OBJETIVO: Analisar a ocorrência de onset complexo pré e pós-tratamento em crianças tratadas com três diferentes modelos de terapia fonológica. MÉTODOS: Participaram 21 sujeitos com desvio fonológico, 16 meninos e cinco meninas, com idades entre quatro e sete anos e 11 meses, divididos em grupos de sete sujeitos de acordo com o modelo utilizado para o tratamento: Ciclos Modificado, Oposições Máximas e ABAB-Retirada e Provas Múltiplas. Verificou-se os dados do sistema fonológico inicial e final, referentes à produção total de onsets complexos e dos onsets complexos com /l/ e com /r/. Estes foram classificados em: não adquiridos, de 0 a 39%; parcialmente adquiridos, de 40 a 69% e adquiridos de 70 a 100%. Os dados foram submetidos à análise estatística. RESULTADOS: Quanto ao total de onsets complexos, nos Modelos de Ciclos e Oposições Máximas, houve diferença nas médias dos onsets complexos não adquiridos e dos onsets complexos adquiridos antes e após a terapia e, no Modelo ABAB apenas nos onsets complexos adquiridos (p<0,05). No onset complexo com /r/ verificou-se o mesmo resultado. No onset complexo com /l/, somente no Modelo de Ciclos houve diferença entre as médias dos onsets complexos não adquiridos e dos onsets complexos adquiridos. Em todos os modelos foi diferente a classificação de onsets complexos não adquiridos para onsets complexos adquiridos, pré e pós-tratamento. CONCLUSÃO: Os três modelos de terapia fonológica se mostraram eficientes para o tratamento da estrutura silábica onset complexo.
Purpose: To determine the average values of phrase in children with phonological disorder, and to compare it with benchmark values proposed in literature. Methods: The sample consisted of 16 children with phonological disorders, seven females and nine males, with ages between 4 years and 5 months and 7 years and 7 months. After confirmation of the diagnosis of developmental phonological disorder, subjects were submitted to language assessment through the investigation of the average values of phrase, as proposed in literature. In this assessment, using three different modalities of language enunciation, we collected the first five sentences spoken by each child, which were scored according to their complexity, by giving different weights to syntactic and lexical elements of each sentence. Results: When compared with the reference children, children with developmental phonological disorder presented lower values in all variables analyzed, and this difference was significant. The same was observed when the group was divided into age groups, however, in the age groups of 5 to 7 years some modalities analyzed showed no differences. Conclusion: According to this study, children diagnosed with developmental phonological disorder may present losses in other areas of language, such as semantics and morphosyntax, which are more evident in the early age groups.
OBJETIVO: descrever e comparar os padrões de fluência da fala de crianças com e sem desvio fonológico evolutivo. MÉTODOS: a amostra foi constituída de 20 sujeitos com idades entre 4:6 e 7:6 anos, sendo 10 crianças com diagnóstico de desvio fonológico evolutivo e 10 com desenvolvimento fonológico típico. Os sujeitos de ambos os grupos foram submetidos a uma avaliação da fluência da fala que faz parte do Teste de Linguagem Infantil-ABFW. Com base neste protocolo, analisaram-se as tipologias das rupturas do fluxo de fala, as quais são classificadas como disfluências comuns e disfluências gagas. Foi realizado o cálculo da freqüência de rupturas da fala e da porcentagem de disfluências gagas. Por meio deste teste também se analisou a velocidade de fala, medindo-se o fluxo de palavras e de sílabas por minuto. RESULTADOS: não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos quanto às variáveis analisadas. Contudo, pode-se perceber que o grupo com desvio fonológico evolutivo apresentou maiores médias do que o grupo com desenvolvimento fonológico típico na maioria das variáveis, com exceção do fluxo de sílabas e palavras por minuto. Quanto à velocidade de fala, no que se refere ao fluxo de sílabas por minuto houve uma tendência de um menor fluxo no grupo com desvio fonológico evolutivo. CONCLUSÃO: no grupo estudado, crianças com desvios fonológicos evolutivos e crianças com desenvolvimento fonológico típico não diferem quanto aos aspectos de fluência de suas falas.
OBJETIVO: verificar se há influência da gravidade do desvio fonológico evolutivo quanto à semântica e morfossintaxe. MÉTODO: participaram do estudo 14 crianças com desvio fonológico, de idades entre quatro e sete anos. Foi realizada a Avaliação Fonológica da Criança e o desvio foi classificado a partir do Percentual de Consoantes Corretas- Revisado, baseado no Percentual de Consoantes Corretas, o qual divide a gravidade do desvio fonológico em leve, leve-moderado, moderado-grave e grave. Verificou-se, quanto à gravidade, que quatro sujeitos apresentavam desvio leve, quatro leve-moderado, três moderado-grave e três grave. Em seguida, as crianças foram submetidas à avaliação da semântica e da morfossintaxe, por meio da pesquisa da Média dos Valores da Frase, em que foram coletadas frases de três diferentes modalidades de linguagem: descrever uma figura, contar uma história e responder a perguntas. As cinco primeiras frases faladas pelas crianças foram pontuadas de acordo com a sua complexidade. Posteriormente, foi realizada análise estatística por meio da técnica não paramétrica de Kruskal-Wallis, sendo considerado significante valor de p<0,05. RESULTADOS: não houve diferença estatisticamente significante entre os diferentes graus de gravidade do DF nas três modalidades de linguagem avaliadas, no que se refere à morfossintaxe, à semântica, ao total da construção e ao total da extensão. CONCLUSÃO: a gravidade do desvio fonológico não influencia o desempenho das crianças no que se refere ao desenvolvimento da semântica e da morfossintaxe, visto que não houve significância estatística entre os resultados. Desse modo, pode-se sugerir que outros estudos sejam realizados a fim de confirmarem ou não tais resultados.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.