IntroduçãoMigrânea, popularmente conhecida como enxaqueca, se apresenta geralmente como dor de cabeça unilateral de intensidade moderada a severa, do tipo pulsátil. Pode durar de 4 a 72 horas, e também pode ser agravada por atividade física de rotina, e com sintomas associados de fonofobia, fotofobia, osmofobia, náuseas e vômitos. O subtipo migrânea com aura crônica geralmente está mais relacionado à presença de comorbidades, porém, ainda existem incongruências entre os estudos sobre acometimentos somatossensoriais.ObjetivoInvestigar os aspectos somatossensoriais entre os migranosos crônicos com e sem aura.Material e MétodosTrata-se de um estudo observacional, de corte transversal, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (CAEE: 08310319.1.0000.5546). As recomendações do STROBE foram seguidas para comunicação de estudos observacionais. A amostragem se deu por conveniência, com indivíduos entre 18 e 50 anos que possuíssem diagnóstico clínico de cefaleia do tipo migrânea crônica, no período entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2020. Todos os pacientes foram avaliados nos seguintes aspectos: intensidade de dor em repouso (escala numérica de 11 pontos), teste de somação temporal (1º, 10º, 20º e 30º segundos), teste de modulação condicionada da dor (kgf) e sintomas alodínicos (12-item Allodyinia Symptom Checklist - ASC-12). O software utilizado para realização das análises estatísticas foi o GraphPad Prism versão 6.0 (San Diego, CA, USA). O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para analisar a normalidade (dados paramétricos - teste t para medidas independentes e dados não paramétricos teste Mann-Whitney), com p significativo <0,05).ResultadosForam incluídos 32 voluntários, sendo 14 participantes migranosos com aura (MCA) e 18 migranosos sem aura (MSA). Não houve diferenças significativas para intensidade de dor em repouso, para o teste de modulação condicionada da dor e sintomas alodínicos. Foi observada diferença apenas nos aspectos relacionados ao teste de somação temporal, em que o grupo MSA apresentou valores significativamente maiores que o MCA, implicando em maior amplificação da dor nos migranosos sem aura.ConclusãoPortanto, concluímos que os pacientes migranosos com e sem aura apresentam características somatossensoriais disfuncionais semelhantes.
IntroduçãoMigrânea é um distúrbio neurológico incapacitante, sub-diagnosticado e sub-tratado. No Brasil, não existem muitos dados epidemiológicos sobre as deficiências relacionadas a migrânea. O presente estudo teve, como objetivo, analisar os dias com deficiências relacionados a migrânea em indivíduos com e sem aura.Material e MétodosTrata- se de um estudo observacional do tipo transversal, realizado com migranosos crônicos com aura e sem aura, com idade entre 18 e 50 anos. Foram seguidas as recomendações para comunicação de estudos observacionais (STROBE). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (CAEE: 08310319.1.0000.5546). A amostragem foi por conveniência, no período entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2020. Para avaliar as deficiências relacionadas à migrânea, foi utilizado o Migraine Disability Assessment (MIDAS) (pontuação total > 21 indicando deficiência grave). O software utilizado para análises estatísticas foi o GraphPad Prism versão 6.0 (San Diego, CA, EUA). Para comparação entre grupos sobre a quantidade de dias com deficiências, foi usado o teste de MannWhitney com p significativo <0,05.ResultadosO estudo incluiu 32 indivíduos, sendo 14 migranosos com aura e 18 migranosos sem aura. Não foram encontradas diferenças significativas quanto aos dias com deficiência em cefaleia entre indivíduos com aura (41,57±4,86, de 0>21) e sem aura (44,78±5,24, de 0>21) (p=0,81), afetando em média 40 dias ao logo dos últimos 3 meses.ConclusãoPacientes com migrânea, independente de terem ou não a presença da aura, apresentam deficiências graves relacionadas a migrânea.
IntroduçãoA enxaqueca e a cefaleia do tipo tensional (CTT) são os tipos de cefaleia mais frequentes na população mundial. A cronicidade de ambas está relacionada a maior presença de fatores psicoemocionais, porém a enxaqueca tem como característica a intensidade de dor mais grave do que a CTT. O objetivo deste estudo é avaliar fatores psicoemocionais e correlacionar com as incapacidades relacionadas à cefaleia de pacientes com enxaqueca e cefaleia do tipo tensional.Material e MétodosTrata-se de um estudo do tipo observacional, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFS (CAAE: 08310319.1.0000.5546). Participaram da amostra indivíduos com diagnóstico de enxaqueca e CTT crônicas. Foram avaliados quanto à incapacidade relacionada à cefaleia e frequência de dor pelo Migraine Disability Assessment (MIDAS), intensidade de dor pela escala numérica (EN) de 11 pontos, qualidade de vida pelo SF-36, ampliação de estímulos psicoemocionais pela escala de catastrofização da dor e medo ao movimento pela escala de cinesiofobia de Tampa. Para análise estatística, foi utilizado software SPSS, teste Shapiro-Wilk para normalidade, Teste T Independente e correlação de Pearson (dados paramétricos) ou Mann Whitney e correlação de Spearman (não paramétricos). Nível de significância: 95%.ResultadosTrinta e dois indivíduos foram divididos em 2 grupos: enxaqueca crônica (EC) (n=14) e CTT crônica (n=18). O grupo enxaqueca (2,83±0,38) apresentou pior incapacidade relacionada à cefaleia do que o grupo CTT (2,47±0,51) (p=0,02), porém, não houve diferença significante na frequência de crises por mês entre os grupos (p<0,05). Observou- se que a intensidade de dor foi maior no grupo enxaqueca (2,82±2,35) que CTT (1±1,45) (p=0,01). Não houve diferença significativa na qualidade de vida, cinesiofobia e catastrofização entre os grupos (p>0,05). Além disso, o MIDAS não apresentou correlação com as variáveis psicoemocionais.ConclusãoPacientes enxaquecosos apresentaram maior intensidade de dor e maior incapacidade que cefaleicos e não mostraram diferenças quanto a comportamentos psicoemocionais.
IntroduçãoEnxaqueca é uma condição clínica crônica, geralmente associada a comorbidades, como ansiedade, depressão e síndrome do pânico, além de possuir um fardo considerável na qualidade de vida. Os objetivos deste estudo foram mensurar a presença de sintomas de ansiedade e depressão e avaliar os aspectos relacionados à qualidade de vida e qualidade do sono entre migranosos crônicos e indivíduos saudáveis.Material e MétodosTrata-se de um estudo observacional do tipo caso-controle, realizado com migranosos crônicos e indivíduos saudáveis com idade entre 18 e 50 anos. Foram seguidas as recomendações para comunicação de estudos observacionais (STROBE). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (CAEE: 08310319.1.0000.5546). A amostragem foi por conveniência, no período entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2020. Foram mensuradas as seguintes variáveis: ansiedade (Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão -HAD), qualidade ede vida (Medical Outcomes Study 36 – Item Short Form Health Survey SF-36) e qualidade de sono (Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh - PSQI). O software utilizado para análises estatísticas foi o GraphPad Prism versão 6.0 (San Diego, CA, USA). O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para analisar a normalidade (dados paramétricos - teste t para medidas independentes e dados não paramétricos - teste Mann-Whitney), com p significativo <0,05).ResultadosA amostra foi constituída por 32 pacientes com enxaqueca (GE) e 22 voluntários no grupo controle saudável (GC). Os sintomas de ansiedade mensurados através da HAD não apresentaram diferença entre GE e GC (p=0,418). Porém, o grupo GE apresentou maior presença de sintomas depressivos que GC (p=0,016). Os aspectos gerais relacionados à qualidade de vida foram significativamente piores no GE (52,43±2,65, de 0-100) que no GC (75,91±2,68, de 0-100) (p<0,001) no escore total. Ao realizar uma análise por domínios, os migranosos apresentaram escores significativamente piores nos oito domínios do que indivíduos controle. A qualidade dosono avaliada por meio dos escores do PSQI não diferiu entre GE (10,44±0,63, de 0-21) e GC (8,95±0,84, de 0-21) (p=0,161).ConclusãoPacientes com migrânea crônica apresentam sintomas de de- pressão e má qualidade de vida relacionada a saúde.
No abstract
IntroductionBreast cancer is the most common in the female population. Physical training is safe and indicated after surgical treatment for breast cancer. During exercise, body temperature changes due to tissue metabolic activity; in this sense, infrared thermography is used to map the thermal patterns of the body surface.ObjectiveThis study aimed to evaluate the feasibility of using thermography during a physical rehabilitation program in mastectomized patients by analyzing the change in body temperature caused by physical exercise in the breast region.MethodologyThis is a simple and covert clinical trial, in which the sample was constituted for convenience. The women were submitted to a supervised physical exercise protocol, three times a week, for 20 sessions. They were evaluated in the first, tenth, and twentieth sessions in relation to changes in body temperature in the breast region (infrared thermography).ResultsTwenty patients who underwent mastectomy surgery were recruited. No patient had drain infection, scar dehiscence, or lymphedema, and only one patient had seroma removed. The mean age was 50.45 ± 2.00 years, and the body mass index (BMI) was 28.95 ± 1.11 kg/m2. In the body thermography of the patients’ breast region, no significant difference was observed when comparing the thermograms of the plastron region of the patients in the first, tenth, and twentieth sessions (p = 0.201). However, when comparing the plastron region with the control breast, a reduction in temperature was observed in the operated region in the first (p = 0.012) and tenth sessions (p = 0.004).ConclusionThrough this study, we can conclude that the use of infrared thermography is viable for the analysis of the body temperature of mastectomized patients during a supervised physical exercise protocol and, therefore, suggest that this instrument is increasingly used in the cancer public.
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