O objetivo deste estudo foi identificar quais habilidades e competências são desenvolvidas em cursos de pós-graduação (lato senso) com ênfase em controladoria, que estão relacionadas com o perfil contemplado na literatura para o profissional controller. A pesquisa tem como base teórica os estudos desenvolvidos por Baruch e Peiperl (2000), Baruch e Lemming (2001) e Baruch et al. (2003), acerca das competências e habilidades desenvolvidas a partir de cursos de pós-graduação (Master of Business Administration - MBA). Quanto às competências específicas do controller, a investigação se fundamentou em estudos desenvolvidos por Kester (1928), Moseley e Henning (1970), Martin (2002), Anthony; Govindarajan (2002); Horngren; Sundem e Stratton (2004). A pesquisa caracteriza-se como exploratória e quantitativa. Os dados foram coletados por meio da aplicação de um questionário estruturado com estudantes de cursos pós-graduação na cidade de João Pessoa/PB. O estudo indica quais competências foram notadas como mais desenvolvidas, dentre as quais se destacam: habilidades financeiras, de avaliação econômica, habilidades associadas à contabilidade e planejamento estratégico. Os resultados contribuem para fortalecer o pensamento de que um curso de pós-graduação pode adicionar valor aos graduados, tornando-os mais preparados para as demandas do mercado.
Objetivo: Compreender como as práticas de gestão de riscos implementadas no contexto de uma Universidade Federal brasileira se configuraram às recomendações dos frameworks internacionais, e seu alcance como mecanismo de controle da governança pública. Método: O arranjo adotado parte da síntese das práticas de gestão de riscos recomendadas no modelo do Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO), o COSO ERM, e na Norma ISO 31000:2018. Trata-se um estudo de caso, de natureza descritiva e abordagem qualitativa. A coleta dos dados ocorreu por meio de pesquisa documental e entrevistas. Os resultados foram analisados utilizando a técnica da análise de conteúdo. Originalidade/Relevância: O estudo aprofunda o processo de implementação da gestão de riscos na microdinâmica organizacional de uma entidade do setor público, lacuna identificada na literatura devido aos poucos estudos realizados com a perspectiva de refletir a articulação prática dos frameworks internacionais e sua complexidade inerente, no contexto brasileiro. Resultados: Considerando as 12 práticas de gestão de riscos investigadas, 8 estão em consonância àquelas recomendadas nos frameworks internacionais (66% de aderência). Dentre as práticas convergentes, destaca-se a integração da gestão de riscos ao planejamento estratégico institucional. Por outro lado, há práticas que ensejam aperfeiçoamento, como o envolvimento ativo da alta administração. Contribuições Teóricas/Metodológicas: Ampliam-se as discussões sobre a gestão de riscos no setor público, onde é imperativo o rompimento de certos paradigmas (cultura de conformidade) em resposta às demandas dos stakeholders por boas práticas de governança e accountability.
Objetivo: Verificar qual a influência do fenômeno “use ou perca” no processo de execução orçamentária das Universidades Federais brasileiras, a partir da análise da relação entre a pressão por gastos na execução orçamentária do 4º trimestre do exercício financeiro e a proporção dos restos a pagar cancelados e reinscritos nessas instituições. Método: Foram estudadas as 63 Universidades Federais brasileiras no período de 2015 a 2019. A variável “Pressão por gasto no 4º trimestre” (PO) foi calculada a partir da proporção entre as despesas empenhadas nos últimos três meses do ano em relação ao orçamento discricionário empenhado total. Outras variáveis da pesquisa foram Restos a pagar – do total empenhado no 4º trimestre (RAP), “Dotação Discricionária Total” (DOT) e “Alunos de graduação equivalentes” (AGE). Resultados/Discussão: Os resultados da pesquisa apontam que 87% das universidades federais apresentaram pressão por gastos no último trimestre do exercício financeiro. Evidenciou-se também que o recurso orçamentário é empenhado sob uma atmosfera de “use ou perca”, tendo em vista a impossibilidade de utilização da dotação orçamentária no exercício seguinte. Contribuições: Os achados da pesquisa confirmam a influência positiva da pressão por gastos sobre a quantidade de restos a pagar cancelados ou reinscritos no exercício subsequente, contribuindo de forma prática para o entendimento da dificuldade de planejamento inerente ao que é executado sob uma atmosfera de “pressão”. A identificação desta influência é importante para explicação do crescimento expressivo dos restos a pagar, além de fornecer um insight de como este problema pode ser atenuado.
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