Direitos para esta edição cedidos à Atena Editora pelos autores. Open access publication by Atena Editora Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição-Não-Comercial-NãoDerivativos 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0). O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores, inclusive não representam necessariamente a posição oficial da Atena Editora. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.Todos os manuscritos foram previamente submetidos à avaliação cega pelos pares, membros do Conselho Editorial desta Editora, tendo sido aprovados para a publicação com base em critérios de neutralidade e imparcialidade acadêmica.A Atena Editora é comprometida em garantir a integridade editorial em todas as etapas do processo de publicação, evitando plágio, dados ou resultados fraudulentos e impedindo que interesses financeiros comprometam os padrões éticos da publicação. Situações suspeitas de má conduta científica serão investigadas sob o mais alto padrão de rigor acadêmico e ético.
Resumo Este artigo apresenta as manifestações descolonizadoras das Pomba-giras, analisando as suas ações nas giras de Quimbanda. A etnografia, junto ao diálogo com a perspectiva feminista decolonial, discute a Pomba-gira como uma potência de enfrentamento ao sistema colonial/patriarcal/moderno, que lhe atribui dimensões degradantes de rostidade. As (r)existências criadas por elas subvertem os baluartes ontológicos dualistas da modernidade/colonialidade, impostos aos povos e às mulheres por mais de cinco séculos.
Na religiosidade afro-brasileira apresentada, as encruzilhadas além de se tratarem de lugares sagrados regidos pelas ações e significados de Exu, onde eclodem interações sócio-cósmicas de diversas ordens, também retrata uma lógica de multiplicidade, que penetra repleto de sentidos nas relações humanas, destacando uma ampla rede de política cósmica. Por meio de uma etnografia num terreiro de umbanda, quimbanda e candomblé, alicerçados nas ferramentas teórico-metodológicas da Teoria Ator-Rede, analisamos as encruzilhadas conformadas pela rede de actantes nas inter-relações entre humanos, divindades e natureza, entendendo-as como operações cosmopolíticas, mapeando os actantes e descrevendo os saberes mobilizados em ações concretas. Os conhecimentos que circundam os eventos mencionados e cartografados foram nomeados como ciência das encruzilhadas, protagonizadas por Exu, permitindo conceber o cosmos em dimensões que extrapolam os sentidos que a mente cientificista é capaz de perceber.
Resumo: Este artigo tem por objetivo compreender de que modo os alimentos são agenciados na cosmopolítica afro-brasileira. Etnografias foram realizadas no terreiro Abaça de Oxalá, dirigido pelo Pai Aldacir, desde 2016. As discussões, que aqui apresentamos, advêm das diferentes formas e categorias do coletivo afro-religioso em agenciar as “comidas dos orixás”. A necessidade de nutrir, regularmente, as potências cósmicas é entendida pelo conceito de obrigação, que assegura vitalidade e saúde à pessoa, às entidades e a toda corrente do terreiro. As composições do padê, do sacrifício de animais, do cuidado com as quartinhas, dos ebós e de outros modos nos quais alimentos compõem o fundamento da cosmopolítica afro-religiosa, estão vinculadas às concepções dos orixás, bem como de corpo e território, em suas múltiplas associações.
Este artigo apresenta uma cartografia das diferentes dimensões de territorialização que são agenciadas na cosmopolítica afro-brasileira. A partir de experiências etnográficas, o texto enfatiza a importância dos pontos de força (encruzilhadas, cemitérios, matas, entre outros), onde os coletivos afrorreligiosos produzem e (re)inventam suas re-existências e territorialidades, em suas relações com terreiros, pessoas, orixás e diversos outros actantes, fundados em uma lógica de multiplicidade, cujos agenciamentos desterritorializam o padrão racial-moderno de produzir o corpo e o espaço.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.