Introdução: O curso clínico da infecção pelo HIV em crianças não é o mesmo para todos os pacientes, variando entre progressores rápidos, normais e lentos. Enquanto os progressores rápidos evoluem com quadros graves no primeiro ano de vida, podendo morrer antes dos quatro anos; a progressão normal é mais lenta, com sintomas que podem se iniciar na idade escolar ou adolescência, com sobrevida de nove a dez anos. Já os progressores lentos não apresentam depleção significativa de células CD4+ e nem manifestações clínicas da AIDS por 8 anos ou mais após a infecção, possuindo progressão mínima ou nula. A avaliação imunológica, portanto, é um instrumento importante, visto que afere o dano causado pelo HIV ao sistema imune do paciente. Objetivo: Este estudo tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico, clínico, imunológico e virológico das crianças e adolescentes HIV-positivas da microrregião de Fernandópolis-SP, de forma a correlacionar com a literatura científica. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo baseado em informações coletadas dos prontuários dos pacientes do Centro de Atendimento de Doenças Infecciosas e Parasitárias de Fernandópolis, correlacionando-as com as referências bibliográficas. Resultados: A etiologia da doença foi principalmente por transmissão vertical. As faixas etárias mais prevalentes de início da terapia antirretroviral variaram entre 8 meses e 17 anos, sendo a lamivudina o medicamento mais utilizado, predominantemente no esquema com a zidovudina, lopinavir e ritonavir. O período mais comum de início terapêutico caracterizou-se por quadros onde já havia alterações imunológicas significativas, entretanto, de acordo com estudos, o controle precoce da doença, mesmo em assintomáticos, é essencial para redução da morbimortalidade. A maioria dos pacientes já foram internados, sendo as infecções mais prevalentes as de vias aéreas superiores. Conclusão: Através deste estudo, conclui-se que a forma de transmissão mais prevalente em crianças e adolescentes foi a vertical, ficando evidente a necessidade de políticas públicas eficazes que incentivem a conscientização, a prevenção e/ou tratamento das DST’S, além do acompanhamento pré-natal regular associado a um parto seguro e ao uso correto dos antirretrovirais. Palavras-chave: Crianças e Adolescentes, HIV.
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A síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma doença neurológica rara, de caráter autoimune, mais frequente no sexo masculino e com o aumento da idade, podendo ser precedida por processo infeccioso. Apresenta-se em 4 subtipos, os quais variam quanto ao curso e gravidade da doença, sendo o mais comum: a polineuropatia inflamatória desmielinizante aguda (PIDA), descrito neste relato de caso. A proposição do trabalho é mostrar a evolução precoce do quadro, que pode cursar com manifestações clínicas motoras, sensitivas e possivelmente autonômicas, podendo levar o paciente à insuficiência respiratória e posterior óbito. Discute-se também o diagnóstico e o tratamento preconizados. O primeiro envolve a obrigatoriedade de critérios essenciais, a presença de alguns critérios clínicos sugestivos, ausência de critérios que reduzem ou excluem a possibilidade da doença, além de exames laboratoriais (liquor) e eletroneuromiografia. Enquanto o tratamento é feito com Imunoglobulina humana intravenosa (IgIv) ou plasmaférese (Px), no intuito de evitar a progressão rápida e total dos sinais e sintomas, refletindo em um menor tempo de recuperação e minimização de déficits motores no paciente; além de cuidados de suporte multidisciplinares para prevenir possíveis complicações. Conclui-se, portanto, que o reconhecimento do quadro clínico, formas variantes, critérios diagnósticos e achados laboratoriais ou neurofisiológicos para diagnostico ou exclusão da doença se faz necessário para todos que atuam na emergência, visto que a doença é grave e de alta morbimortalidade. Descritores: Síndrome de Guillain-Barré; Imunoterapia; Plasmaférese.Referênciasvan den Berg B, Walgaard C, Drenthen J, Fokke C, Jacobs BC, van Doorn PA. Guillain-Barré syndrome: pathogenesis, diagnosis, treatment and prognosis. Nat Rev Neurol. 2014;10(8):469-82. Costa ACD. Síndrome de Guillain-Barré: uma revisão integrativa de literatura e de dados do Sistema Único de Saúde [monografia]. Brasília: Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (Unb); 2016.Bolan RS, Dal Bó K, Vargas FR, Moretti GRF, Almeida LP, Almeida GKP et al. Síndrome de Guillain-Barré. Rev AMRIGS. 2007; 51(1):58-61.Shy ME. Neuropatias periféricas: Síndrome de Guillain-Barré. In: Goldman L, Schafer, AI. Cecil Medicina. v.2, 24 ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2014. cap. 428, p. 2784-85.Hauser SL, Amato AA. Síndrome de Guillain-Barré e outras neuropatias mediadas imunologicamente. In: Jameson JL, Fauci AS, Kasper DL, Hauser SL, Longo DL, Loscalzo J. Medicina Interna de Harrison. v.2, 18ºed. Porto Alegre, Editora AMGH; 2013. cap. 385, p.3473- 79Marx A, Glass JD, Sutter RW. Differential diagnosis of acute flaccid paralysis and its role in poliomyelitis surveillance. Epidemiol Rev. 2000;22(2):298-316. Brasil. Ministério da Saúde. Síndrome de Guillain-Barré: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Portaria SAS/MS n 497, 2009, 14 p. [Acesso em: 28 mar. 2019] Disponível em: <http://neurologiahu.ufsc.br/files/2012/08/Protocolo-MS_Guillain-Barr%C3%A9-2009.pdf>.Oliveira E, Monteiro N, Sequeira M, Saraiva JP. Síndrome de Guillain-Barré: experiência de uma Unidade de Cuidados Intensivos e revisão da literatura. Medicina Interna. 2012; 19(3):130-39.Araujo AM, Dias LC, Silva CMS, Gaspar LC, Anjos JLM. Treinamento Muscular Inspiratório na Síndrome de Guillain-Barré: Relato de Caso. RPF. 2016;6(4):448-54.
RESUMOA hanseníase é uma doença crônica e infectocontagiosa que possui como agente etiológico o Mycobacterium leprae. É endêmica em muitas regiões do mundo, sendo um problema de saúde pública no Brasil e uma patologia de notificação compulsória. Considerando a relevância do tema, esse trabalho visa relatar um caso clínico ressaltando a importância de ter conhecimento acerca dos dos diagnósticos diferenciais de hanseníase. Paciente do sexo masculino, 49 anos, com história de lesões de pele há 09 anos. Tratamento para hanseníase multibacilar, neuropatia periférica e eritema nodoso. Em biópsia foi revelado uma dermatite perivascular discreta e superficial podendo ser compatível com eritema polimorfo bolhoso ou síndrome de Sweet. Solicitada nova baciloscopia biópsia que confirmou o diagnostico de hanseníase, descartando a Síndrome de Sweet. As reações hansênicas são fenômenos de aumento da atividade da hanseníase, com piora clínica do quadro inicial, podendo ocorrer em qualquer fase da doença, antes, durante ou após o tratamento. Diante do relato de caso apresentado, evidencia-se a importância do reconhecimento das reações hansenianas e a relevância da investigação dos possíveis diagnósticos diferenciais, visando evitar condutas errôneas e equivocadas.
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