Este artigo tem como objetivo problematizar os planos e estratégias dos processos formativos destinados aos trabalhadores da indústria mineira no contexto da crise política e econômica do Golpe Militar. Para isso, fez-se necessária a articulação do debate entre educação e trabalho sob a perspectiva do materialismo histórico dialético. Trata-se de discussão bibliográfica que tem como referência o pensamento empresarial expresso na concretude da formação dos trabalhadores da e para a indústria de Minas Gerais (Pedagogia Industrial), em consenso com as demandas de trabalho e de formação das empresas mineiras. Além disso, o debate estabelecido com a literatura relacionada foi articulado, por meio de análise documental, a um diálogo com as fontes primárias, oriundas da Revista Vida Industrial que trouxeram em seu bojo a lógica educacional representativa do empresariado industrial mineiro associado à FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais). Dessa forma, as ações empresariais que constituíram a Pedagogia Industrial, estavam articuladas às concepções políticas e econômicas do desenvolvimento no Brasil, visto que o disciplinamento para o trabalho imposto por tais concepções atendia à formação humana do trabalhador voltada para a acumulação do capital em geral e do capital industrial em específico – além de acarretar, contraditoriamente, as possibilidades de se construir a formação humana para além do capital.
RESUMO Este artigo buscou compreender a política de assistência estudantil adotada por três universidades federais mineiras. Nesta investigação, pretendeu-se responder: quais são as condições materiais e simbólicas que favorecem a permanência de estudantes ingressantes por meio das Políticas de Ações Afirmativas (PAA)? O estudo é de caráter qualitativo e a metodologia adotada contou com levantamento bibliográfico, análise documental e aplicação de questionário aos(às) gestores(as) dessas universidades. Os resultados apontam que o processo de democratização do Ensino Superior está intrinsecamente relacionado ao acesso e à garantia das condições materiais e simbólicas capazes de assegurar a permanência desse novo sujeito, negro e negra, ingressante, por meio das PAA no Ensino Superior.
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