Introdução: Apesar de ser uma doença antiga, com diagnóstico rápido e tratamento eficaz, a sífilis está ressurgindo como problema de saúde pública global. Acontece principalmente na população mais jovem, com idade entre 20 e 29 anos (35,3%), que desconhece a doença não só em relação ao risco, mas também em relação às consequências da infecção. Dados do Boletim Epidemiológico de Sífilis, publicado em novembro de 2018 pelo Ministério da Saúde (MS), demonstram que em comparação ao ano de 2016 observou-se aumento de 31,8% na incidência de sífilis adquirida no ano de 2017. Desses, 51,5% (61.745 casos notificados) ocorreram na Região Sudeste. Mesmo tendo sido decretada como epidemia pelo MS em outubro de 2016, os números continuam crescendo. A taxa de detecção da sífilis vem subindo em nossa cidade nos últimos anos, pulando de 26 casos em 2016 para 197 em 2018 (657% de aumento), o que demonstra a necessidade de estratégias para diminuição das taxas de sífilis no município de Valença (RJ). Objetivo: Conscientizar a população da importância do diagnóstico e da prevenção da sífilis, por meio de ações educativas. Métodos: Em esforço conjunto da Faculdade de Medicina de Valença, o Hospital Escola de Valença e a Secretaria de Saúde, realizaram-se durante uma manhã do mês de fevereiro de 2019 diversas atividades no município, com o objetivo de alertar e esclarecer a população sobre a doença. Entre elas, destacam-se: palestra na rádio informando sobre a incidência da sífilis no município, tendas montadas em cinco pontos de maior fluxo de pessoas, onde se ofereceram palestras explicativas, distribuição de folhetos com orientações sobre infecções sexualmente transmissíveis (IST), distribuição de camisinha feminina e masculina, assim como a realização de teste rápido para detecção de sífilis. Resultados: A população atendeu ao chamado, participando ativamente das atividades. Efetuou-se o total de 110 testes rápidos apenas no período de uma manhã, dos quais dois tiveram resultado positivo. Conclusão: Apenas com um esforço conjunto, como o que foi realizado no nosso município, é que vamos conseguir reverter esse quadro. A educação e a informação ainda são armas que devem ser muito bem utilizadas. Conseguimos verificar e esclarecer para alguns pacientes do sexo masculino que a sífilis também é doença de homens. Pelo fato de existir rastreio no pré-natal, muitos a entendem como doença de mulheres. Deve-se pôr em prática esse tipo de ação mais vezes no decorrer deste ano, assim como ofertar maior número de testes rápidos nas unidades básicas de saúde. Um diagnóstico precoce é crucial para minimizar as alterações relacionadas a doença. O tratamento dos parceiros e das gestantes também se faz prioridade, lembrando que a sífilis é doença que não escolhe idade, sexo, nem classe social. É nossa obrigação lembrar à população que, no caso da sífilis, ainda não existe vacina e que a única forma de prevenção é o sexo seguro.
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