RESUMO: Estudo de abordagem qualitativa que objetivou apreender o impacto da doença crônica de um filho na vida da mãe cuidadora. Foram entrevistadas cinco mães, no período de janeiro a março de 2010, cujos filhos com doença crônica estavam hospitalizados na clínica pediátrica de um hospital público da Paraíba. A análise seguiu os princípios da interpretação temática dos discursos maternos e foi possível identificar que o diagnóstico é a fase mais difícil para a mãe, ocasionando impactos diversos em sua vida. Estes permanecem no cotidiano da doença e estão associados às mudanças no estilo de vida da mãe e no relacionamento social. A espiritualidade contribui para a adaptação e a experiência da doença gera aprendizados importantes nos modos como as mães conduzem suas vidas. Evidenciar o que é singular, considerando os aspectos biopsicossociais e espirituais, contribui para a mudança do paradigma vigente rumo à atenção integral. Palavras-Chave: Enfermagem pediátrica; doença crônica; criança; família. ABSTRACT: This qualitative study examined the impact of children's chronic illnesses on the lives of their caregiver mothers. Five mothers, whose children were hospitalized in the pediatric ward of a public hospital in Paraiba State, were interviewed from January to March, 2010. The analysis, guided by the principles of thematic interpretation, ascertained that the diagnosis was the most difficult moment for the mothers, and led to a variety of impacts on their lives. These resided in day-today care and were associated with changes in lifestyle and social interaction. Spirituality contributed to adaptation, and the experience of illness generated important learning for the mothers as regards ways to move on. Highlighting what is unique, while considering biopsychosocial and spiritual aspects, contributes to changing the present paradigm towards more comprehensive care.
Introdução: A Intervenção Precoce apresenta-se como uma abordagem de caráter sistemático e sequencial que desenvolve e potencializa as atividades do cérebro da criança. Objetivo: Conhecer as variáveis clínicas e sociodemográficas de crianças com disfunções neurológicas atendidas no setor de intervenção precoce. Material e método: Trata-se de um estudo do tipo transversal, de caráter exploratório e com abordagem quantitativa, constituído por 42 cuidadores de crianças com idade entre 0 e 3 anos atendidas no setor de intervenção precoce da FUNAD (Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência), a coleta de dados foi realizada mediante aplicação de um questionário semiestruturado elaborado pelos pesquisadores. Resultados: Foi verificado que a maioria das famílias possuía renda mensal de até um salário mínimo. Notou-se que a maioria dos entrevistados possui ensino médio completo. A amostra foi composta, em maior número, por mães. Entre os pacientes predomina a faixa-etária de 12 a 17 meses, a microcefalia foi a patologia mais frequente. Conclusão: Maioria das crianças com alterações no desenvolvimento encontram-se em famílias com renda menor que um salário mínimo. É essencial o conhecimento do contexto familiar e social em que a criança está inserida.Descritores: Desenvolvimento Infantil; Cuidadores; Perfil de Saúde.
No Sistema Único de Saúde (SUS), o acesso aos medicamentos se dá através da prescrição, que desempenha papel ímpar na prevenção de erros de medicação, já que é a partir dela que todo o fluxo de tratamento medicamentoso chega ao usuário. Dessa forma, o presente estudo do tipo transversal, retrospectivo descritivo, com abordagem quantitativa teve como objetivo a avaliação do cumprimento da legislação quanto à prescrição de medicamentos dispensadas pela farmácia da USF Nova Conquista. Foram analisadas 300 prescrições, com média de 1,49% de medicamentos por prescrição. Os resultados apontaram a não totalidade dos critérios de avaliação proposto neste estudo dentre eles: presença de abreviaturas (98,05%) e rasuras (7%); ausência de informações como: endereço (98%), forma farmacêutica (91,12%), frequência e duração do tratamento (76,98%) concentração do fármaco (29,68), dose (18,59%), posologia (5,13%); unidade de medida ausente ou inadequada (1,80%). As classes farmacológicas prevalentes foram: anti-inflamatórios não esteroidais (28,04%), anti-hipertensivo (14,15%), antialérgicos (11,51%) e antibióticos (8,73%). Todas as prescrições avaliadas neste estudo, apresentaram alguma inconformidade ou ausência de informações em relação ao que estabelece a legislação, concluindo-se, que alguns hábitos de prescrição devem ser modificados, buscando o melhoramento da qualidade da prescrição e do fortalecimento da assistência prestada no SUS.
Introdução: Objetivou comparar e compreender a lógica existente na produção, fluxo e análise dos dados que alimentam o Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos e o formato de Coleta de dados Simplificada do e-SUS Atenção Básica, e apreender desafios encontrados na mudança de um sistema para o outro no que diz respeito ao usuário com hipertensão. Metodologia: Trata-se de um Estudo de Caso que foi realizado com base na consulta de artigos científicos, documentos e manuais técnicos, relatórios de oficinas de trabalho, opiniões de trabalhadores da APS e vivências durante o processo de concepção e implantação dos dois sistemas. Resultados: Os Sistemas estudados apresentam diferenças entre as informações contidas nos mesmos e que existem divergências na produção, fluxo e análise dos dados entre os dois Sistemas, entretanto, o que percebe é que no HIPERDIA, os dados produzidos na Unidade são referentes aos usuários hipertensos cadastrados e acompanhados mensalmente e que os dados provenientes do e-SUS Atenção Básica formato de Coleta de dados Simplificada são referentes ao curso natural do atendimento. Conclusão: O presente estudo possibilitou a discussão dos dados referentes à hipertensão arterial a partir de duas bases de dados investigadas para Atenção Básica. À escassa literatura cientifica que discuta e reflita sobre a produção, fluxo e análise dos dados do formato de Coleta de dados Simplificada do e-SUS Atenção Básica como um todo, apresenta-se como uma limitação e, portanto, se faz necessário a realização de novas pesquisas sobre a temática.
RESUMOO Acidente Vascular Encefálico (AVE) apresenta alta prevalência em todo o mundo, desencadeando incapacidades neurológicas em adultos. O déficit cognitivo é uma das sequelas mais importantes, sendo difícil o seu reconhecimento, podendo interferir no processo de reabilitação e acarretar impactos na qualidade de vida dos usuários acometidos. Objetivo: Estimar a prevalência de déficit cognitivo em usuários com AVE na Atenção Primária à Saúde (APS), bem como descrever as características sociodemográficas, clínicas e dimensões cognitivas afetadas. Método: Estudo de corte transversal desenvolvido no Município de João Pessoa-PB com 140 indivíduos adscritos no Programa Saúde da Família que foram acometidos por AVE nos últimos cinco anos. Resultados: Mais da metade dos indivíduos analisados apresenta quadro sugestivo de comprometimento cognitivo (54,9%), nas seguintes dimensões: memória de evocação (70%), atenção e cálculo (60%) e ler e executar (60%); além disso, a maioria era de idosos (73,1%);no que se refere às características clínicas do AVE declaram que nos últimos cinco anos tiveram apenas um episódio (64,2%) desencadeado nos últimos 13 meses ou mais (76,1%). A metade dos participantes não soube informar o tipo de AVE (50,7%). Conclusão: As dimensões cognitivas afetadas pelo AVE precisam de maiores investigações, afim de fornecer mais subsídios para melhorar a assistência prestada no âmbito da APS.
Objetivo: analisar a atuação do fisioterapeuta no NASF-AB no município de Lucena-PB. Material e método: Trata-se de uma pesquisa de campo cuja coleta de dados foi feita pela aplicação de dois questionários a uma amostra - por conveniência - composta por cinco fisioterapeutas que atuavam no NASF- AB no município de Lucena-PB por no mínimo seis meses. Resultados: Foi identificado que 100% dos profissionais cumprem a carga horária exigida pelos profissionais do NASF-AB da modalidade 1 e que 60% desenvolvem todas as atividades cabidas ao fisioterapeuta do NASF- AB no município como atendimento domiciliar, atendimento ambulatorial na unidade mista de saúde e atividades educativas em saúde promovidas nos equipamentos sociais do território (unidades básicas de saúde e escolas públicas). Conclusão: Os fisioterapeutas que atuam no NASF-AB 1 da referida cidade litorânea paraibana têm desenvolvido ações de saúde como atividades domiciliares e ambulatoriais, atividades em grupo, atividades educativas em equipe. O processo de trabalho dos fisioterapeutas que atuam no NASF-AB pode contribuir para transformar a prática profissional no nível de Atenção Básica, ampliando suas competências e habilidades na atuação interdisciplinar e desenvolvimento de ações de prevenção de doenças e promoção à saúde nos territórios.Descritores: Atenção Primária à Saúde; Saúde Pública; Fisioterapia.ReferênciasDavid MLO, Ribeiro MAGO, Zanolli ML, Mendes RT, Assumção MS, Schinviski CIS. Proposta de atuação da fisioterapia na saúde da criança e do adolescente: uma necessidade na atenção básica. Saúde debate. 2013;37(96):120-29.Neves LMT, Aciole GG. Desafios da integralidade: revisitando as concepções sobre o papel do fisioterapeuta na equipe de Saúde da Família. Interface (Botucatu). 2011;15(37):551-64.Barbosa EG, Ferreira DLS, Furbino, SAR. Experiência da fisioterapia no Núcleo de Apoio à Saúde da Família em Governador Valadares, MG. Fisioter mov. 2010;23(2):86-95.Formiga NFB, Ribeiro KSQS. Inserção do fisioterapeuta na Atenção Básica: uma Analogia entre Experiências Acadêmicas e a Proposta dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). Rev bras ciênc saúde, 2012;16(2):113-22.Ribeiro CD, Flores-Soares MC. Desafios para a inserção do fisioterapeuta na atenção básica: o olhar dos gestores. Rev Salud Pública, 2015;17(3):379-93.Rodrigues F, Bitencourt LTG. Atuação da Fisioterapia no Programa de Residência Multiprofissional. Rev Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica/Saúde da Família. 2013;1:42-52.Aveiro MC, Aciole GG, Driusso P, Oish J. Perspectivas da participação do fisioterapeuta no Programa Saúde da Família na atenção à saúde do idoso. Ciênc saúde coletiva. 2011;16(Suppl 1):1467-78.Souza MC, Araújo TM, Reis Júnior WM, Souza JN, Vilela ABA, Franco TB. Integralidade na atenção à saúde: um olhar da equipe de saúde da família sobre a fisioterapia. Mundo saúde. 2012;36(3):452-60.Augusto VG, Aquino CF, Machado NC, Cardoso VA, Ribeiro S. Promoção de saúde em unidades básicas: análise das representações sociais dos usuários sobre a atuação da fisioterapia. Ciênc saúde coletiva. 2011;16(Suppl 1):957-63.Carvalho STRF, Caccia-Bava, MCGG. Conhecimentos dos usuários da Estratégia Saúde da Família sobre a fisioterapia. Fisioter mov. 2017;24(4):655-64.Loures LF, Silva MCS. A interface entre o trabalho do agente comunitário de saúde e do fisioterapeuta na atenção básica à saúde. Ciênc saúde coletiva. 2010;15(4):2155-64.Bispo Júnior JP. Fisioterapia e saúde coletiva: desafios e novas responsabilidades profissionais. Ciênc saúde coletiva. 2010;15(Suppl 1):1627-36.Maciel MS, Coelho MO, Marques LARV, Rodrigues Neto EM, Lotif MAL, Ponte ED. Ações de saúde desenvolvidas pelo núcleo de apoio à saúde da família-NASF. Saúde (Santa Maria). 2015;41(1):117-22.Oliveira AKP, Borges DF. Programa de Saúde da Família: uma avaliação de efetividade com base na percepção de usuários. Rev Adm Pública. 2008;42(2):369-89.Oliveira G, Andrade ES, Santos ML, Matos GSR. Conhecimento da equipe de saúde da família acerca da atuação do fisioterapeuta na atenção básica. Rev Bras Promoç Saúde (Fortaleza). 2011;24(4):332-39.Salinero JG. Estudos descriptivos. Nure Investigación. 2004;7.Fernandes TL, Nascimento CMB, Sousa FOS. Análise das atribuições dos fonoaudiólogos do NASF em municípios da região metropolitana do Recife. Rev CEFAC. 2013;15(1):153-59.Souza FLD. Implantação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família: percepção do usuário. Saúde debate. 2013;37(97):233-40.Souza MC, Bomfim AS, Souza JN, Franco TB. Fisioterapia e Núcleo de Apoio à Saúde da Família: conhecimento, ferramentas e desafios. Mundo saúde; 2013;37(2):176-84.Castro PC. Papel do fisioterapeuta na universidade aberta da terceira idade de São Carlos. Estud interdiscipl envelhec. 2014;19(1):287-305.Dias RC. Atenção básica à saúde do idoso no Brasil: limitações e desafios. Geriatria Gerontologia. 2008;3(2):122-25.
RESUMO Objetivou-se construir um índice sintético para Unidades de Saúde da Família que contemple a percepção da satisfação com a Atenção Primária à Saúde (APS) e o apoio social percebido pelos usuários hipertensos. Um Índice Sintético Global foi construído a partir de uma média ponderada das variáveis que compuseram a dimensão satisfação do usuário e das que compuseram o apoio social percebido com a APS. Esse índice foi aplicado na coorte de hipertensos desenvolvida para o município de João Pessoa (PB), para dois Distritos Sanitários, com a aplicação de testes estatísticos. Os eixos relativos à satisfação dos usuários hipertensos da APS influenciaram negativamente o índice sintético global, enquanto os eixos relativos ao apoio social tiveram um escore relativamente alto. Testes estatísticos mostraram que houve diferença significativa (nível de significância de 5%) nos índices sintéticos globais entre os Distritos Sanitários de Saúde. O índice proposto se apresentou como um instrumento de utilização prático, útil e efetivo, e gestores e profissionais de saúde podem ser beneficiados no processo de tomada de decisão com a sua utilização, para efetivação de melhores práticas entre os territórios e na avaliação das ações na atenção primária relativas ao cuidado prestado ao hipertenso.
A Atenção Básica configura-se como a porta preferencial para o Sistema Único de Saúde. Nele, grupos operativos se constituem uma boa aplicação para permitir o acesso da população e a qualidade de vida dos usuários, além de oportunizar a atuação da fisioterapia, no âmbito da prevenção de agravos ou complicações, e da reabilitação, desenvolvida por meio de atividades multiprofissionais. O objetivo é relatar a experiência de implantação do grupo operativo Escola de Postura na Unidade de Saúde da Família Alto do Céu Integrado, Mandacaru, João Pessoa-PB. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa e descritiva do tipo relato de experiência. Foram realizados treze encontros do Grupo Escola de Postura, sendo utilizado o método problematizador na perspectiva da educação popular em saúde. A experiência permitiu desenvolver o trabalho no âmbito da Atenção Básica, a acessibilidade dos usuários ao serviço e fortalecimento dos cuidados primários em saúde a partir da oferta de ações preventivas e reabilitadoras, com foco em ações de fisioterapia, além de ampliar o potencial da educação popular em saúde. Como dificuldades da vivência destacaram-se: o comprometimento da agenda da equipe de saúde da família e do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica.
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