Resumo O presente artigo tem como objetivo analisar os desdobramentos e releituras da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que culminaram no texto Documento Curricular Referencial da Bahia para Educação Infantil e Ensino Fundamental (DCRB), bem como sua influência na disciplina escolar Ciências. Após a homologação da BNCC, iniciou-se a construção de textos secundários que auxiliaram na sua implementação nos estados e municípios, assim, no estado da Bahia foi desenvolvido o DCRB. Por meio da análise dos textos foi possível observar as permanências e as rupturas de diferentes discursos e configurações, resultado dos processos de releituras da Base Nacional. Dessa forma, o Documento Curricular baiano destaca temas importantes que foram silenciados ou minimizados no texto final da BNCC. Nesse contexto, a disciplina escolar Ciências, presente no DCRB, propõe um ensino mais amplo, significativo e que possibilita uma formação mais integral dos estudantes.
Este artigo tem como objetivo discutir as questões de gênero e sexualidade associadas à inclusão de pessoas com deficiência visual, a partir de um jogo didático realizado com estudantes de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Além disso, levantamos o debate sobre a necessidade de discutir a diversidade e diferença no âmbito da formação inicial dos professores de Ciências. Nesse sentido, a pesquisa contou com dois momentos: o primeiro foi o processo de construção do jogo didático inclusivo; e o segundo momento se caracterizou pela discussão acerca da jogabilidade desse material didático e da importância desta temática na formação inicial docente, através da técnica de grupo focal. Discutir sobre as diferenças (físicas, sexuais, de gênero etc.) na escola, especialmente com deficientes visuais, é buscar uma transformação na sociedade, a fim de que haja inclusão plena no espaço físico escolar, a partir de uma educação adequada e adaptada a todas/todos. Ao final, conclui-se que apesar dos avanços legais e da maior visibilidade do movimento de inclusão, ainda há uma lacuna na formação inicial docente que precisa ser preenchida com temáticas que abranjam as diferenças entre os sujeitos, resultando em práticas pedagógicas que compreendam e atendam às diferenças.
O presente artigo pretende discutir como o discurso neoliberal tem se intensificado a partir da Base Nacional Comum Curricular e configurado o componente curricular Ciências. As políticas públicas educacionais são projetadas e produzidas para que a escola acompanhe as mudanças sociais, ideológicas, econômicas, políticas e culturais dos diferentes tempos e locais da sociedade. No Brasil, é possível observar que desde a década de 1990 se intensificaram os discursos neoliberais nas políticas educacionais, isso se amplia com a produção (em 2015) e homologação (em 2017 e 2018) da BNCC. Utilizando a abordagem teórico-metodológica do Ciclo de Políticas de Stephen Ball e colaboradores foi possível analisar os contextos de influência e de produção de texto do referido documento. Assim, foi observado que os processos de idealização e produção da BNCC configuraram à disciplina escolar Ciências um caráter positivista e utilitarista, se distanciando das propostas de formação humana e integral dos indivíduos e focando em propostas de produção de capital humano para o mercado de trabalho.
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