Sans avoir la prétention de proposer un modèle à suivre, nous tenterons de démontrer que les possibilités de lecture du texte littéraire en classe de français langue étrangère sont multiples et qu’elles répondent à des besoins incontournables dans l’appropriation d’une langue étrangère. Les approches proposées ici ont en commun l’objectif de former des lecteurs autonomes et sensibles aux particularités de la langue littéraire. Pour ce faire, nous prenons appui sur nos compétences individuelles et sur nos vécus partagés en tant qu’enseignants formateurs de français dans un contexte lusophone. Nous présenterons d’abord des aspects théoriques de la lecture ainsi que la place du texte littéraire dans la formation du lecteur. Ceci puisque ce sont des éléments essentiels dans la formation des enseignants et puisque les textes littéraires sont inévitables pour le perfectionnement des compétences linguistico-culturelles. Notre but est de garantir l’accès à un processus menant à l’appréhension du sens dans le texte à partir d’une lecture commentée d’un extrait de Madame Bovary de Gustave Flaubert. Il y aura ensuite deux autres approches de ce même texte, l’une mettant en relief les aspects linguistiques et l’autre les aspects interculturels.
RESUMO A influência de uma língua na aprendizagem de outra, ou transferência linguística, é matéria bastante investigada na área de Aquisição de Segunda Língua. Entretanto, há estudos sobre um fenômeno de transferência que ocorre no nível das categorizações conceituais e que dá suporte à hipótese da influência das línguas sobre a cognição, ou Relativismo Linguístico. Esse fenômeno, chamado transferência conceitual (JARVIS; PAVLENKO, 2010), é o objeto deste artigo, que traz uma revisão teórica da literatura sobre a questão. Primeiramente, traçamos o percurso da pesquisa sobre a influência translinguística, dos estudos iniciais, que a tomavam como algo negativo na aprendizagem de L2, até os últimos, que mostram diversos efeitos, inclusive o de facilitação. Depois, abordamos o Relativismo Linguístico, ou Hipótese Sapir-Whorf, revisitando o que foi postulado por seus autores clássicos e por pesquisadores mais recentes, que reformularam a hipótese. Finalmente, revisamos os principais modelos de representação do léxico bilíngue até o de Pavlenko (2009), que explica a transferência conceitual e aproxima o Relativismo Linguístico da Aquisição de Segunda Língua. A revisão termina com a conclusão de que a pesquisa sobre a cognição bilíngue, através da investigação da transferência conceitual, poderá revelar como as línguas que falamos influenciam a nossa cognição.
Investigações emergentes sobre consciência sociolinguística têm contribuído para desvelar os mecanismos que incidem sobre a associação de determinados significados sociais aos fatos da língua, bem como contribuído para melhor compreender os processos constitutivos da identidade linguística dos falantes. Diante disso, este trabalho tem como objetivo principal analisar o conceito de consciência sociolinguística, a partir de nove artigos publicados em contexto nacional e internacional. Como caminho metodológico para atingir tal objetivo, escolhemos o da revisão teórica e descrição qualitativa dos estudos. A análise e reflexão sobre a noção de consciência sociolinguística, à luz dos referenciais teóricos de Oushiro (2021), Freitag (2020), McGowan e Babel (2019), Bijvoet e Fraurud (2016), Pearce (2015) entre outros, indicaram dois grandes domínios para a acepção do termo, o da percepção e o do discurso metalinguístico, bem como o uso de diferentes protocolos metodológicos que atendam às especificidades atinentes à cada domínio. Nesse sentido, conclui-se sobre a relevância de que mais pesquisas sobre a temática sejam realizadas e divulgadas.
Neste artigo, apresentaremos resultados de uma pesquisa desenvolvida com indivíduos bilíngues que falam uma língua considerada “minoritária” como uma de suas línguas maternas. Os participantes da pesquisa responderam a um questionário ou a uma entrevista sobre suas práticas linguísticas no âmbito do lar, que visavam a coletar dados sobre as políticas linguísticas familiares (KING; FOGLE; LOGANTERRY, 2008; SPOLSKY, 2012) estabelecidas nesse contexto e as ideologias que regem essas práticas. Partimos do pressuposto de que as ideologias linguísticas (SPOLSKY, 2004; 2012) desses falantes poderiam estar sob influência de mitos e concepções que conferem à língua minoritária um status negativo, cercado de preconceito linguístico. Apresentaremos, aqui, resultados referentes a cinco participantes da pesquisa, falantes de línguas minoritárias, que foram analisados de forma qualitativa, para desvelar suas ideologias linguísticas.
As famílias linguisticamente mistas possuem um acordo, tácito ou explícito, que constitui a política linguística familiar (KING; LOGAN-TERRY, 2008; MOZZILLO; PUPP SPINASSÉ, 2020) e que define as práticas cotidianas, bem como o projeto de transmissão e de manutenção (ou não) das línguas. Quando a(s) língua(s) do lar não coincide(m) com a(s) do mundo exterior, pode haver uma situação de confronto entre o que é minoritário e o que é majoritário. A forma como a família vai lidar com o plurilinguismo é, frequentemente, uma escolha pautada não necessariamente em uma decisão consciente ou esclarecida, mas é, em grande parte, influenciada por ideologias linguísticas (WOOLARD, 2007) – as quais nem sempre estão de acordo com o que apontam resultados de estudos da área, já que essas ideologias estão constantemente imbuídas de crenças (PAJARES, 1992). Assim, dependendo das práticas adotadas, a família pode determinar e fomentar o bilinguismo das crianças, ou pode mesmo impedir que os filhos sejam criados com mais de uma língua, levando ao monolinguismo. Nesse sentido, o presente artigo pretende abordar algumas ideologias linguísticas obtidas do discurso de pais e mães de famílias em situação plurilíngue, apresentando os ideologemas encontrados.
Resumo: A tradução de textos técnicos vem ganhando espaço devido aos avanços tecnológicos e às expansões comerciais geradas pela globalização. Entretanto, o papel do tradutor que a realiza nem sempre recebe a merecida atenção. Na área acadêmica há certa carência em relação à teoria específica sobre a tradução de textos de especialidade. Este trabalho pretende contribuir para saná-la ao propor a atividade tradutória como espaço privilegiado para o contato entre línguas e culturas. Para tanto, investiga-se a tradução de aspectos culturais de manuais de instruções nos quais fica evidente a importância de se considerar os marcadores culturais nesse tipo de tradução. Abstract:The translation of technical texts has been increasing due to technological advances and to the commercial expansion produced by globalization. However, the translator's role in this activity does not always receive its deserved attention. In academia there is a scarcity of specific theories focused on the translation of technical texts. This work aims at contributing to fill this gap by proposing that translation should be viewed as privileged loci for the contact between languages and cultures. With this purpose, it investigates the translation of cultural aspects in instruction manuals in which the importance of considering cultural markers in this kind of translation becomes evident. Palavras-chave:Tradução técnica. Marcadores culturais. Tradutor. Contato entre línguas. Contato entre culturas.
Este artigo pretende investigar o fenômeno da alternância de código (ou code-switching) em O Senhor dos Anéis, uma trilogia escrita por J. R. R. Tolkien. Escritor e filólogo, ele foi o responsável pela criação de muitas línguas, sendo estas atribuídas às personagens conforme seus povos e origens. O objetivo desta investigação é descrever a alternância de código na trilogia a fim de encontrar possíveis motivações de ocorrência e de situar seu papel dentro da narrativa.
O Senhor de Montaigne posiciona-se positivamente à prática do bilinguismo em seus Ensaios pós-RenascenÂtistas. Com base na literatura contemporânea das LínÂguas em Contato, propõe-se, no presente trabalho, diáÂlogo entre um excerto da referida obra e mitos e crenças ligados ao indivíduo bilíngue. Sugere-se, assim, que o plurilinguismo predomina em vez do monolinguismo desde os tempos quinhentistas.
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