O mosquito Aedes aegypti (conhecido como mosquito da dengue ou pernilongo rajado), vem se espalhando em quase todo o planeta, principalmente nas regiões tropicais e subtropicais. O Aedes aegypti é o principal vetor de múltiplas doenças, como dengue, zika e chikungunya. Uma das estratégias em muitos municípios brasileiros na tentativa de combater esse mosquito é a utilização do ‘Fumacê’, um defensivo líquido que tem na sua principal composição Malathion em Emulsão Aquosa (EA) 44%. O presente estudo teve como objetivos identificar quais os efeitos negativos para seres vivos e meio ambiente devido ao uso inadequado do Malathion no combate ao mosquito da dengue. Foi realizado um levantamento nas bases de dados (PUBMED, Science Direct e Google Scholar), nos últimos cinco anos (2014-2018), usando as restrições ou combinações de termos: ‘Malathion’, ‘Malation’, ‘Malatião’, ‘Aedes aegypti’, ‘A. aegypti’, ‘Mosquito da Dengue’, ‘Inseticida’, ‘Organofosforado’, ‘Animais Nocaute’, ‘Intoxicação’. A pesquisa procurou identificar dados sobre riscos do uso inadequado do Malathion para a saúde humana, a toxicidade do defensivo, o impacto sobre o meio-ambiente, as alternativas de biorremediação e algumas opções biotecnológicas. Desta forma, o defensivo Malathion através de estudos in vivo em animais como: Cyprinus carpio (carpas); Rattus norvegicus (ratos Wistar) e testes in vitro com células de linhagens humanas mostrou efeitos tóxicos em baixas concentrações. Estes dados revelam a necessidade de mais estudos sobre este defensivo para melhor entendimento de seus efeitos sobre os seres vivos e o meio ambiente.
O setor sucroalcooleiro é responsável pela geração de uma grande quantidade do efluente líquido denominado de vinhaça, que possui alto poder polidor. Diante disso, o objetivo geral desse trabalho consiste em utilizar a técnica de eletrofloculação em conjunto com a utilização das sementes de Moringa oleifera no tratamento de efluentes proveniente de lagoas de vinhaça. Foram utilizados como parâmetros para avaliação da eficiência do processo os valores de turbidez, COT e DBO5. A etapa de eletrofloculação apresentou uma redução de 72% de COT, 36 % de DBO5 e 92 % de turbidez. Na etapa onde foram adicionados diferentes quantidades de pó das sementes de M. oleifera, a melhor condição de operação foi com a adição de 0,5 g.L-1 do pó das sementes de M. oleifera desengordurada, com eficiência de redução de 70 % DBO5 e 81% na turbidez. No entanto para o parâmetro COT nenhuma amostra apresentou resultados satisfatórios, devido ao incremento de matéria orgânica pela adição das sementes de M. oleifera no efluente. Ao avaliar a eficiência geral do processo (eletrofloculação aliada com a utilização das sementes) verificou-se para os parâmetros avaliados COT, DBO5 e turbidez uma redução significativa de 38 %, 80 % e 90 % respectivamente. Conclui-se que a utilização da técnica de eletrofloculação aliada à utilização das sementes de M. oleifera desengordurada é uma alternativa limpa e com grande potencial para o tratamento de efluentes de vinhaça.
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