The high prevalence of HPV infection and its precursor lesions confirmed the importance of differential screening and follow-up of transplanted patients. Condom use must be encouraged. The study result also confirmed the importance of knowledge of the viral type, in order to analyze the impact of HPV immunization, particularly against HPV types that are not 16/18. The reasonable rate of other genotypes, besides the vaccine types, should be considered to evaluate vaccination strategies.
Introdução: O papilomavírus humano (HPV) é fundamental para a ocorrência do câncer de colo uterino. Nesse sentido, a persistência do vírus no trato genital feminino aumenta o risco do desenvolvimento de lesões precursoras e do câncer. Entre os cofatores que contribuem para a persistência do vírus, estão tabagismo, uso de contraceptivos hormonais orais (ACO) e multiparidade. Alterações na microbiota vaginal têm sido destacadas como um deles, o que justifica a importância deste trabalho. Objetivo: Avaliar a associação entre a presença de Candida spp e de bactérias aeróbicas em mulheres com lesão intraepitelial escamosa cervical de alto grau (HSIL) e a persistência após o tratamento. Materiais e métodos: Estudo analítico, observacional, prospectivo, composto de 65 mulheres, sendo 35 casos e 30 controles. O grupo caso é composto de mulheres com diagnóstico citológico de lesão intraepitelial escamosa cervical de alto grau, e o grupo controle por mulheres sem alteração citológica. Citologia oncótica, pesquisa de Candida spp e de bactérias aeróbicas por meio de cultura de conteúdo vaginal foram realizadas, antes e seis meses depois do tratamento. Com relação aos cofatores ambientais, avaliamos: tabagismo, uso de contraceptivos hormonais orais (ACO) e multiparidade (três ou mais gestações). Resultados: No grupo caso, em 36 mulheres foi confirmado o diagnóstico histológico de lesão intraepitelial escamosa cervical de alto grau. Foram excluídas três mulheres, duas por câncer cervical e uma por hiperplasia endometrial complexa. Bactérias aeróbicas foram identificadas em seis casos e Candida spp em quatro, havendo persistência de um caso em cada situação seis meses após o tratamento. Com relação aos cofatores, nove eram tabagistas, sete estavam em uso de ACO, oito eram multíparas e sete imunossuprimidas. Estas últimas foram excluídas, pois a imunossupressão altera a microbiota vaginal, o que poderia gerar viés de resultado. Não foi identificada a persistência de HSIL, apenas lesão intraepitelial escamosa de baixo grau em três mulheres, na citologia após o tratamento. No grupo controle, a cultura para Candida spp foi positiva em quatro mulheres e bactérias aeróbicas foram identificadas em uma paciente neste grupo. Quanto aos cofatores, duas mulheres eram tabagistas, oito estavam em uso de ACO e 15 eram multíparas. Conclusão: A Candida spp é capaz de desencadear um processo inflamatório importante na microbiota vaginal, o que poderia facilitar o processo de carcinogênese cervical. No entanto, o estudo não evidenciou diferença significativa entre os grupos controle (13,3%) e caso (14,8%) antes do tratamento que confirmasse essa associação. Já com relação às bactérias aeróbicas, elas foram mais observadas no grupo caso (22 × 3,3%), sugerindo possível associação com a ocorrência de lesões precursoras do câncer de colo. O tabagismo é um importante cofator para o surgimento dessas lesões, o que não foi observado para a multiparidade e o uso de ACO.
Introdução: A psoríase é uma doença dermatológica crônica, cíclica e não contagiosa. Sua etiologia é incerta, podendo estar relacionada com o sistema imunológico, características genéticas ou fatores ambientais. Alguns fatores são conhecidos por favorecer seu surgimento ou agravar o quadro clínico, tais como herança familiar, estresse, obesidade, tabagismo, consumo de álcool e característica climática (frio). Há várias formas de manifestação da psoríase. A que acomete a região genital é chamada de psoríase invertida. Caracteriza-se por acometer áreas úmidas, como axila, região inframamária e inguinal. O acometimento genital é relativamente comum. Cerca de 63% dos portadores de psoríase apresentarão ao menos um episódio de acometimento genital. Das psoríases invertidas, a região genital é a área mais acometida, ocorrendo em 79% dos casos. O quadro clínico caracteriza-se por manchas vermelhas, com características inflamatórias e pruriginosas. Objetivo: Relatar caso de primeira manifestação de psoríase com acometimento genital em mulher tabagista. Material e Métodos: R.A.L., 48 anos, portadora de anemia perniciosa e tabagista desde os 24 anos. Foi encaminhada para o Ambulatório de Patologia Vulvar em razão do surgimento de lesões avermelhadas, descamativas, bem delimitadas e pruriginosas na vulva há 30 dias. Ao exame físico: presença de placas vermelhas e acastanhadas, elevadas e descamativas na região vulvar, inguinal e interglútea. Não foram observadas lesões semelhantes em outras regiões do corpo, como cotovelo e joelho. Realizada biópsia e iniciado tratamento com propionato de clobetasol tópico diário. Resultados: A conclusão do exame histopatológico foi de psoríase. Conclusão: Paciente foi reavaliada em 30 dias com melhora importante das lesões. Manteve uso de proprionato de clobetasol 3 x/ semana por mais 30 dias, sendo então prescrito análogo de vitamina D pela dermatologia. Paciente evoluiu com regressão completa das lesões na reavaliação em 15 dias. Em casos mais graves, o tratamento com corticoide oral também é uma opção, assim como o uso de metotrexato. A presença de lesões por psoríase na região genital é causa importante de piora na qualidade de vida, pois, além do desconforto local decorrente do prurido, pode culminar com disfunção sexual, vergonha, depressão e até mesmo levar ao afastamento da prática sexual. Logo, as lesões devem ser abortadas e tratadas imediatamente, visando ao bem-estar do paciente.
Introduction: Chikungunya virus is spreading worldwide due to migration and globalization and could be presented with systemic and with unusual symptoms. Objective: To report a case of virus-transmitted infection detected in a woman during the gynecological examination at a vulvar clinic. Case report: A 73-year-old Caucasian woman attended a vulvar clinic because of dyspareunia and vulvar burning. Ulcers were observed on labia minora and perineum. A Chikungunya was diagnosed by seroconversion in paired specimens. She was prescribed prednisolone 40 mg once a day for 10 days. After oral steroid treatment, the woman had no body rashes or lesions on her genitals. Conclusion: This study emphasized that rare signs of unusual vulvitis with ulcers could be associated with Chikungunya infection.
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