Sobre projecionistas, imagens e educação: movimentos cartográficos do pensamento em um jogo de dados educacional
RESUMOEste ensaio visa tecer linhas transversalmente, com uma perspectiva pós-estruturalista. Evocamos como intercessores, pensadores como Gilles Deleuze, Giorgio Agamben, Ana Francisca de Azevedo; cineastas, técnicos e projecionistas, tendo nestes últimos, um estudo de caso que enlaça nossas ponderações, produzindo espécie de falcaça nos fios que puxamos. Desenvolvemos uma reflexão sobre os corpos como suportes e sobre os suportes como corpos. Levamos em conta que: os movimentos de nosso pensamento, podem atuar de modo semelhante aos projetores cinematográficos, dispondo imagens no tempo, nas "telas" de nossas vidas; há um processo em curso de substituição do suporte padrão cinematográfico, do filme fotoquímico para os pixels; películas e seus agenciamentos estão sendo substituídos pelo cinema digital, que demanda e produz corpos com outras trajetórias, singrando novos campos de possíveis no que tange às produções audiovisuais, pois as imagens digitais por se tratarem de pontos fotográficos binários podem ser copiadas e modificadas "ad infinitum", descerrando possibilidades estéticas; por sua volta, experimentações dos modos de fazer relacionados à película constituem-se como experiências singulares, que percorrem outras linhas. Esta é uma discussão de vulto na contemporaneidade, tendo em vista que a transição tecnológica tem desterritorializado os saberes relacionados ao fazeres cinematográficos com película fotoquímica e, noutro turno, que nossas relações interpessoais têm sido cada vez mais mediadas por imagens-projetadas em telas e sua produção via corpos-pixel, em variados dispositivos. PALAVRAS-CHAVE:Cinema. Corpo. Subjetividade. ABSTRACTThis essay aims to accomplish a transversal analysis with a post-structuralist approach. We invoke as intercessors, thinkers such as Gilles Deleuze, Giorgio Agamben, Ana Francisca de Azevedo, filmmakers, technicians and projectionists, the latter, a case study that links our reflections, producing kind of whipping knot in the wires pulled. We develop a reflection about bodies as films and films as bodies. We take into account that the movement of our thoughts, can act similarly to movie projectors, providing images in time, at our lives "screens"; there is a process accuring, a replacement of photochemical film, as standard film format, to pixels; celluloid and its assemblages are being replaced by digital cinema, which demands and produces bodies with other paths, plowing through new possible fields in relation to audiovisual works because digital images beeing binary photographic points, can be copied and modified "ad infinitum", unsealing aesthetic possibilities; in its turn, experiments of the "ways to do" related to film constitute as singular experiences that run along other lines. This is an important discussion nowadays, considering that the technological transition has deterritorialized the knowledge related of doing cinema with photochemical film and, in other hand, that our interpersonal relations have been increasingly mediated by images-projected on screens a...
A utilização de energia hidráulica para tracionar atividades humanas não é um assunto do contemporâneo. Os primeiros moinhos movidos a água, datam do século II a.C. Nos dias de hoje, o aproveitamento da energia das águas é buscado visando produzir energia elétrica. Trataremos aqui de duas maneiras de produzir energias limpas e renováveis por meio dos oceanos: maremotriz e ondomotriz. Nosso objetivo geral é abordar tópicos interdisciplinares dessas fontes energéticas. Esse trabalho foi produzido no contexto de um grupo de trabalho visando cumprir uma atividade solicitada pelo Curso de Formação Pedagógica Para Educação Profissional De Nível Médio, do Centro Paula Souza. Organizamos nas referências, todos os materiais consultados e produzimos uma narrativa de história em quadrinhos como material de apoio, visando possibilitar que atividades em sala de aula possam vir a ser produzidas por outros professores. Assim, pensamos ser possível amplificar as discussões aqui apresentadas para explanações acerca de componentes curriculares variados, relacionadas por exemplo às políticas públicas, legislação, sustentabilidade, meio ambiente, etc. Por isso, esperamos que as discussões aqui empreendidas não se encerrem nessas linhas, mas, que a partir delas, multipliquem-se.
A formação docente vindica movimentos perpétuos entrelaçados à própria vida dos professores e das professoras. Eternos aprendizes de um mundo em constantes transformações, conjugando suas trajetórias de vida pessoais e formativas com as práticas docentes. Aprendizado ininterrupto e tanto mais avolumado, quanto maior a compreensão de que possuir a palavra em uma sala de aula, constitui-se num importante lugar político. A proposta deste trabalho é pensar acerca dos deslocamentos do processo de formação profissional do docente de educação superior, e, sobre a multiplicidade dos fazeres que tomam parte no cotidiano desses profissionais na contemporaneidade. Para tal, foi realizada uma análise de documentos históricos que influenciaram as políticas públicas educacionais brasileiras. Apresentaremos algumas articulações entre a formação para a docência no ensino superior; a multidimensionalidade dessa profissão na contemporaneidade; e, alguns movimentos do pensamento constitucional brasileiro acerca do trabalho e da formação para a docência nas cartas magnas, e, na Lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação).
O presente estudo alicerça-se no debate a respeito do conceito de Ecossocialismo proposto por Michel Löwy. Ecossocialismo representa uma abordagem alternativa e crítica ao conceito de Desenvolvimento Sustentável sob uma perspectiva liberal, tal qual tem sido propagado como ideário dominante à busca por um modelo alternativo de desenvolvimento frente à crise ecológica global. A reflexão sobre a temática ecossocialista mostra-se essencial na formação de cidadãos críticos, capazes de discernir a respeito da questão socioambiental. Foi possível depreender que a proposta ecossocialista de Löwy nos convida o tempo inteiro a mudar de lógica, contribuindo para um abandono ao supérfluo, ao acúmulo inútil, à velocidade “maquínica”, ao desperdício e à acumulação de acúmulo. Foi possível inferir que o Ecossocialismo se apresenta como proposta fulcral no tratamento das questões socioambientais contemporâneas, dado que transcende os limites do pragmatismo desenvolvimentista e do “senso-comum” que tem orientado as discussões sobre desenvolvimento sustentável.
Nesse texto, dialogamos com uma questão disparadora, a qual faz parte do cotidiano administrativo de organizações públicas e privadas: deferir ou indeferir? Partimos dessa questão e deslocamos a discussão, para pensar com elementos do Campo de Públicas, área de pesquisas e atuação na qual há modos diversos de pensar o planejamento, a formulação e a implementação. Buscamos indagar como peculiaridades, vulnerabilidades, convergências, divergências, dentre outras características não elencadas previamente nos planejamentos, poderiam ser consideradas da formulação à implementação de políticas públicas. Destacamos a importância da interdisciplinaridade, da implementação, dos efeitos dos processos decisórios e das singularidades locais para delinear planos e problemas em políticas públicas. Nesse texto, trazemos notas acerca do que pensamos tratar-se de um modo de pensar as políticas públicas que faz as fronteiras “dançarem”, que constrói territórios entre, no qual “bailam” estruturas e movimentos, objetivos prévios e contingências, visando proposições “transfronteiriças”, afeitas ao bem-estar coletivo e ao respeito às diferentes dinâmicas e culturas locais.
Nosso intuito, neste texto, é apresentar os resultados de um estudo realizado pela Rede internacional de pesquisas “Imagens, geografias e educação” acerca de como professoras/es de geografia relacionam cinema e práticas docentes. Valemo-nos de parte das respostas desse estudo para ponderar como materiais cinematográficos e audiovisuais são empregados nas ambiências escolares. Relacionamos tais ponderações com macrodiretrizes do setor audiovisual brasileiro e observações acerca do uso corriqueiro do audiovisual em nossas vidas na contemporaneidade. Nossa hipótese de trabalho é que o encontro entre geografia, cinema, audiovisual e educação acontece numa fronteira tênue, especialmente no contexto da sociedade educativa – epicentro de um modo de vida alicerçado no aprendizado vitalício, que tem nos materiais audiovisuais uma de suas grafias fulcrais. Para esquadrinhar essa hipótese, articulamos quatro peças discursivas por meio de uma análise micropolítica, e, concluímos que, a partir do referido encontro, haveria algo de paradoxal em torno do que viria a ser o sentido e o não-sentido na educação geográfica. O sentido costuma ser entabulado, na esteira das pedagogias construtivistas, à axiomática de que, para aprender, é condição sine qua non, despertar o interesse dos estudantes para algo ou alguma coisa. O não-sentido seria o oposto disso, ou seja, acontecimentos rotineiros que, ao atravessarem e modificarem as dinâmicas do tecido social, adentrariam as aulas de geografia, embaralhando as fronteiras entre o cinema e o audiovisual.
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