A hanseníase é um grave problema de saúde coletiva que atinge historicamente populações que vivem em péssimas condições de vida. No Brasil contemporâneo a hanseníase é uma doença que atinge as camadas mais pobres da população. Embora seja uma doença que, uma vez tratada, apresente possibilidades significativas de cura e não apresente riscos de contágio; em função do preconceito cultural, ainda persiste uma situação de estigma em relação à doença. Ao ser reconhecido como hanseniano, o indivíduo é permeado por um conjunto de designações degradantes. Assim, reconhecemos a prevenção como um aspecto nobre no controle da hanseníase, e uma das formas utilizadas é a informação por meio da comunicação visual. Com essa investigação pretendemos identificar os discursos sobre a prevenção da hanseníase imprimidos em cartazes, panfletos, guias, cartilhas e portarias produzidos pelo Ministério da Saúde. Para isso, utilizou-se na investigação estratégias teórico-metodológicas da pesquisa documental. Os documentos analisados deram indício de que na divulgação de informações sobre a prevenção da hanseníase, o que prevalece é o discurso biomédico sobre diagnóstico, tratamento e cura. Os aspectos socioculturais da doença no que se refere ao preconceito estão ausentes ou são abordados timidamente nos documentos. Além disso, informações de cunho sociocultural, como o alerta aos aspectos do preconceito não são percebidas. A linguagem é claramente clínico-biomédica e existe uma preocupação em disseminar entre os profissionais da saúde e pacientes apenas que a hanseníase tem cura.
Este artigo apresenta uma problematização no campo dos estudos culturais em educação acerca das representações de professores da educação básica sobre o tema da pedofilia. Metodologicamente, foram realizadas oficinas de produção textual, nas quais professoras e professores expressaram suas ideias, visões e saberes sobre a pedofilia e o pedófilo. A análise das produções textuais foi realizada a partir da técnica da análise do conteúdo, resultando em cinco categorias temáticas. Verificou-se que os docentes possuíam diversas representações acerca da pedofilia e do pedófilo, sendo as mais comuns as ideias de pedofilia como doença e crime, e de pedófilo como doente, monstro e sujeito anormal. Destaca-se a importância de conhecer as representações desse público sobre esse fenômeno, para que seja possível realizar intervenções educativas que permitam a discussão do tema em sala de aula.
Os debates sobre homossexualidade e demais temas sexuais deveriam ocorrer nas aulas de Ciências e de Biologia, contudo, os conteúdos apresentados são os que tratam quase que exclusivamente dos aspectos biológicos e esquecem os aspectos históricos, socioculturais e políticos.
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