línguas Indígenas, decretado pela UNESCO. De acordo com a UNESCO, "[...] a maioria dos habitantes do planeta (97%) fala somente 4% de todas línguas conhecidas. Isso significa que 96% das quase 7 mil línguas conhecidas são faladas por apenas 3% das pessoas no mundo. Estes 3% se constituem, na maioria, de povos indígenas cujas línguas estão sob constante ameaça de extinção" (Beltrão; Leão, 2019). Sob vários tipos de pressão (cultural, econômica, ambiental), os povos indígenas veem seus modos de vida ameaçados num panorama onde, apenas na região amazônica, há 300 línguas correndo o risco de desaparecer. Tal desaparecimento não somente representa uma perda para o banco de dados da ciência linguística; também é uma perda inestimável para as comunidades de falantes. Uma língua não é simplesmente um sistema intercambiável para transferir informação; também é um instrumento crucial para a afirmação da identidade individual, étnica e social do ser humano. Além do mais, cada língua é um repositório de conhecimento especializado acumulado durante a existência de um povo específico. Há mais de 50 anos, o Museu Paraense Emílio Goeldi atua para registrar, pesquisar e preservar línguas indígenas na Amazônia e regiões adjacentes. Uma das estratégias é a documentação em áudio e vídeo do conhecimento linguístico e das tradições orais, para criar um registro permanente e acessível, em colaboração com os povos indígenas. Hoje, o acervo digital da área de Linguística do Museu Goeldi conta com material que representa, em vários graus, mais de 80 línguas indígenas. Além disso, o Museu Goeldi está envolvido no Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), iniciativa do governo patrocinada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que visa a determinar a situação atual de todas as línguas do Brasil, com respeito a número de falantes, grau de ameaça, demandas dos povos para políticas de preservação etc. Um projeto piloto em Rondônia foi recentemente concluído (Galucio et al., 2018). Uma outra frente de ação, de fato imprescindível e clássica para a disciplina, é a descrição e análise científica das línguas. Como qualquer língua natural possui uma grande complexidade, esse trabalho é demorado e entra profundamente nos detalhes dos sistemas de sons, das estruturas da gramática, da construção do léxico e das interligações entre linguagem, cultura e etno-história. Terminologia de parentesco representa um tipo de conhecimento tradicional especializado, que tende a desaparecer muito rapidamente sob a desintegração de um povo ou sob a ameaça da sua língua. Neste número, um dossiê de Linguística traz oito artigos contribuindo a "Novas perspectivas na terminologia de parentesco nas línguas Tupí e Caribe". Nesse dossiê, organizado...
Ciência, cultura e arte são territórios férteis de conhecimento. O Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas neste número oferece uma diversidade de temas que serve para a informação de muitos e para formação de tantos outros. Que o BMPEG. Ciências Humanas é um território de conhecimento é sabido, pois que é da natureza da revista científica. O que é necessário, no entanto, é preservar a sustentabilidade do periódico e a qualidade dos conteúdos que oferece ao público leitor, aos professores, aos pesquisadores e àqueles que estão em formação. Das artes, da antropologia, da arqueologia, da linguística, da história e de muitas outras disciplinas você vai encontrar, nesta edição, informação relevante. É do fazer científico oferecer visões de mundo para alimentar o diálogo no campo da pesquisa.Com o ano que se encerra e mais três edições circulando, cabe agora pensar adiante e no que será possível oferecer em termos de conteúdo para aqueles que no BMPEG. Ciências Humanas publicam, que do BMPEG. Ciências Humanas usufruem e que o BMPEG. Ciências Humanas divulga. Há três dossiês temáticos planejados para 2019 para os quais o processamento editorial segue avançado: são dois de Linguística e um de Arqueologia. Portanto, 2019, além de ser de muito trabalho, será de muita informação de qualidade para cativar ainda mais leitores para o universo de conhecimento que a revista científica do Museu Paraense Emílio Goeldi tem oferecido em sua trajetória de 125 anos a serem comemorados no próximo ano.Para essa edição do BMPEG. Ciências Humanas, destacam-se estudos que cobrem de um extremo ao outro da América do Sul. O artigo "Tobacco visions: shamanic drawings of the Wauja Indians", de Barcelos Neto (2018), apresenta a análise de desenhos xamânicos feitos pelos Wauja, durante seus transes e sonhos induzidos pelo consumo do tabaco. Narrativas de mitos e sonhos expressam o seu entendimento sobre as formas corporais que os apapaatai -seres espíritos -assumem. Outro artigo sobre cultura indígena analisa bebidas fermentadas da América do Sul: em "Cauim: entre comida e ebriedade", Barghini (2018) mostra que essas bebidas eram alimentos líquidos ricos em elementos minerais, pré-bióticos e pró-bióticos. Além de suas características narcóticas e intoxicantes, a bebida tem propriedades contra doenças intestinais.O BMPEG. Ciências Humanas também traz estudos relativos à cultura indígena, mais especificamente ligados ao "Licenciamento ambiental de grandes empreendimentos: quais os limites para avaliação de impactos diretos e indiretos em saúde? Estudo de caso na terra indígena Wajãpi, Amapá". O artigo de Moreno et al. (2018) apresenta análises espaciais de desmatamento, curvas de variações climáticas e cronologia de impactos dos empreendimentos de usinas hidrelétricas e por projetos de mineração industrial no Amapá. Tais variáveis indicam surtos de malária e de leishmaniose tegumentar americana (LTA) na terra indígena Wajãpi e em outros assentamentos na região central do estado. Uma língua indígena pertencente à família Aruák, f...
Nesta edição, celebramos e agradecemos a todos que contribuíram para a nota máxima atribuída à Linguística segundo a avaliação da Capes: o Boletim agora é avaliado como A1 para a área. Compartilhamos também a notícia da reinserção do Boletim em um indexador que expressa o compromisso do Museu Goeldi com o acesso aberto às suas pesquisas: Directory of Open Access Journals -DOAJ.Entre os itens de leitura deste número estão temas que constituem testemunho de que a investigação e a consequente geração de conhecimento surpreende e educa. Artigos aqui publicados tratam da ocupação do espaço e da definição de territórios por grupos humanos, suas formas de perceber o tempo e de se expressar. Falam também de situações de deslocamento, doença, violência e conflito, bem como sobre laços de solidariedade e reciprocidade.A ocupação e definição de espaços, a apropriação e a transformação da paisagem, o estabelecimento de território e o uso de recursos são aspectos abordados nos três artigos que abrem esta edição: "Arqueologia de marinheiros e caçadores do século
Territórios e espaços simbólicos Territories and symbolic spacesCiência, cultura e arte são territórios férteis de conhecimento. O Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas neste número oferece uma diversidade de temas que serve para a informação de muitos e para formação de tantos outros. Que o BMPEG. Ciências Humanas é um território de conhecimento é sabido, pois que é da natureza da revista científica. O que é necessário, no entanto, é preservar a sustentabilidade do periódico e a qualidade dos conteúdos que oferece ao público leitor, aos professores, aos pesquisadores e àqueles que estão em formação. Das artes, da antropologia, da arqueologia, da linguística, da história e de muitas outras disciplinas você vai encontrar, nesta edição, informação relevante. É do fazer científico oferecer visões de mundo para alimentar o diálogo no campo da pesquisa.Com o ano que se encerra e mais três edições circulando, cabe agora pensar adiante e no que será possível oferecer em termos de conteúdo para aqueles que no BMPEG. Ciências Humanas publicam, que do BMPEG. Ciências Humanas usufruem e que o BMPEG. Ciências Humanas divulga. Há três dossiês temáticos planejados para 2019 para os quais o processamento editorial segue avançado: são dois de Linguística e um de Arqueologia. Portanto, 2019, além de ser de muito trabalho, será de muita informação de qualidade para cativar ainda mais leitores para o universo de conhecimento que a revista científica do Museu Paraense Emílio Goeldi tem oferecido em sua trajetória de 125 anos a serem comemorados no próximo ano.Para essa edição do BMPEG. Ciências Humanas, destacam-se estudos que cobrem de um extremo ao outro da América do Sul. O artigo "Tobacco visions: shamanic drawings of the Wauja Indians", de Barcelos Neto (2018), apresenta a análise de desenhos xamânicos feitos pelos Wauja, durante seus transes e sonhos induzidos pelo consumo do tabaco. Narrativas de mitos e sonhos expressam o seu entendimento sobre as formas corporais que os apapaatai -seres espíritos -assumem. Outro artigo sobre cultura indígena analisa bebidas fermentadas da América do Sul: em "Cauim: entre comida e ebriedade", Barghini (2018) mostra que essas bebidas eram alimentos líquidos ricos em elementos minerais, pré-bióticos e pró-bióticos. Além de suas características narcóticas e intoxicantes, a bebida tem propriedades contra doenças intestinais.O BMPEG. Ciências Humanas também traz estudos relativos à cultura indígena, mais especificamente ligados ao "Licenciamento ambiental de grandes empreendimentos: quais os limites para avaliação de impactos diretos e indiretos em saúde? Estudo de caso na terra indígena Wajãpi, Amapá". O artigo de Moreno et al. (2018) apresenta análises espaciais de desmatamento, curvas de variações climáticas e cronologia de impactos dos empreendimentos de usinas hidrelétricas e por projetos de mineração industrial no Amapá. Tais variáveis indicam surtos de malária e de leishmaniose tegumentar americana (LTA) na terra indígena Wajãpi e em outros assentamentos na região cent...
Com o objetivo de identificar as normas bibliográficas adotadas por periódicos da área de Ciências Humanas, estudo de caráter quali-quantitativo utilizou pesquisa bibliográfica e levantamento-diagnóstico em revistas indexadas na Scientific Electronic Library Online (SciELO) e na Red de Revistas Científicas de América Latina y el Caribe, España y Portugal (Redalyc). Foram examinados os padrões bibliográficos utilizados em 31 títulos, dos quais nove títulos nacionais e sete internacionais disponíveis na SciELO, além de 15 títulos internacionais indexados na Redalyc. Dentre os quatro padrões identificados, um se destaca pela frequência e pela simplicidade. Com base no diagnóstico, o estudo recomenda o APA, da American Psychological Association, como estilo mais adequado para adoção pelo Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas.
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