Objetivo: Avaliar o preenchimento da Caderneta de Saúde da Criança em uma capital da Região Norte do Brasil. Métodos: Estudo transversal e descritivo, realizado num hospital pediátrico de uma capital na Região Norte, com 420 crianças com idade inferior a cinco anos. A coleta de dados ocorreu no período de abril a outubro de 2017, em entrevista com o cuidador principal da criança, na qual se questionou informações referentes ao cuidador, à criança e orientações recebidas sobre a caderneta, bem como o seu preenchimento, utilizando-se um sistema de escore. A análise foi realizada por meio de estatística descritiva e cálculo da Razão de Prevalência, por meio de Regressão de Poisson, no software Stata®, versão 13. Resultados: Apenas 25,5% (n=111) das Cadernetas de Saúde da Criança tiveram preenchimento satisfatório. O preenchimento não satisfatório esteve associado (p=0,01) a casos em que o cuidador principal não era os pais ou avós, o cuidador possuía escolaridade menor que nove anos, a mãe não havia realizado o pré-natal ou o acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde, e entre os cuidadores que não receberam orientações sobre a importância da caderneta. O maior índice de preenchimento da caderneta foi referente às vacinas aplicadas (99,3%, n=417), e um dos menores índices foi sobre o desenvolvimento neuropsicomotor (18,1%, n=202). Conclusão: O preenchimento insatisfatório da Caderneta de Saúde da Criança mostra as fragilidades no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento integral, principalmente na primeira infância.
Objetivo: Identificar a prevalência do não uso do preservativo nas últimas cinco relações sexuais entre universitários de uma instituição pública do Norte do Brasil. Métodos: Estudo transversal, com 772 estudantes do ensino superior e pós-graduandos. Foi utilizando um questionário fechado com respostas autorreferidas. A razão de prevalência das variáveis foi analisada pela regressão de Poisson. Resultados: A maioria dos participantes são adultos jovens, sexualmente ativos, com parceiro único e utilizaram o preservativo em pelo menos uma vez das últimas cinco relações sexuais. O não uso do preservativo teve maior prevalência entre estudantes com parceiro único, acima de 40 anos e cursando os últimos períodos dos cursos. Conclusões: Os universitários com um único parceiro sexual em períodos finais de curso estão mais vulneráveis às Infecções Sexualmente transmissíveis pelo uso inconsistente do preservativo. A universidade pode ser um ambiente propicio para ações de promoção à saúde sexual e reprodutiva que visem alcançar, sobretudo os estudantes com parceiro único e em vias de conclusão do curso.
Objetivo: Analisar casos de sífilis congênita notificados e estimar as taxas de incidência e mortalidade da doença em Rondônia de 2010 a 2015. Métodos: Estudo descritivo com dados coletados das notificações de agravo compulsório do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos e do Sistema de Informação sobre Mortalidade. Foram analisadas as frequências por biênios, cálculo de incidência e taxa de mortalidade. Resultados: Dos 345 casos de sífilis congênita, a incidência variou de 0,7 a 3,7 casos/1,000 nascidos vivos e a taxa de mortalidade de 0,0 a 10,7/100,000 nascidos vivos. Houve predomínio de gestantes adultas, pardas, com ensino fundamental, residentes na zona urbana. A maioria realizou pré-natal, mas teve diagnóstico pelo VDRL reagente no parto/curetagem e teste confirmatório. Metade das gestantes tiveram tratamento inadequado e 58,6% dos parceiros não foram tratados. Nas crianças, 78,8% tiveram VDRL reagente, maioria sem exame do liquor (76,2%), assintomáticas (76%) e com desfecho de sífilis congênita recente (82,6%). Conclusão: O diagnóstico da sífilis congênita apenas no parto/puerpério sugere fragilidade do pré-natal, o que compromete o controle do agravo. Os atuais resultados poderão auxiliar gestores e profissionais de saúde no manejo dessa doença.
Objetivo: identificar as causas e tendências de internações por condições sensíveis à atenção primária em crianças menores de cinco anos em Rondônia, Brasil, de 2008 a 2017 .Método: série temporal, com dados secundários de internações do Sistema de Informações Hospitalares, entre janeiro e março de 2018. A análise da tendência foi baseada na regressão linear de Prais-Winsten.Resultados: as gastroenterites infecciosas foram a principal causa de internação em todas as idades. As maiores taxas ocorreram em menores de um ano por doenças pulmonares, infecção do ouvido, nariz e garganta, infecção do rim e trato urinário, com tendência crescente das doenças no prénatal e parto. As internações por epilepsia, infecção de pele e tecido subcutâneo tiveram tendência crescente em todas as idades.Conclusão: as elevadas taxas de internações em crianças refletem a fragilidade da rede assistencial. Este estudo contribui com as políticas públicas de saúde infantil na Atenção Primária em Saúde.
Objective To investigate the trend of infant mortality from preventable causes in children under one year of age in Rondônia from 2008 to 2018. Method Epidemiological study of time series with data from the Mortality and Live Birth Information Systems, driven by STATA® version 11.0, trend measured by Prais-Winsten linear regression and autocorrelation with Durbin and Watson test. Results The infant mortality rate was 14.57 deaths / 1,000 live births, 9.14 / 1,000 due to preventable causes. Deaths decreased by 2.88% annually (95% CI: - 4.67; -1.06). However, causes that can be reduced by running immunization actions, to women during pregnancy and fetal and non-childbirth growth, have stable rates. Deaths from preventable causes in the late neonatal period were declining (-11.69%; 95% CI -19.56; -3.05). Conclusion Managers need to qualify maternal and child care, considering the performance of the team of professionals in assisting the pregnant-puerperal cycle as well as improving the quality of infant mortality records in the region.
Objetivo: caracterizar e identificar causas de mortalidade infantil em Porto Velho, Rondônia de 2012 a 2017. Métodos: série temporal com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. As frequências e o coeficiente foram realizadas pelo software SPSS Statistics, versão 17. Resultados: Dos 53.321 nascidos vivos, 1,31% vieram a óbitos antes de completar um ano de vida. Destes, 48,93% ocorreram no período neonatal precoce e 56,78% foram por causas não claramente evitáveis. As maiores causas de óbitos foram associadas às ações com adequada atenção ao feto e recém-nascido (46,50%) e à mulher na gestação (32,87%). A principal causa de óbitos neonatais foi por septicemia bacteriana não especificada no recém-nascido (57,73%). O maior coeficiente de mortalidade Infantil foi em 2016 (14,82 óbitos/1.000 nascidos vivos). Conclusão: O óbito infantil no período neonatal precoce ocorreu por causas evitáveis ligadas à atenção ao feto/recém-nascido e à gestante. A mortalidade neonatal por septicemia bacteriana não especificada reflete falhas no pré-natal/parto/pós-nascimento. É imprescindível qualificar profissionais que atuam no ciclo gravídico-puerperal, sobretudo médicos responsáveis pelas notificações para melhorar a vigilância do óbito infantil. Sugere-se avaliar fatores que interferem na qualidade do pré-natal e na assistência realizada no momento do parto.
This study aimed to define the profile of hospitalizations of children in public hospitals of 52 municipalities of the state of Rondônia, Brazil. We performed an ecological time series study using secondary data provided by the Hospital Information System. The annual trend of Hospitalizations was presented by age group and health region. Linear regression was performed using the Prais-Winsten technique of the statistical package Stata, version 11.0. Hospitalizations for gastrointestinal diseases were found to be decreasing in all age groups, just as those for vaccine-preventable diseases in children aged between 1 and 9 years. Hospitalizations for skin and subcutaneous tissue diseases were increasing in all ages, as well as those caused by epilepsies in children aged 1 to 9 and those caused by diseases related to childbirth and puerperium. Health regions showed a varied hospitalization profile. A stable trend was found in the Cone Sul, Madeira-Mamoré, Café, Vale do Guaporé, and Vale do Jamari regions, whereas a declining trend was found in the Central and Zona da Mata regions. The high rates of hospitalizations for ambulatory care-sensitive conditions in children show how inefficient strategies and investments in primary care have been in the state of Acre, Brazil.
Entre olhares, escutas e palavras: estratégias de cuidar, ensinar e pesquisar na saúde da família em Rondônia está licenciado sob CC BY 4.0.Esta licença exige que as reutilizações deem crédito ao criador. Ele permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e construam o material em qualquer meio ou formato, mesmo para fins comerciais. O conteúdo da obra e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores, não representando a posição oficial da Editora Amplla. É permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores. Todos os direitos para esta edição foram cedidos à Editora Amplla.
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