Este artigo tem como objetivo analisar os desafios dos usos e apropriações pelas populações rurais da rádio web na perspectiva da comunicação rural contemporânea. Nesse sentido, o rádio como canal de comunicação, historicamente relevante para as populações do campo, serviu como ponto de partida para traçar um itinerário investigativo, tendo como principal instrumento metodológico a pesquisa bibliográfica. Assim, referencia-se neste estudo a teoria da Comunicação Rural segundo Bordenave (1993), a comunicação rural sob égide das novas ruralidades no século XXI analisadas por Callou (2001) e, por fim, a questão da inclusão digital no âmbito do rural segundo Vieira e Silveira (2011). Estas teorias serviram como base para problematizar uma experiência desenvolvida pelo Núcleo de Agroecologia e Campesinato da Universidade Federal Rural de Pernambuco, através da implantação da Rádio Web Agroecologia. Neste viés, buscou-se compreender como uma rádio na internet voltada para as populações rurais, pode engendrar processos de comunicação mais horizontais e participativos, trazendo à baila o debate acerca da inserção de novos atores do campo no âmbito digital.
Esse artigo faz parte de uma pesquisa que objetivou analisar a formação técnicoprofissionalizante de nível pós-médio em cursos técnicos ligados à Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) em Pernambuco. A partir de observações realizadas em campo, identificamos que em muitos casos, os extensionistas que realizam funções de Ater em Pernambuco, são oriundos de cursos técnicos oferecidos pelo Governo Federal. Através de entrevistas semiestruturas com estudantes e outros profissionais das instituições que fizeram parte desta pesquisa, encontramos no nível técnico-profissionalizante um descompasso semelhante ao verificado por Callou et al. (2008)acerca da baixa integração entre o que é produzido na pós-graduação que não encontra respaldo no ensino de graduação-. O ensino de Assistência Técnica e Extensão Rural, fora do âmbito da pós-graduação em Pernambuco, continua marcado pela Teoria de Difusão de Inovações e por métodos cartesianos de ensino.
O presente artigo tem como objetivo verificar a cobertura midiática do jornal O Estado deSão Paulo em relação ao zika vírus. O levantamento se deu em dois períodos: no ano de2015 e o segundo, seis meses depois, já em 2016. Em um primeiro momento, houve umapreocupação da mídia com as grávidas, por causa do elevado número de bebés que estavamnascendo com microcefalia. No período seguinte, as reportagens passaram a ser publicadaspredominantemente no caderno de Esportes, por causa das Olimpíadas, e um possível fracassodo evento. Conclui-se que a cobertura midiática muitas vezes deixa em segunda ordem asrelevâncias sociais mais amplas.
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