OBJETIVO: Analisar criticamente as políticas públicas de nutrição brasileiras no controle da obesidade infantil. FONTES DE DADOS: Buscaram-se artigos, ensaios, resenhas, resoluções e legislações nas bases SciELO, Lilacs, PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde, Sistema de Legislação em Saúde e Legislação em Vigilância Sanitária, que abordavam políticas públicas de nutrição brasileiras no controle da obesidade infantil, publicados entre 1990 e 2010. Foram utilizadas as palavras-chaves: "obesidade", "sobrepeso", "criança", "escolar(es)", "políticas públicas", "política de saúde", "política de nutrição", "cantina escolar", "alimentação escolar", "propaganda de alimentos", "publicidade de alimentos", "rótulos alimentares", em português e em inglês. SÍNTESE DOS DADOS: O governo brasileiro, nos últimos anos, tem promulgado ações de promoção de saúde que visam ao combate da obesidade infantil, como o Programa Saúde na Escola, o Programa Nacional de Alimentação Escolar, a Regulamentação dos Alimentos Comercializados nas Cantinas Escolares, o Projeto Escola Saudável, a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas, os Dez Passos para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas e a Regulamentação de Propaganda e Publicidade de Alimentos. Observa-se a necessidade de implementar e de fiscalizar as leis e regulamentações para o controle da obesidade infantil no Brasil, além de promover a alimentação saudável, nos aspectos que envolvem o público infantil. CONCLUSÕES: O projeto, o planejamento, a implementação e a gestão dessas políticas devem se apoiar na busca da transformação do problema social da obesidade.
RESUMOObjetivo: Revisar, na literatura, pesquisas que abordem o perfil antropométrico dos escolares brasileiros.Fontes de dados: Buscaram-se artigos originais nas bases de dados SciELO, LILACS e MedLine, compreendidos no período entre 1985 e 2009, que avaliaram o estado antropométrico de escolares brasileiros (sete a dez anos). Foram utilizadas as palavras-chave: "escolar", "escolares", "avaliação nutricional", "antropometria", "criança", "estatura", "saúde escolar", em português e inglês.Síntese dos dados: Foram encontrados 28 trabalhos realizados em escolas públicas e privadas de âmbito municipal, estadual e regional, com amostra variando de 86 a 50.114 indivíduos, com estudos do tipo transversal, inquérito, casoscontrole e prospectivo, utilizando seis tipos diferentes de protocolo para classificar o estado antropométrico dos escolares. Os resultados mostram que, nas regiões Norte, Nordeste e nas áreas carentes há maior prevalência de desnutrição, enquanto nas regiões Sudeste, Sul e zonas mais favorecidas há maior prevalência de sobrepeso e obesidade, mas coexistem as duas condições nas mesmas localidades.Conclusões: Apesar do aumento ao acesso aos alimentos, das políticas públicas contra a fome e ações governamentais e não-governamentais, ainda há a coexistência da dupla carga de doenças, desnutrição e excesso de peso que aflige a população escolar brasileira. Ações simples como medidas de peso e altura são de suma importância para classificar o estado nutricional e definir rumos de políticas públicas.Palavras-chave: escolares; avaliação nutricional; antropometria. ABSTRACTObjective: To review studies that address the anthropometric profile of Brazilian schoolchildren.Data sources: Original articles published in SciELO, LILACS and MedLine databases from 1985 to 2009, which assessed the anthropometric status in Brazilian schoolchildren (seven to ten years old). Key-words used: "school", "schoolchild", "nutritional assessment", "anthropometry", "child", "stature", "school health".Data synthesis: Twenty eight publications were found. The studies were done in local and regional public and private schools, with samples ranging from 86 to 50,114 individuals. Cross-sectional, case-control, and prospective investigations were found, with six different types of protocol for the anthropometric status classification. The results show that there is a higher prevalence of malnutrition in the North and Northeast regions and in the deprived Brazilian areas, while in the Southeast and South regions there is a higher prevalence of overweight and obesity, but both conditions coexist in the same areas.Conclusions: Despite the increased access to food, public policies against hunger and non-governmental and governmental actions, malnutrition and overweight still coexist in Brazilian schoolchildren. Simple actions such as measuring weight and height are extremely important for the nutritional status classification and for designing public policies.
A anemia ferropriva é conhecida como uma das principais deficiências nutricionais em todo o mundo e sua ocorrência pode ser observada em diversas populações. Alguns grupos populacionais ainda apresentam altas prevalências de anemia ferropriva, comprometendo diversas funções do organismo. Dentre esses grupos de risco, podem ser citadas as gestantes, que merecem especial atenção devido à sua vulnerabilidade à carência e ao aumento significativo de suas necessidades, que não são acompanhados por aumento suficiente no consumo ou na absorção de ferro. Este artigo analisa dados de artigos publicados nos últimos 40 anos nas línguas inglesa, espanhola ou portuguesa nos bancos de dados Lilacs e Medline sobre prevalência de anemia ferropriva na gestação. Em todas as pesquisas verificadas, a prevalência de anemia ferropriva na gestação apresenta valores elevados, o que caracteriza essa situação como um problema de saúde pública para o Brasil, mesmo com as políticas nacionais atuais de combate à deficiência.
OBJETIVO: Avaliar o consumo de alimentos sujeitos à fortificação compulsória com ferro por gestantes atendidas em consultas de pré-natal do Hospital Universitário de Brasília. MÉTODOS: Trata-se de série temporal que comparou dados de 228 pares de gestantes a partir de duas avaliações transversais: em 2004, pré-fortificação e em 2005, um ano após intervenção. Dados gestacionais, socioeconômicos, demográficos, índice de massa corporal e consumo alimentar foram coletados. Este último foi aferido por Questionário Semiquantitativo de Freqüência Alimentar incluindo alimentos à base de farinhas de trigo e de milho. RESULTADOS: O consumo per capita diário médio de farinhas foi estimado em 121,7g (98,7-115,8), no 1º momento, e 119,5g (93,6-109,5), no 2º momento (p>0,05), com maior contribuição da farinha de trigo. Os alimentos mais consumidos, em ambos os momentos, foram: pão francês, biscoitos, bolo, macarrão e cuscuz de milho. As gestantes do estudo receberiam uma média de 5,1mg de ferro adicional, se a fortificação estivesse ocorrendo como o preconizado pela legislação, que corresponde a 19% da Ingestão Dietética de Referência. CONCLUSÃO: Os alimentos sujeitos à fortificação são veículos apropriados em relação ao largo consumo, porém são necessários estudos que avaliem a quantidade adicionada e a biodisponibilidade dos compostos de ferro.
Objetivo Identificar a evolução do quantitativo de nutricionistas atuantes na Atenção Básica nos municípios brasileiros, com ênfase nas Equipes de Saúde da Família e nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Métodos Estudo descritivo utilizando dados secundários do número de nutricionistas, tempo no serviço, tipo de equipe, estabelecimentos onde são cadastrados e perfil dos municípios brasileiros, solicitados pela equipe da pesquisa e fornecidos pelo Ministério da Saúde, com base no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde no período de 2007 a 2013. Foi utilizada a estatística descritiva. Resultados O número de nutricionistas aumentou ao longo dos anos porque mais municípios brasileiros contrataram estes profissionais. O incremento foi mais acentuado (cerca de 700% entre 2008 e 2013) para os Núcleos de Apoio à Saúde da Família, nos quais o profissional é o terceiro mais presente, após psicólogos e fisioterapeutas. Pequena parcela dos nutricionistas (6-15%) permaneceu no cargo por mais de cinco anos; o percentual variou de acordo com o ano e com o tipo de equipe. Os municípios de pequeno porte, pertencentes à região Nordeste e com Índice de Desenvolvimento Humano Municipal médio, foram os que mais contrataram profissionais nutricionistas. Por outro lado, houve um menor aumento, de 75%, no número de nutricionistas contratados para as Unidades Básicas/Centros de Saúde (excluindo os profissionais dos Núcleos e da Estratégia Saúde da Família). Conclusão Foi constatado o aumento do número de nutricionistas na Atenção Básica, bem como o aumento no número de municípios que contrataram este profissional, principalmente para os Núcleos de Apoio à Saúde da Família. A manutenção dessa taxa de aumento poderá influenciar na inversão da proporção de nutricionistas da Atenção Básica, em relação aos outros níveis de atenção à saúde, como a média e alta complexidade.
A depressão é uma doença que pode levar a mudanças no peso, influenciadas por fatores específicos da doença, como alterações no apetite e na atividade física, ou pelos antidepressivos. Este artigo objetiva analisar os estudos que descrevem os efeitos dos antidepressivos em alterações do peso corporal. Realizou-se uma pesquisa nas bases de dados Medline, Lilacs e Cochrane, utilizando as palavras chaves "antidepressivo" e "peso". Foram selecionados os estudos que analisaram o tema em pacientes depressivos, priorizando-se aqueles relacionados às drogas mais utilizadas nos serviços de saúde no Brasil. A análise dos estudos indicou que a mudança de peso atribuída ao tratamento com antidepressivos apresenta resultados ainda controversos, sendo influenciada por fatores como o tempo de uso e a dosagem do medicamento, estudos com poder limitado, entre outros. Assim, estudos com maior poder, tendo como foco a ação das drogas antidepressivas nas alterações do peso corporal em pacientes depressivos, ainda são necessários. Termos de indexação:Antidepressivos. Ganho/Perda de peso. Peso corporal. A B S T R A C T Depression is a disorder that may affect patient's weight because of specific factors of the disease, such as changes in appetite and
This study aims to create and validate a score to classify food neophobia among Brazilian children (from the ages of 4 to 11 years) and investigate the prevalence of food neophobia. This descriptive cross-sectional population-based study is conducted following three steps: (i) the application of an instrument to identify food neophobia in Brazilian children by their caregivers; (ii) the instrument’s score definition; and (iii) the evaluation and characterization of the national prevalence of food neophobia among Brazilian children. The scores were categorized into three levels, based on the tertial approximation: low, moderate, and high. The study had 1112 participants, and the prevalence of high food neophobia was observed in 33.4% of Brazilian children. The prevalence of food neophobia allowed us to identify this behavior in Brazilian children and better understand the population. Boys were significantly more neophobic than girls. The general neophobia score and domains did not significantly differ between Brazilian regions and age groups. It is worrying that food neophobia did not decrease with advancing age. The score for the complete instrument with 25 items, or the 3 domains, makes its use practical. It can be used to assess neophobia with more caution, evaluate the most neophobic children, and enable more targeted professional interventions to promote healthier and sustainable eating habits.
A total of 54 articles published between 2002 and 2012 in 20 different journals were identified. Ten of these were retrieved from the references section of other articles. Focusing mostly on children from the Southeast region, these studies were coordinated by dieticians, nurses, and physicians. Diabetes Mellitus, high blood pressure, and breastfeeding were the most common topics (n=23). The quantitative methodology was employed by 42 articles, most about diagnoses. Only five research groups studied the Family Health Strategy, despite the growing number of studies in the area over the years.
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