As discriminações salariais aos trabalhadores(as) com deficiências, bem como as interações destas com outros marcadores sociais da desigualdade, como gênero e raça/cor, foram analisadas utilizando dados do Censo Demográfico 2010 (IBGE). Quatro tipos de deficiência foram investigados, utilizando-se um modelo de regressão multivariada controlando por efeitos fixos por ocupações. Os resultados indicam que há discriminação salarial para os quatro tipos de deficiência analisados. Observa-se que a maior discriminação ocorre para os trabalhadores(as) com deficiência visual severa, seguido das deficiências físicas, mentais e auditivas. No entanto, tal discriminação é de pequena magnitude, quando comparadas a outros marcadores sociais da desigualdade, como gênero e raça/cor. O efeito do gênero, por exemplo, é seis vezes maior que o da deficiência visual enquanto o de pessoas não brancas é quatro vezes maior. Quando considerado o acúmulo dos marcadores sociais da desigualdade, deficiência, gênero e raça/cor, confirma-se que a mulher negra com e sem deficiência é aquela que mais sofre com a discriminação salarial no Brasil.
Este artigo busca compreender os processos que culminaram na criação e implementação do Programa Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida, da Polícia Militar do Rio de Janeiro e da Ronda Maria da Penha, da Guarda Municipal, que atende mulheres com Medidas Protetivas de Urgência contra seus companheiros. A partir de dados qualitativos reunidos em entrevistas com gestores da Segurança Pública, Policiais Militares, e Guardas Municipais, é possível identificar os pontos de resistência ao programa e de concordância com ele dentro das respectivas instituições. Ainda, este artigo busca refletir como se dá a elaboração de uma política de combate e prevenção à violência contra a mulher, em um contexto no qual é priorizado o combate à violência urbana, e como os profissionais envolvidos neste processo percebem a própria atuação.
Este artículo analiza tipos de paternidad a partir de las prácticas y valores de los hombres en Río de Janeiro. En esta perspectiva, este estudio analiza esos resultados, a la luz de las teorías sobre la crisis del cuidado, con base en las declaraciones sobre actividades de cuidado realizadas por hombres de bajos ingresos que viven en las favelas de Río de Janeiro. El método para definir los tipos de paternidad fue el análisis factorial, basado en la extracción de componentes principales y el análisis de conglomerados.
Este artigo busca compreender os processos que culminaram na criação e implementação do Programa Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida, da Polícia Militar do Rio de Janeiro e da Ronda Maria da Penha, da Guarda Municipal, que atende mulheres com Medidas Protetivas de Urgência contra seus companheiros. A partir de dados qualitativos reunidos em entrevistas com gestores da Segurança Pública, Policiais Militares, e Guardas Municipais, é possível identificar os pontos de resistência ao programa e de concordância com ele dentro das respectivas instituições. Ainda, este artigo busca refletir como se dá a elaboração de uma política de combate e prevenção à violência contra a mulher, em um contexto no qual é priorizado o combate à violência urbana, e como os profissionais envolvidos neste processo percebem a própria atuação.
Esse artigo mapeia as lacunas sanitárias na APS vividas pelas pessoas com deficiência (PcD), subsidiando a qualificação da rede de atenção à saúde a partir de esforço coletivo para apropriação da produção acadêmica e técnico-institucional. A metodologia utilizada foi a revisão integrativa e participativa da literatura, sendo selecionados textos de 2008 a 2021, nas bases Lilacs, Embase, Pubmed, Scopus e Web of Science e Google Scholar. Os estudos escolhidos foram debatidos com pesquisadores, trabalhadores e gestores da saúde, PcD e lideranças dos movimentos sociais, em etapas simultâneas ao longo de um ano. O referencial teórico se inspira na teoria crítica emancipatória e considera a centralidade da interseccionalidade para entendimento das iniquidades de saúde mobilizadas pela deficiência e proposição de políticas públicas. Identificou-se que o progresso na proposta de uma atenção primária abrangente não se materializa plenamente para as pessoas com deficiência que, ao acessar os serviços de APS, encaram barreiras à formação de vínculo, à ressignificação desse grupo populacional, à resolutividade da saúde integral e coordenada, desde a prevenção e a promoção em saúde, marcando a fragmentação do atendimento e a qualidade da atenção ofertada com efeitos desproporcionais para essa população. A superação dessas lacunas é desafio fundamental da política de atenção à PcD.
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